SEGUNDA FEIRA DA 25ª SEMANA DO TC
19/09/2016
1ª Leitura Provérbios 3, 27-34
Salmo 14(15), 1b “Quem habitará em vossa montanha
santa, ó Senhor”
Evangelho Lucas 8, 16-18
“O que está escondido deve ser manifestado”
Primeiro vamos beber o “aperitivo”
da primeira leitura que coloca o seu enfoque na virtude da generosidade e
humildade de coração. Essas coisas estão ocultas e ninguém sabe, olhando para
nós, se somos generosos e humildes, ou egoísta e arrogantes pois somente uma
boa convivência com as pessoas nos permite conhecê-las melhor pois elas se
manifestam quem são, e o que trazem dentro de si mesmas, nas atitudes que tomam
para com os outros. Note-se que a bondade aqui exortada no Livro dos Provérbios,
é sempre algo dentro das nossas possibilidades.
Olhando o salmo responso rial,
facilmente se percebe que só entra na casa do Senhor, isso é, vive em comunhão
com ele, quem age para com o próximo com essa generosidade e humildade exaltadas na primeira leitura. O Justo
habitará no monte santo do senhor, monte aqui nos lembra subida, ascese, e sobe
até Deus o justo que anda em seus caminhos, onde a conduta está bem delineada
pela liturgia e na verdade, o homem sobe até Deus quando este vem morar em seu
coração e isso tem sentido, já que somos imagem e semelhança de Deus, e na
medida em que damos ao próximo um forma amorosa de se relacionar com ele,
manifestamos esse Deus que está escondido dentro de nós de maneira misteriosa,
Deus está nas profundezas do universo e nas profundezas do ser humano que o
acolhe...
E assim, fica mais fácil entender
quando Jesus fala neste evangelho, de algo que está oculto e que será
manifestado. Esconder que somos de Deus, e a ele pertencemos, nos omitir da
prática dos valores do evangelho e não manifestar ao próximo a nossa
generosidade e humildade, que brotam do coração de Deus que está dentro de nós,
é cobrir a lâmpada com uma vasilha, ou colocá-la debaixo da cama.
Não é que sejamos totalmente bons,
justos e santos, mas estamos a caminho dessa plenitude que um dia virá, mas a
temos dentro de nós, na Graça Santificante e operante que um dia recebemos. E
aqui fica uma boa pergunta “Somos pessoas iluminadas? As pessoas se sentem bem
perto de nós? Como somos conhecidos, na família, no trabalho, na escola, na
comunidade?” Se somos amargos, azedos, irritantes, petulantes, egocêntricos,
estamos refletindo pontos de trevas e não a Luz Divina.
Daí o evangelho acende uma luzinha
de alerta: Está faltando em nós uma abertura á Palavra de Deus e a sua Graça
Operante e nesse caso, somos como uma velha casa, que embora exposta ao calor e
a luz do sol, encontra-se fechada e embolorada por dentro. (Diácono José da
Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail
jotacruz3051@gmail.com)
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