TERÇA FEIRA DA 25ª SEMANA DO TC 23/09/2014
1ª Leitura Provérbios 21, 1-6.10-13
Salmo 118(119),35ª “Conduzi-me pela senda de vossas leis”
Evangelho Lucas 8, 19-21
Percebemos nas diversas sentenças do Livro dos Provérbios, que abre
essa liturgia, uma afirmação muito séria logo de início: Até o Rei, que é
soberano, deve deixar-se guiar por Deus e nenhum homem é juiz de si mesmo mas a
sua retidão é determinada por Deus pois somente ele conhece e sonda o coração
do ser humano. Quando o homem é arrogante e cheio de orgulho, só manifesta a
escuridão e não deixa aparecer a luz de Deus. Todas as demais sentenças
aplicam-se a esta Verdade: É Deus que nos aponta por onde ir pois os projetos
do homem são muitas vezes enganosos e não levam a lugar algum.
Por isso que encontramos no Salmista essa súplica que deve ser
constante em nossa vida “Guiai-me, Senhor, nos caminhos dos vossos preceitos”
pois Deus é a estrada, e ao mesmo tempo o destino a ser alcançado. Este caminho
tornou-se mais nítido em Jesus Cristo, pelo qual o Pai se manifestou, se
revelou e falou diretamente aos homens. Antes, os instrumentos dos quais Deus
se serviu, eram homens que poderiam se enganar, como de fato muitos se
enganaram, mas no templo da plenitude a Palavra de Deus tornou-se carne e
tornou-se imprescindível escutá-la e pô-la em prática pois Jesus não apenas nos
mostra o caminho, mas ele é o caminho.
Os que ouvem esta palavra e a coloca em prática tornam-se íntimos
de Jesus, criando com ele um forte laço, mais poderoso do que qualquer
parentesco como mostra o evangelho. Talvez possamos pensar que neste evangelho,
a mãe de Jesus foi relegada a um segundo plano. Primeiramente é preciso saber
que, o termo Mãe designava a Matriarca da Família, seria ela a Bisavó ou a
Tataravó, aquela que tinha autoridade sobre a família, por esta razão ela está
ali, para convencer Jesus a ir para casa e deixar de lado a missão. Maria de
Nazaré agiria assim?
Digamos entretanto que seja realmente Maria, é mais fácil
entendermos que os demais membros da família a convenceram a ir até lá. No
demais, o próprio Jesus sempre elogiou Maria pela sua obediência e fidelidade á
Palavra de Deus, por isso ela é a primeira cristã e primeira discípula.
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