13 de agosto - Quarta- Evangelho - Mt 18,15-20
Bom dia!
Como é denso e cheio de ensinos esse evangelho? Denso, pois são
várias decisões e posturas a serem tomadas partindo de sua reflexão e uma delas
é como reagir a uma critica, a uma perseguição, a uma injúria…
Quem nunca foi mal interpretado por alguém? Quem nunca se sentiu
perseguido, acuado sem motivo aparente? Quantos adjetivos pejorativos e
depreciativos recebemos que de longe sabemos que não correspondem a verdade?
Sabe o que é mais difícil? É saber que tais “elogios” às vezes vêm
de pessoas muito próximas a nós! A vida nos ensina a nos esquivar daqueles que
nos atacam, mas não nos prepara para enfrentar o falso amigo que “mora” com
você. De irmãos de comunidade, parentes, amigos, (…) não esperamos tais
atitudes, mas como infelizmente elas acontecem…
É tão triste saber que o motivo de tamanha revolta é simplesmente o
mesmo motivo que Caim matou Abel: A inveja! É estranho, juntos temos a graça de
ter Deus em nosso meio, mas por que então esse (a) irmão (ã) prefere ser um
“lobo solitário”? “(…) todas as vezes que dois de vocês que estão na terra
pedirem a mesma coisa em oração, isso será feito pelo meu Pai, que está no céu.
Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles”.
Prestemos atenção…
Picuinhas geralmente começam de pensamentos que nunca saíram do
papel, ou seja, desejos frustrados. É o carro que ele tem e eu não tenho; o
salário, o cargo, a posição social que o outro alcançou e eu AINDA não
consegui; os problemas em casa, com os filhos, com o (a) esposo (a); o respeito
que ainda não conquistei… Frustrações. Surge então o outro personagem: Aquele
(a) que vê a vida, mesmo tendo seus próprios problemas, com lentes “cor de
rosa”. Portanto, temos um problema! (risos).
O que não é, ou não consegue ser no trabalho quer ser na igreja;
disputa cargos como se fossem eleições dignas de panfletagem e corpo-a-corpo;
busca seguidores, dissemina inverdades, injúrias, mentiras, (…). Resultado da
equação: uma comunidade com problemas! Agora, instalado o problema, brigam por
chaves da igreja (inclusive do sacrário), pelo horário do caseiro, sobre os
leitores da missa, a veste do padre… Resultado: quem vencer, se proclamará o
dono da igreja (hunf).
Tem gente que padre Bruno da Canção Nova bem coloca em suas
palestras: “OH POVO CHAGADO”!
Repito, Deus nos oferece tudo se ficarmos juntos, mas o orgulho
ferido não deixa matar a inveja.
Precisamos eliminar esse mal de nossas vidas e para isso preciso
PARAR DE NÃO QUERER me indispor com as pessoas. Se vi algo errado que mereça
uma correção fraterna “(…) vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça isso em
particular, só entre vocês dois. SE ESSA PESSOA OUVIR O SEU CONSELHO, ENTÃO
VOCÊ GANHOU DE VOLTA O SEU IRMÃO. Mas, se não ouvir, leve com você uma ou duas
pessoas, para fazer o que mandam as Escrituras Sagradas”.
Demonstramos maturidade na fé não somente quando tenho oração
pessoal, mas sim quando essa oração me transforma e se exterioriza. Não adianta
ser um bom cristão na igreja e ser uma pedra de tropeço em outros momentos.
Esse gesto peculiar de falar e não viver o que fala nosso Senhor chamou de
“sepulcros caiados”.
Em comunidade, brigas vão sempre ocorrer, pois creio que as pessoas
lutam na verdade pelo melhor, mas precisamos aprender também a ceder e também
não misturar as insatisfações, pois a cada um, Deus fez um chamado e a todos
uma mesma missão.
“(…) A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros,
evangelistas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o
desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo, até que todos
tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até
atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo. Para
que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de
doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios
enganadores. Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os
sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo”. (Efésios 4, 11-15)
Um imenso abraço fraterno.
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