26º
DOMINGO TEMPO COMUM
25 de Setembro de 2016-Ano C
1ª Leitura - Am 6,1a.4-7
Salmo 145
2ª Leitura - 1Tm 6,11-16
Evangelho - Lc 16,19-31
PRIMEIRA LEITURA
O profeta Amós critica os ricos da Samaria e de Jerusalém, os quais
vivem no luxo e na glutonaria, sem se importar com os descendentes de José
aquele que foi vendido no Egito.
Hoje, na sociedade industrial de consumo, encontramos também esta
triste realidade. Uns esbanjam, e exibem dinheiro e poder. Enquanto outros
vivem na miséria, passando fome, sede, e sem ter para quem reclamar.
SALMO
É o Senhor quem protege os oprimidos, é Ele que alimenta os
famintos. É sim. É Deus que não deixa morrer de fome aqueles que estão à margem
da vida. É Deus que toca a sensibilidade dos caridosos para irem até eles e
oferecer algumas migalhas para lhe matar a fome diariamente.
Se muitos, principalmente os ricos, são insensíveis a esses
miseráveis, sempre existe uma alma caridosa que tem pena deles, e lhes oferece
alguma coisa para se cobrir do frio, e para acalmar a sua fome.
Seja você um desses, e terá a sua recompensa nos Céus.
SEGUNDA LEITURA
A carta de Paulo é um recado para nós que vivemos ou que
aparentamos viver na presença de Deus, e servindo a Igreja, seja como leigo
atuante, seja como ministro.
Que Deus nos ajude a fugir das coisas perversas, e dos maus
conselhos dos nossos amigos e parentes descrentes que zombam da nossa missão de
fé.
Que Deus nos ajude a cultivar a devoção, a praticar a caridade,
viver a justiça e a nossa fé de cabeça erguida sem nos envergonhar de sermos
católicos, sem nos envergonharmos de defender o nome de Deus e de Jesus Cristo,
e sem nos perturbar com a indiferença dos ricos, e dos pobres com mentalidade
de ricos.
Porque infelizmente isso acontece, isso existe. Alguns pobres,
copiando o modo de ser dos ricos, fingem serem ricos, e adotam uma postura,
adotam as formas de pensar e de agir deles, desprezando aqueles da sua própria
classe social, desprezando os seus próprios irmãos, e defendendo os interesses
dos ricos, defendendo a exploração que fazem com os pobres, ficando do lado
deles nas questões trabalhistas, testemunhando contra o próprio colega de
trabalho em favor do patrão, como se fosse um deles. Isso é uma vergonha, é um
fato muito lamentável, é um grande pecado!...
Que Jesus nos proporcione sempre os meios para que sejamos
catequistas pela palavra e também pelo testemunho de cristãos sempre fiéis e
autênticos.
EVANGELHO
Jesus não poupou esforços para nos alertar contra a ganância, a
usura, a opulência, e principalmente contra o desprezo pelos pobres.
Repare que o rico não tem nome. Ao passo que o pobre, tem um nome.
Lázaro.
Quantos Lázaros encontramos nas calçadas de todas as cidades do
mundo, inclusive na cidade mais rica. Nova Iorque. É de se espantar que no país
mais rico do planeta existem desabrigados, sem tetos, jogados na calçada a
espera de uma CARIDADE.
Pois é! A caridade, sem
dúvida é a virtude mais valorizada por Deus.
Os judeus queimavam animais no Templo como sacrifício pelo perdão de
seus pecados. Jesus ao ver aquele desperdício diante de tantos que passavam
fome, disse: “Eu não quero sacrifício, e
sim, misericórdia, caridade”.
Parece que o pecado contra a caridade é muito mais forte do que os
pecados da carne. Jesus perdoou aquela pecadora que os judeus queriam
apedrejar, dizendo. Vai em paz e não
peques mais.
Os pecados contra a castidade, são mais fortes a medida que ao
praticá-los, nós prejudicamos o irmão, a irmã. Assim, o estupro, a traição que
destrói famílias, e que deixa sem pais os pequenos inocentes, as uniões livres
e sem o propósito de formar famílias, geradoras de ciúmes doentios que por sua
vez são as causas de crimes bárbaros, e assim por diante. Tudo isso são os
pecados contra a castidade em sua mais alta escala, pelo fato deles
prejudicarem de algum modo os nossos irmãos.
Eu não quero sacrifício, e sim, caridade – Pelo que entendemos, com esta
frase de Jesus, os pecados da carne podem ser aliviados ou mesmo perdoados,
pela prática da caridade, feita com bondade, e com boa intenção. E que não
adianta cortar o corpo, amarrar um cinto que fere a pele, ou mesmo subir o
monte de joelhos. Nada disso vai sensibilizar Jesus, nada disso vai fazer que
sejamos perdoados.
O seu pecado não afetou a ninguém, seu pecado não foi um desvio de
conduta que desfigurou seu semblante, seu pecado foi apenas um alívio das
pressões do instinto sem que com ele prejudicasse a ninguém? Então, antes da
confissão, faça caridade, e Jesus terá compaixão de você. O que não quer dizer que os pecados graves
não terão o perdão. Pois o sacerdote, após a sua confissão, vai pronunciar as
seguintes palavras: e agora eu te absolvo de TODOS OS SEUS PECADOS...
Lázaros e mais Lázaros famintos, com sede, e sem onde fazer suas
necessidades, hoje se encontram espalhados pelas calçadas do mundo inteiro,
enquanto muitos ricos desfrutam de suas fortunas, muitas vezes adquiridas as
custas do dinheiro do povo, em seus ricos aposentos, e vez por outra fazem
também festas para mostrar aos seus amigos e concorrentes, o quanto eles são
poderosos! Pobres ricos! Eles não sabem
o que os espera! Pois na outra vida não terão mais o que receber, pelo fato de
já terem recebido sua recompensa.
Quanto aos Lázaros, eles serão saciados por terem sofrido tanto
nesta vida. Foi o que Jesus disse no sermão da montanha.
O abismo intransponível que existe entre o rico e o pobre,
continuará depois da morte. Só que de forma invertida. Hoje, o rico despreza,
ignora, faz pouco caso do pobre, enquanto esse, suplica uma ajuda, um emprego,
um pouco de comida. Depois da morte, a coisa muda, a situação se inverte. É o
rico que suplicará o socorro do pobre que por sua vez, está em melhor condição
do que ele. Por que o pobre agora está
com Deus, está com Aquele que pode tudo!
Esta é a mensagem do Evangelho de hoje. Pense nisso enquanto é
tempo. Pense e aja rapidamente, mude sua
maneira de ver os que sofrem. Principalmente se o seu poder (seu voto) depende
deles.
Tenha um bom domingo. José Salviano.
Que a luz do espirito santo te ilumine cada vez mais.
ResponderExcluirSuas homilias continuam sendo meu ponto de apoio para a preparação da celebração da palavra.
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