12 de agosto-Terça - Evangelho
- Mt 18,1-5.10.12-14
Quem é o mais
importante no Reino do Céu? Ante a pergunta do discípulo, em três partes Jesus divide o seu
discurso. Primeira: Desmonta as grandezas dos pensamentos dos seus discípulos.
Pois o Reino não é para aqueles que se fazem grandes mas sim para os
pequeninos. Depois Ele ameaça a quem fizer qualquer mal a um pequenino. E, por
fim, fala como Deus se agrada de reaver um pequenino que estava perdido. Isso
leva os discípulos de uma posição de superiores, para uma posição de igualdade
aos pequeninos. Ao invés de valorizarem o poder, a vaidade, são levados a se
colocarem à disposição. E Jesus faz tudo isso porque percebe a grande vontade
deles em participar do Reino dos Céus!
O Evangelho conclui falando ainda que Deus se agrada mais de um
pequenino que é resgatado, do que de 99 que não precisaram ser resgatados. Eis
uma boa pista para quem quer agradar a Deus e garantir um bom lugar no Reino
dos Céus. Ir ao encontro do irmão, da irmã, do filho, da filha, do marido ou
esposa que qual ovelha perdida anda longe do rebanho e até mesmo fora de si
mesmo.
Jesus dividiu o seu discurso em três partes bem claras. Primeiramente
Ele tira a vontade dos discípulos serem grandes. A razão é simples. É que o
Reino dos Céus é daqueles que se fazem pequeninos. Assim, todo o atentado
contra eles não se deixará impune, ao ofensor. E, por fim, Deus manifesta a
grande alegria que sente ao reencontrar um pequenino que estava perdido, um
filho que estava morto e que agora ressuscitou, vive. Esta mensagem é para mim
e para ti que somos os discípulos de hoje. Temos de nos mover dos conceitos que
formamos sobre nós mesmos criados pelas posições que ocupamos dentro da Igreja,
que muitas vezes nos leva a nos considerarmos os melhores de todos e por isso
merecedores de um lugar de destaque e consequentemente superiores, para uma
posição de igualdade aos pequeninos. Ao invés de valorizarmos o poder, a vaidade,
Jesus leva a nos colocarmos à disposição como servidores dos outros. É preciso
que, por exemplo, eu que tomei como meu lema sacerdotal “em tudo servir para a
maior glória de Deus”, realmente me dobre e com a toalha à cintura lave os pés
dos homens e mulheres despidos de sua dignidade. Jesus nos dirige estas
palavras, porque percebe a grande vontade dos discípulos (e hoje nossa) em
participar do Reino dos Céus!
Portanto, a lição prática que podemos levar conosco para a nossa vida
hoje e sempre:
1) A humildade e simplicidade, ingenuidade no pecado e pureza do coração
representados pela criança símbolo dos órfãos, excluídos, pobres e
marginalizados pela sociedade; 2) A acolhida que se deve dar a estes excluídos
condenados à comer o pão que o diabo amassou ou seja acolhida aos pequeninos;
3) E, por último, não só acolher mas (e sobretudo) sair em busca dos pequeninos
que se perderam e resgatá-los.
Pai, poupa-me de cair na tentação de
querer fazer-me grande aos olhos do mundo, pois a verdadeira grandeza consiste
em fazer-me amigo e servidor do meu próximo.
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