11 de Setembro - Quinta - Evangelho -
Lc 6,27-38
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Coríntios 8, 1-7.11-13 – “ para não escandalizar o irmão”São Paulo começa dizendo que “o conhecimento incha, a caridade é que constrói”. Em outras palavras ele nos ensina a colocar o nosso conhecimento, isto é, tudo que já aprendemos e por isso, nos firmamos, à disposição da caridade. Isto significa que, embora já tenhamos ciência da palavra que nos afirma que a prática de muitas coisas consideradas tabus não nos tira de Deus, por isso, temos a consciência limpa, precisamos renunciá-las para não escandalizar os nossos irmãos e irmãs que ainda são despreparados (as). São coisas, às vezes, simples, como o comer e o beber. São Paulo se referia às carnes de animais sacrificados aos ídolos, prática abominável àquele tempo. Hoje nós podemos comparar isso a algumas ações que praticamos e que embora, não nos façam nenhum mal, podem tumultuar e confundir a cabeça das pessoas desavisadas levando-as a retrocederem na fé por não possuírem ainda um amadurecimento espiritual. Quando nós compreendemos isso, somos capazes de renunciar a alguma ação que nos é agradável, só por amor, para não confundir os que têm a consciência fraca. Assim sendo, quando nós renunciamos ao “beber”, ao “comer”, ao contar histórias “engraçadas” (piadas), aos comentários jocosos, nós o fazemos por amor e para edificação do reino de Deus. Por isso, São Paulo nos ensina: “se um alimento é ocasião de queda para meu irmão, nunca mias o comerei para não escandalizá-lo”. – Será você também capaz de agir assim? – Existe alguma coisa que você pratica a qual serve de pedra de tropeço para as pessoas que convivem com você? – Por que você não experimenta abdicar delas para ganhar essas pessoas?
Salmo 138 – “Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!”
Só o Senhor conhece os nossos caminhos e somente Ele poderá nos orientar para que possamos prosseguir a nossa marcha em busca da vitória. Porque sonda o nosso coração, Deus sabe tudo que se relaciona conosco. Ele sabe o que é melhor para cada um, pois, foi Ele quem nos formou no seio da nossa mãe. Dessa forma, só nos resta pedir a Ele que nos conduza e nos guie no caminho da nossa vida. Quando nós fazemos isso, nós nos sentimos o nosso coração em paz e temos a certeza de que estamos na rota certa.
Evangelho Lucas 6, 27-38 – “nadando contra o mundo ”
Se não tivermos uma fé firme e a certeza de que o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo, veio em pessoa nos dar garantia do que Ele pregou, nós não conseguiremos alcançar o pensamento de Deus, pois o que o mundo ensina agrada muito mais à nossa humanidade. Com efeito, a Palavra de Deus nos confunde, pois fala justamente o contrário do que todos apregoam.
Se, colocarmos de um lado, as instruções de Jesus neste Evangelho, e do outro lado, as concepções que o mundo prega, com certeza, nós perceberemos que existe um fosso enorme separando as duas vertentes. Por isso, quando nós ouvimos Jesus falar coisas como: amar os nossos inimigos, fazer o bem aos que nos odeiam ou bendizer aos que nos amaldiçoam; rezar pelos que nos caluniam e dar a outra face depois de tomar uma bofetada; entregar a túnica quando alguém já nos tomou o manto, etc., nós nos apavoramos e achamos que Ele nos propõe andarmos na contra mão do mundo. Jesus veio desbaratar a teia do inimigo que tenta nos infligir uma doutrina de morte que nos instrui a nos posicionar uns contra os outros lançando fora a virtude da caridade que Deus nos conferiu. A chave para que possamos compreender o que Jesus veio nos ensinar está justamente, nessa expressão: “O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles.” Quando nos colocamos no lugar do outro, quando nos envolvemos com o outro indivíduo, nós podemos compreender as suas motivações e assim, também, perdoar, compreender, acolher. Depois também Jesus nos faz outras indagações para a nossa reflexão: qual a recompensa que nós teremos se fizermos o bem só a quem nos fizer o bem? Quais os méritos que teremos se amarmos somente a quem nos ama? Se emprestarmos dinheiro, somente a quem nos pode pagar nós não estaremos fazendo por amor, mas sim, por conveniência; Jesus ainda nos adverte: “sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus”. Finalmente, Ele nos dá a dica para que sejamos misericordiosos como o Pai é misericordioso: não julgar, porque assim também não seremos julgados; não condenar, para que também não sejamos condenados; perdoar para que sejamos perdoados; dar para poder então, receber. Em fim, com a mesma medida com que nós medimos os outros - isto é, da mesma forma, na mesma proporção, do mesmo jeito, - nós seremos também medidos. - Você tem dificuldade em acolher essa Palavra? - Qual das orientações de Jesus lhe é mais difícil de viver? - Como você costuma julgar as pessoas que erram? - Você costuma fazer o bem sem olhar a quem, ou você só ajuda a quem você conhece?- Você acha que tem necessidade de amar as pessoas que estão fora do seu círculo de amizade?
Helena Serpa
Parabéns pelo excelente comentário da liturgia!
ResponderExcluirE obrigado por compartilhar!!!
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