.

I N T E R N A U T A S-M I S S I O N Á R I O S

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS

e RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES.

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PARA PESQUISAR NESTE BLOG DIGITE UMA PALAVRA, OU UMA FRASE DO EVANGELHO E CLICA EM PESQUISAR.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Comentários Prof.Fernando

Comentários Prof.Fernando* A Justiça definitiva. (26ºDom.dComum)                                                                                                     25 setembro 2016

800 anos antes de Cristo assim gritava o profeta Amós (1ªleit.6, vv1.4-7):
Ai dos que vivem acomodados,
que põem toda sua confiança em coisas,
e só andam atrás de gente importante;
dão banquetes e se regalam em sofás macios
com carnes de cordeiro e vitela;
só fazem cantar, entre bebida e música,
sempre bem vestidos e perfumados,
mas sem consciência das calamidades que destroem a Casa de José.
Serão os primeiros a ser presos e deportados
 e seus banquetes vão acabar.

·                    Em todas as culturas, especialmente pela reflexão de filósofos e poetas, como também pela doutrina das religiões, o ser humano sempre postulou uma vida após a morte onde a Justiça injusta neste mundo fosse corrigida e plena. Dos vestígios pré-históricos às múmias faraônicas e seus hieróglifos, descrevendo a balança e o peso das ações humanas, boas e más; dos filósofos pré-socráticos, procurando uma “razão” organizadora do mundo e da vida humana a Sócrates, Platão, Aristóteles e outros, autores das bases da ciência e da cultura ocidental; das religiões mais simples ou mais elaboradas à longa aventura judaico-cristã: há sempre a mesma exigência de alguma Justiça definitiva e completa que ultrapasse as éticas precárias e os costumes sociais.
·                    A parábola da 3ªleitura, na Boa Notícia ensinada pelo Mestre de Nazaré, dá nome ao mendigo doente – Lázaro, que significa “Deus ajuda” – e fala do outro personagem, anônimo representante dos “acomodados” da injustiça – que “não dão a mínima para a ruína da Casa de José” – como aponta o profeta Amós no verso 6 generalizando aqueles que não têm a menor consciência de sua humanidade solidária.

O rico e o mendigo Lázaro
·                    A estória inventada pelo Mestre nazareno não é um conto de fadas nem roteiro de moderna novela de TV. O núcleo da parábola não é o contraste rico-pobre. O centro da história é Lázaro, aquele a quem Deus ajuda, como diz seu nome. Como na condenação de Amós, o ricaço encarna a figura do mau (e do mal) porque não “vê” ninguém nem nada (além de seus prazeres e bebidas doces, das companhias que seus banquetes atraem, de suas roupas de marca e seus perfumes importados). O “rico” da estória não repara na presença de Lázaro na calçada, fedendo a dores, e com fome, que desejava apenas migalhas que lhe chegassem na calçada daquela mansão.
·                    O desfecho é conhecido. Lázaro é abraçado na restauração da vida “no seio de Abraão”, o pai do povo bíblico, o primeiro na fé-confiança nas promessas “impossíveis” de Deus. Quem vivia no conforto de suas riquezas, mas não teve olhos para a fome e dor de seu semelhante, vai agora para um inferno de castigos, condenado pela indiferença. O curioso final da estória traz um tardio solidário (ao menos com sua família na terra) pedindo para ir avisar seus irmãos sobre o futuro que também os espera. Mas a conclusão é: Não adianta o aviso: eles já têm informação suficiente e se não ouvirem a Moisés e aos profetas não serão convencidos nem por um morto ressuscitado.
·                    Um número muitíssimo pequeno de muitíssimo ricos possui hoje quase toda a riqueza do mundo em contraste com a multidão de pobres – basta ver as estatísticas publicadas pelas pesquisas. Mas a questão ética não é de dar esmolas ou deduzir do imposto para apoiar instituições beneficentes, oque não deixa de ser bom para pobres e ricos. O que hoje está em jogo é o futuro mesmo da humanidade na Terra, pelo incremento da desigualdade, pela expansão da guerra, pela da migração das massas de refugiados e famintos, pela poluição do ar, do mar e da terra, pela exaustão de recursos a começar pela água potável. Não notar “a ruína da Casa de José” (nos 2 sentidos de Casa: gerações e espaço habitável) nos torna destinatários da condenação de Amós e do destino que não escapa à Justiça definitiva.
Oremos ao “único imortal que habita em luz inacessível” (v.16 da 2ªleitura, 1Tim6)

·                    Continuemos em oração solidária por familiares e amigos que, como Lázaro,  vivem sua dor e pobreza por causa de acidentes ou doenças. Para – firmes na fé – sustenham a esperança de cura, retornando à caridade de seu trabalho, onde cuidam de outros Lázaros.

oooooooooooo ( * ) Prof. (Edu/Teo/Fil,1975-2012) fesomor2@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário