Dia 05 de Agosto de 2014
Evangelho de MT 15,1-2.10-14
Estamos no mês vocacional, um tempo que nos convida a refletir sobre a importância de vivermos bem a nossa vocação, de estarmos no lugar certo, onde Deus nos plantou para produzir Frutos! A nossa primeira vocação é para a vida! A resposta ao chamado à vida, é um compromisso sagrado, pois a vida é um dom de Deus!
Deixamos de viver a nossa vocação, quando ficamos presos em pormenores, que nos tira do foco, que é Jesus!
Estamos constantemente observando o outro, pena que a nossa observância se direciona mais para os pontos fracos das pessoas, o que nos impede de enxergar o que há de bom no seu interior! Enquanto ficamos nesta observância exterior, buscando somente o negativo do outro, deixamos de cuidar do nosso próprio interior, esquecendo de que todos nós temos imperfeições.
Devido ao nosso olhar malicioso, vamos perdendo a capacidade de ver além das aparências, de ter uma percepção profunda dos fatos e das pessoas. Tudo porque ainda não aprendemos a ter um olhar de contemplação, um olhar que nos faz enxergar o outro na sua essência!
O evangelho de hoje, nos alerta sobre o risco que corremos de nos distanciarmos dos verdadeiros valores, por estarmos submetidos a normas, rituais, que não nos levam à Deus.
A narrativa nos fala de mais um confronto dos fariseus e alguns mestres da lei, com Jesus. Fariseus e doutores da lei, haviam vindo de Jerusalém com um único objetivo: confrontar Jesus, descobrir que tipo de ensinamento Ele passava para os seus discípulos, e se Ele estava incitando o povo à não-observância das Leis! Para eles, os ensinamentos de Jesus, não enquadravam com os padrões religiosos já estabelecidos por eles. Criticar os discípulos por não lavarem as mãos antes das refeições, era apenas um pretexto para incriminar Jesus, alegando que Ele estava infringindo as leis.
Para os fariseus e mestres da lei, religião era cumprir preceitos, normas, rituais estéreis, vazios, que aos olhos de Deus não acrescentam nada. Eles colocavam pesados fardos nos ombros dos outros, mas eles mesmos não cumpriam as leis, pois não agiam com misericórdia. Atrás de uma falsa pureza exterior, fariseus e mestres da lei, escondiam a dureza dos seus corações. Fechados numa mentalidade egoística, eles eram incapazes de cultivar o amor e a misericórdia em seus corações!
Todo aquele que aproximava de Jesus, com o intuito de desmascará-lo, acabava sendo desmascarado por Ele: “Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que sai da boca, isso é que torna o homem impuro”. É o mal que sai do coração, que provoca desordem e prejudica a vida do homem!
O texto nos leva a um questionamento a respeito da nossa fé e da nossa vivencia religiosa: existe coerência entre o que falamos e o que vivemos?
Muitas vezes, condenamos as atitudes dos fariseus e mestres da lei, mas será que não estamos tendo atitudes semelhantes as deles? Precisamos retirar a trave dos nossos olhos, para reconhecer as nossas imperfeições e procurar corrigi-las!
Deus não nos olha externamente, para Ele, não importa a nossa cor, a nossa posição social e nem mesmo a nossa religião, para Deus, o que importa é o que somos interiormente, o que cultivamos de bom no nosso coração!
De nada adianta nossos atos externos, se eles não retratam o que na verdade somos interiormente. Aos olhos de Deus, a prática exterior, só encontra seu verdadeiro sentido, quando é uma expressão do que realmente se crê e se vive, do contrário, não passa de práticas vazias que nada significam, pois mostram o que na verdade não se é, e não se vive.
Deixemos que o nosso coração se encha do amor que liberta, que nos torna um sinal vivo da presença de Deus no mundo.
A lei maior que deve nos reger, é a lei do amor!
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia
Nenhum comentário:
Postar um comentário