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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Os milagres que Jesus -Alexandre Soledade


Bom dia
“(…) Os milagres que Jesus realiza não possuem uma finalidade em si, mas são a expressão de uma realidade maior. Quando vemos o caso do Evangelho de hoje, percebemos duas coisas: primeiro: o nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância, e tem poder sobre a morte; segundo: o que motiva Jesus a agir é a compaixão com os que sofrem, e isso nos mostra um aspecto muito importante da sua missão, que é a solidariedade com os mais pobres e necessitados. E tudo isso nos revela que Deus veio visitar o seu povo, ser solidário com ele, e ESTA NOTÍCIA PRECISA SER ESPALHADA PARA TODOS OS HOMENS A FIM DE QUE TODOS POSSAM PERCEBER A PRESENÇA AMOROSA DE DEUS EM SUAS VIDAS”. (site da CNBB)
Em outra passagem que retrata esse momento descreve-se que Jesus tocou o esquife do caixão e não o rapaz, mas o que esse detalhe nos chama a atenção, se independentemente do local onde foi tocado o rapaz voltou à vida?
De que valeria tocar um corpo sem vida? O que por ventura ele sentiria? Nada! Quantas pessoas não se encontram assim, mortas ao sentimento, ao toque, ao carinho? Como podem atestar o toque de Deus se nada podem sentir? Como diz o texto da CNBB é preciso que alguém continue insistindo em acreditar levando a mensagem, essa “notícia” a todas as pessoas para que o ouçam.
Recentemente a CNBB publicou as diretrizes de ação evangelizadora até 2015 e um parágrafo me chamou muita a atenção:
“(…) A Conferência de Aparecida nos convocou a ser uma Igreja toda missionária e em estado permanente de missão: “Ai de mim se não evangelizar!” (1Cor 9,16). A Igreja nasce da missão e existe para a missão. EXISTE PARA OS OUTROS E PRECISA IR A TODOS. No processo de evangelização, o testemunho é condição para o anúncio. A própria comunidade cristã precisa ser ela mesma anúncio, POIS O MENSAGEIRO É TAMBÉM MENSAGEM. Os mensageiros de Jesus Cristo são, ANTES DE TUDO, TESTEMUNHAS DAQUILO QUE VIRAM, ENCONTRARAM E EXPERIMENTARAM. Este fato implica irradiar a presença de Deus, de Jesus Cristo, Deus-Conosco, e, na força do Espírito Santo, proclamar com a palavra e com a vida que Cristo está vivo entre nós. Vendo a comunidade cristã reunida no amor e em oração, as pessoas de hoje exclamarão, como o visitante de quem fala Paulo aos Coríntios: “Verdadeiramente, Deus está entre vós!” (1Cor 14,25). ( §76 doc 94 CNBB)
Dias atrás nos deparamos com a reflexão do servo infiel que muito foi perdoado e não permitiu o perdão aos que o feriram, se assim voltarmos a refletir, quantas pessoas estão por ai “mortas” por falta do nosso perdão? Quantas esperam ouvir algo concreto que as encante a voltar? Uma pessoa não se convence se não sentir que aquilo que ouve seja verdade. Pergunto: como é que estou fazendo o meu trabalho?
Ouço muita gente me chamar de “irmão”, “amado”, (…), mas será que esse título vai além da saudação? Será que ao chamar alguém assim sou DE FATO irmão ou amado por essa pessoa? A nossa demagogia não nos permite aproximar nem do esquife dos que sofrem.
Sabemos que mudar um pensamento deve partir de dentro para fora e nós conseguiremos, por mais que sejamos eloqüentes ou de fácil falar, tocar apenas o esquife dessas pessoas. Sentir o tocar de Deus dependerá do conseguir fazer mover o Espírito Santo que habita nela. Dom Bosco dizia “fazer a corda vibrar…”
Façamos como Tiago disse
“(…) De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. MOSTRA-ME A TUA FÉ SEM OBRAS E EU TE MOSTRAREI A MINHA FÉ PELAS MINHAS OBRAS”.  (Tiago 2, 14-18)
Precisamos permitir que Deus nos toque para que possamos de coração aberto anunciar a mensagem que convença. Devemos permitir esse toque em nossa fé para que nossa ação seja efetiva.
Um imenso abraço fraterno



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