31 de Outubro - Quinta - Evangelho
- Lc 13,31-35
Vejam a que ponto chegou a falsidade dos fariseus. Fingir que
estavam preocupados com a vida de Jesus. Não dá para acreditar. Mas O Mestre
que via seus interiores, o que pensavam e sentiam, logo percebeu que
se tratava de um recado de Herodes. Sendo assim, Jesus manda a resposta. "...Ide
dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao
terceiro dia terminarei a minha vida.
É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém."
A atitude corajosa de Jesus fazia lembrar a dos antigos profetas de Israel, que não se deixavam vencer por intimidação de espécie alguma.
É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém."
A atitude corajosa de Jesus fazia lembrar a dos antigos profetas de Israel, que não se deixavam vencer por intimidação de espécie alguma.
A atitude dos fariseus
que fazem a advertência sobre Herodes não é descrita, mas a intervenção deles
deve ser entendida como hostilidade em vez de ajuda a Cristo. Herodes poderia
ter demonstrado o desejo de pôr o desordeiro para fora da Galiléia. A
referência de Jesus a "essa raposa" talvez seja um jeito de
reconhecer a esperteza na ameaça que o apressa para o lugar onde
tradicionalmente os profetas encontraram a morte. Jesus descreve duas vezes
sua missão em termos de três dias, que aqui Lucas menciona como prenúncio da
ressurreição: " ... e no terceiro dia chego ao termo". O tema da
tarefa de atribuição divina é muito forte. Não importa o que os governantes
humanos queiram, Jesus tem de seguir o plano estabelecido. Também está
subentendida a advertência de que Deus não permitirá interferência neste
plano, embora reis tenham permissão para colaborar em sua execução. O confronto
entre os profetas e os inimigos aconteceu muitas vezes em Jerusalém e até no
Templo. Embora historicamente os homicídios não tenham acontecido
exclusivamente em Jerusalém.
Prezados irmãos, o nosso
trabalho missionário hoje em dia também deve estar desvinculado de qualquer
governante humano. Nenhuma paróquia, nenhum ministro de Deus, deve por bem,
ser partidário deste ou daquele político. É claro que temos as nossas
preferências, votamos neste ou naquele candidato. Mas não devemos misturar seus
programas de governo com a mensagem de Cristo, por mais que o candidato seja
pelos pobres, por mais que esteja fazendo um governo inteligente, por mais que
esteja olhando pelos excluídos e por isso rejeitado pela elite. É uma pena, mas
temos de ser imparciais.
Já sei o que você está
pensando. A Igreja no seu início era atrelada ao Estado Romano. Sim. E ao que
parece, fazia parte do plano de Deus para a divulgação do Cristianismo
nascente. Podemos dizer que a Igreja ou o Cristianismo voou nas asas do Império
Romano, assim como aconteceu aqui no Brasil de Cabral até a separação da Igreja
e do Estado.
Sal.
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