QUINTA FEIRA DA 20ª SEMANA DO TC
21/08/2014
1ª Leitura Ezequiel 36, 23-28
Salmo 36,25 “Derramarei
sobre vós águas puras”
Evangelho Mateus 22, 1-14
"A hora da Festa..."
Quem é que tem
coragem de recusar a um convite para uma festança, feito por uma pessoa muito
especial? O churrasco já está no ponto, o chope geladinho e esperando para ser
bombeado para o copo, a comida especial, regada a iguarias já está nas panelas,
cheirando a gostoso, a um canto uma mesinha com aquelas batidas deliciosas, e
ainda mais, uma banda musical de primeira já está no palco, a espera da platéia...
e como se não bastasse tudo isso, lá pelas tantas vai rolar um bailão que
promete varar noite a dentro, e de madrugada será servido um café colonial.
"Se perder uma festa assim, vou chorar três dias sem parar" dizia um
amigo, naqueles tempos em que a gente dava uma de penetra... e depois se
mandava de fininho na hora que a bendita gravata do noivo vinha vindo...
Deus preparou algo
de maravilhoso para o ser humano, algo que os olhos jamais contemplaram como
nos diz o apóstolo Paulo, nada há neste mundo que possa corresponder à beleza
dessa vida plena em Deus. E tudo começou com a encarnação de Jesus Cristo a
festança já começou aí... e teve alguns que não entenderam. E olhe que Deus não
guardou segredo da surpresa que queria fazer á humanidade, desde o tempo mais
antigo já vinha anunciando, dando sinais de que esse tempo chegaria. Os
convidados especiais reagiram da pior maneira possível, porque tem mais essa
ainda, no começo a Festa não era para todos, só para os privilegiados de
Israel, eles foram os primeiros a quem Deus manifestou o seu amor, isso é
inegável!
Mas quem diria, no
tempo das promessas até que acreditaram, apesar dos percalços, mas quando
chegou o tempo da feliz realização, quando a festa iria começar prá valer, uns
foram trabalhar no campo, outros foram negociar, e outros mais estressados
agrediram os servos e os mataram... E quem pensou que o Dono da Festa ia
cancelar tudo, se enganou, se os "bacanas" e os "bonitões"
não deram a mínima, o Senhor mandou abrir os portões da sua casa e convidou a
todos os que estavam parados pelas esquinas, o convite continua sendo especial,
mas agora, basta que o convidado aceite: "Por favor, venham na minha casa
comer, beber, dançar, ouvir músicas e se divertir até o amanhecer, tem muita
comida e bebida, quero que todos participem da minha alegria, pois meu Filho
celebra suas núpcias...
Bom, os novos
convidados atenderam rapidinho esse convite tão bom, parecia aquelas liquidação
das grandes lojas, o povão invadiu mesmo, e a sala do banquete ficou lotada.
Até aqui tudo bem, mas daí no versículo final parece que baixou o mau humor no
Patrão, ele flagrou um sujeito que não estava vestido com a veste nupcial, e
não só botou o cara prá correr como ainda mandou amarrar o coitado e jogá-lo lá
fora na escuridão....E o evangelho conclui, "muitos são os chamados, mas
poucos os escolhidos"
Que negócio é esse?
Se o coitado foi convidado em uma esquina, claro que estava vestido meio de
qualquer jeito, ninguém falou que os convidados tinham de vestir alguma roupa
especial... E parece que o evangelho termina sem graça... Com um final não
muito feliz, pelo menos para o sujeito que não estava com a roupa adequada...
Bom; aqui vamos
esquecer-nos do sentido literal do texto e da história da Festa, isso é só um
modo das comunidades de Mateus refletirem que em Jesus Cristo, Deus chama a
todos os homens, sem nenhuma distinção, para virem participar com ele, de uma
vida em comunhão, que já começa nessa vida, e que um dia chegará a sua
plenitude...Tentar viver uma forma de Cristianismo. que não tenha a Jesus
Cristo e seu evangelho, como referência de vida, é dar uma de "bicão"
nessa Festa, São Paulo em sua teologia Batismal, chama isso de
"REVESTIR-SE do homem novo, revestir-se de Cristo, e sem essa roupa nova
que nos transforma em outro Cristo, e que nos configura totalmente a ele, seu
jeito de pensar e seu modo de agir, seremos sempre "Penetras" no
Reino, e corremos o risco de ficar de fora, justo no melhor da Festa...
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