.

I N T E R N A U T A S-M I S S I O N Á R I O S

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS

e RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES.

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PARA PESQUISAR NESTE BLOG DIGITE UMA PALAVRA, OU UMA FRASE DO EVANGELHO E CLICA EM PESQUISAR.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O que podemos fazer?-Claretianos

Domingo, 13 de Dezembro de 2015

Tema: Terceiro Domingo do Advento

Sofonias 3,14-18a: O Senhor se rejubila em ti
Interlecional Is 12: Gritem jubilosos: Que grande é no meio de ti o Santo de Israel!
Filipenses 4,4-7: O Senhor está próximo.
Lucas 3,10-18: O que podemos fazer ?
Perguntava-lhe a multidão: Que devemos fazer?11Ele respondia: Quem tem duas túnicas dê uma ao que não tem; e quem tem o que comer, faça o mesmo.12Também publicanos vieram para ser batizados, e perguntaram-lhe: Mestre, que devemos fazer?13Ele lhes respondeu: Não exijais mais do que vos foi ordenado.14Do mesmo modo, os soldados lhe perguntavam: E nós, que devemos fazer? Respondeu-lhes: Não pratiqueis violência nem defraudeis a ninguém, e contentai-vos com o vosso soldo.15Ora, como o povo estivesse na expectativa, e como todos perguntassem em seus corações se talvez João fosse o Cristo,16ele tomou a palavra, dizendo a todos: Eu vos batizo na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo.17Ele tem a pá na mão e limpará a sua eira, e recolherá o trigo ao seu celeiro, mas queimará as palhas num fogo inextinguível.18É assim que ele anunciava ao povo a boa nova, e dirigia-lhe ainda muitas outras exortações.

Comentário

O texto de Sofonias nos fala de um povo pouco antes do reinado de Josias. O país se encontrava mergulhado na maior miséria moral e há tempo sentia-se a ameaça da Assíria. Sofonias, testemunha dos grandes pecados de Israel e do duro castigo aplicado por Deus para purificar o povo, preanuncia a restauração e redenção que Deus vai realizar. Os beneficiários da redenção são chamados o “resto”. Com esse resto criará Deus um povo novo.
No final do livro de Sofonias vislumbra algumas luzes de esperança: o rei Josias se apresenta como o grande reformador e a Assíria parece relaxar o cerco por um momento. É a ocasião para anunciar dias melhores para Jerusalém e convidar à alegria através de uma grande festa com danças, alegria e regozijo.
Israel fica feliz porque o Senhor cancelou todas as dívidas ou o castigo de seus pecados (a escravidão). O Senhor estabelece seu trono em Sião. Com um Rei tão poderoso e Pai tão misericordioso ninguém mais precisa ter medo (v. 14-15). Agora já não é Israel o que se alegra no Senhor, é o mesmo Senhor que fica feliz com seu novo povo. É como o esposo que se alegra com a esposa. Muitas vezes a Aliança é apresentada nos profetas como casamento: Javé, teu Deus, está no meio de ti; exulta de alegria por ti e se compraz em ti, te ama e se alegra com júbilo; faz festa por ti (v. 16-17).
Os textos da liturgia de hoje nos convidam à alegria. Esse é o modo de esperar o Senhor: a autêntica alegria do povo de Deus é Cristo, o Messias longamente esperado. Aos filipenses Paulo recomenda: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Outra vez vos digo: Alegrai-vos”.
A passagem de Lucas fala do testemunho de João Batista, o precursor. Sua pregação impressiona o povo, que se aproxima para perguntar: “Que devemos fazer?” (v.10), é uma prova de que a mensagem foi compreendida, percebem que o batismo de João exige um comportamento adequado. A resposta chega logo em seguida: partilhem o que possuem: vestes, alimento, etc (vv. 10-11).
A pergunta não é pelo que se pensa, nem sequer pelo que é se deve crer. O evangelho pretende que o ouvinte da Palavra de Deus se converta, isto é, que sua conduta e seu comportamento estejam de acordo com a justiça exigida pelo Reino. A boa notícia comporta uma exigência nítida: os que possuem bens ou devem partilhá-los com os que nada têm ou que são mais fragilizados. Graças a esta conversão, os pobres e trabalhadores são iguais aos outros. Na realidade os pobres não perguntam, mas, sua presença é um verdadeiro clamor. “Que devemos fazer? Deveria ser a pergunta de quem tem dinheiro, cultura, poder... porque a exigência básica, segundo a bíblia, é partilhar. A conversão é mudança de conduta, mais que mudança de ideias. É a transformação de uma situação velha para uma nova. Converter-se é agir de maneira evangélica. O evangelho nos convida a uma conversão ao futuro que vai desembocar no Reino. Não é olhar e voltar atrás. O futuro (que é Deus e seu reinado) é a meta do chamo à conversão.
A tentação para não se converter é ficar em uma busca permanente ou contentar-se em perguntar sem escutar respostas verdadeiras. Segundo o Batista, a conversão exige saber selecionar ou discernir, reunir o trigo, quer dizer, ir ao mais importante e não ficar na exterioridade e queimar a palha (jogar fora o que não serve e o que nos imobiliza); acolher a Boa Nova da vinda do Senhor requer essa conversão. Com nossos gestos discernimos o que nos aproxima daquilo que nos afasta da chegada do Senhor. Nesse dia Deus discernirá entre o trigo e a palha que haja em nossa conduta.
Este domingo é tradicionalmente denominado “gaudete”, ou da alegria. Por duas vezes Paulo diz que estejamos alegres, alegres pela vinda do Senhor, pela celebração próxima da natividade, por manter a esperança, por situar-nos em processo de conversão e por partilhar com os irmãos a ceia do Senhor.
Na Bíblia, a alegria acompanha todo cumprimento das promessas de Deus. Desta vez a alegria será particularmente profunda: “O Senhor está próximo” (Fl 4,5). Todo pedido a Deus deve estar apoiado na ação de graças (v. 6). A prática da justiça e a vivência da alegria nos levarão à paz autêntica, ao Shalom (vida, integridade) de Deus.

Que devemos fazer? É a pergunta que muitos podemos formular hoje. A resposta de João Batista não é teoria vazia. É através de gestos e ações concretas de justiça, respeito, solidariedade e coerência cristã, como demonstramos nossa vontade de paz, vamos construindo um tecido social mais digno de filhos de Deus, vamos conquistando as mudanças radicais e profundas que nossa vida e nossa sociedade necessitam. Porém, para isso é necessário purificar o coração, deixar-nos invadir pela Espírito de Deus, libertar-nos das amarras do egoísmo e da acomodação, não temer a mudança e estarmos dispostos à alegria, com esperança e entusiasmo a fim de contribuir na construção, não de um futuro remoto, mas humano, que seja verdadeira expressão do Reino de Deus que Jesus nos traz e assim poder exclamar com alegria: venha a nós o teu Reino, Senhor.

Oração


Ó Deus, Pai e Mãe de todos os seres humanos: ao aproximar-se as festas da natividade, nós te pedimos que faças aflorar em nossas vidas o melhor de nosso próprio coração, para que possamos partilhar com os irmãos que nos rodeiam tua ternura, teu amor, do qual nos fizeste participantes. Nós te pedimos, por Jesus, filho teu e irmão nosso. Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário