ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
SOLENIDADE
17 de Agosto de 2014
Ano A
Evangelho - Lc 1,39-56
Neste domingoa Igreja celebra uma das festas mais
importantes e mais antiga da sua história, que é Assunção de Maria ao céu.
Com
alegria e toda devoção nós festejamos hoje a grande festa da Mãe de Jesus e
nossa mãe. Maria, a jovem de Nazaré, que foi escolhida do Alto para gerar em
seu corpo o Messias, o Salvador. A Assunção de Maria é uma verdade professada
desde os primeiros séculos, tanto no Oriente como no Ocidente, foi proclamada
dogma pelo papa Pio XII como verdade de fé no dia 1 de novembro de 1950 pela
bula Manificentissimus Deus.
Nós
cristãos católicos do mundo inteiro, alimentamos a nossa devoção a esta jovem
que aceitou o chamado de Deus, sem nenhuma
exigência nem condições. Maria viveu como nenhum outro ser humano a proximidade
de Deus e nunca tirou daí qualquer vaidade.
Maria
é toda cheia de graça. Plena da graça de Deus como nenhum santo no mundo o foi. Ela se prontificou a colaborar com o Plano de
Deus. Maria sendo um ser humano como qualquer um de nós, foi e é a ponte entre
nós e Jesus. Jesus atende os seus
pedidos, pois ela jamais lhe pediria algo que não estaria de acordo com a
vontade do Pai.
A pessoa de Maria é muito importante pois ela
gerou, transportou em seu corpo por 9
meses, o próprio Deus que se fez homem e veio habitar no meio de nós. Por isso hoje
comemoramos o dia em que Maria foi acolhida, completamente, de corpo e alma, no
céu, porque ela acolheu o céu nela, no seu corpo.
O
grande valor de Maria reside no fato de que ela, pela sua humildade e muita fé,
mereceu ser a escolhida de Deus para através da sua pessoa enviar o seu Filho ao Mundo. Deus não
precisava de Maria para realizar o seu Plano de salvação. Porém Ele quis
precisar dela.
Maria
assim como todos nós, foi criada por Deus, portanto ela é filha de Deus. Por
outro lado, Maria sendo mãe de Jesus, e se Jesus provou ser o próprio Deus
através dos seus milagres, logo Maria também é mãe de Deus. Repetindo, Maria é filha de Deus e ao mesmo
tempo é mãe de Deus. É muito simples de entender isso, pois se trata de um
silogismo verdadeiro. Todos entendem,
porém nem todos aceitam. Fazem questão de contestar, e relegar Maria a um plano
secundário no projeto de Deus.
Quando
estava na casa de Isabel, Maria recita um cântico a Deus, que ficou conhecido
como o “Magnificat".
Hoje
podemos interpretar o Magnificat, como um tradutor do projeto de Deus: Pois
esse canto revela que Deus recorre aos humildes para realizar suas grandes
obras. Ele escolhe aqueles que para o mundo, são pessoas insignificantes e
humildes no sentido pejorativo. No sentido de desprezíveis, sem nenhum valor
social e econômico. No Magnificat encontra-se o semblante das pessoas
“humildes”. Aqueles que na nossa sociedade atual, são os sem tetos, os
excluídos, os sem terras, os desprezados, os rebaixados, os humilhados, os oprimidos.
Para a sociedade atual, humildade é sinônimo de "sem status". Pois para os "importantes" certo é
ser arrogante e orgulhoso.
Maria
era uma moça humilde no bom sentido. Isto é, aos olhos de Deus. Foi por isso
que ela foi escolhida. E nesse fato maravilhoso acontecido e atestado, na
pessoa de Maria, os cristãos podem ver claramente que Deus não opera por meio
dos poderosos. Ele escolhe os fracos para confundir os fortes, ou os que se
consideram fortes ou poderosos, mas no fundo ou na realidade, muitos deles não
passam de corruptos, que conseguem ser grandes não pelas próprias forças ou
virtudes, mas sim, porque vive pisando ou
explorando os pobres, humildes, inocentes e iletrados.
Caríssimos. A assunção de Maria foi a sua merecida glorificação
no céu. Com Maria são coroadas a entrega e a dedicação de todos aqueles e
aquelas que se dedicam na missão de levar o Evangelhos a quantos podem. Com a
coroação de Maria também é coroada a Igreja dos pobres de Deus que hoje caminha
rumo a eternidade.
A ASSUNÇÃO DE MARIA ACONTECEU
ASSIM:
Três anos antes de morrer, ela
recebeu de Jesus o anúncio de sua morte, no monte das Oliveiras. Em sua casa,
em Jerusalém, ela dormiu – daí, a tradição da Dormição de Maria. Jesus veio ao
seu encontro nesse momento. Ele pede aos apóstolos que preparem o corpo e o
levem até um lugar indicado por ele, no vale de Josafá. Quando ali chegam, eles
depositam o corpo de Maria e se sentam à porta do sepulcro. Jesus aparece
rodeado de anjos, saúda-os com o desejo de paz, reafirma a escolha de Maria
para que dela ele pudesse nascer e pede aos anjos que levem a sua alma para o
céu. Jesus ressuscita o seu corpo. Quando o corpo chega ao céu, Jesus coloca a
alma novamente no corpo glorioso e a coroa como rainha do céu (cf. a tradição
apócrifa sobre Maria, agrupada com base em 15 evangelhos apócrifos, em nosso
livro História de Maria, mãe e apóstola de seu Filho, nos evangelhos apócrifos
- 2006b).
A
Dormição de Maria nasce da fé em que Maria não morreu, mas dormiu. E, por ter
sido levada ao céu, assunta, nasceu a terminologia Assunção, usada a partir do
século VIII. Essa festa começou a ser celebrada liturgicamente na Igreja do
Oriente, no século VI, isto é, entre os anos 600 e 700, propriamente no dia 15
de agosto, a mando do imperador Maurício. A Roma, a festa chegou no século VII.
O
dogma da Assunção de Maria, diferentemente da maioria dos dogmas da Igreja
Católica, foi proclamado recentemente, em 1950, pelo papa Pio XII, com a bula
Munificentíssimo Deus. O texto diz o seguinte: “Definimos ser dogma divinamente
revelado: que a imaculada mãe de Deus, sempre virgem Maria, cumprindo o curso
de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.
Mesmo que não esteja dito expressamente
no dogma, a Assunção de Maria é o mais apócrifo dos dogmas. Para a fé, acreditar
que Maria foi assunta ao céu de corpo e alma significa crer, como afirma Afonso
Murad, que “Maria não precisou esperar o fim dos tempos para receber um corpo
glorificado. Depois de sua vida terrena, ela já está junto de Deus com o corpo
transformado, cheio de graça e de luz. Deus antecipou nela o que vai dar a
todas as pessoas de bem, no final dos tempos” (cf. citado por Faria, 2006b,
p.181). (freiJacir de Freitas Faria ).
Prezados
irmãos. A assunção de Maria é dogma incontestável.
Caso contrário seremos desligados da fé católica. O papa Pio XII decretou o seguinte a respeito
desse dogma: ...se alguém, e que Deus não
o permita, se atrevesse a negar ou voluntariamente colocar em dúvida o que por
Nós foi definido, saiba que separou-se totalmente da fé divina e católica”
(Constituição Dogmática “Munificentissimus
Deus”, 01-11-1950).
Portanto, não se trata de ter uma fé cega,
baseada em dogmas, mas sim, trata-se do
devido respeito a mãe de Jesus a que devemos venerar e dedicar a nossa devoção.
É
bem verdade que Jesus disse que tudo o que pedirmos ao Pai em seu nome, Ele nos
concederá. Tem gente que se prende a
esta frase isolada, para dizer que quando precisa pede direto a Deus por Jesus,
como são todas as orações da Santa Missa. Sim, isso é certo, e não podemos
deixar de rezar ao Pai por meio de Jesus. Mas é muito importetambém a
intercessão de Maria. Pois é preciso lembrar que Maria, sendo humana como todos
nós, é ela a pessoa indicada para interceder por nós diante de Jesus, o qual por
sua vez irá interceder ao Pai.
Mãe puríssima, ajude-nos a sermos puros.
Mãe castíssima, ajude-nos a sermos
castos.
Mãe imaculada, rogai a Jesus por nós,
para que Ele nos dê força para vencer as tentações.
Mãe da sagrada família, rogai a Jesus
pela paz nas nossas famílias.
Mãe poderosa, rogai a Jesus para que Ele
perdoa os nossos pecados.
Mãe...
Mãe...
Continue a sua oração. Bom domingo.
José Salviano.
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Veja e ouça o Padre Ricardo sobre a
devoção a Maria.
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