Bom dia
“(…) Os milagres que Jesus realiza não possuem uma
finalidade em si, mas são a expressão de uma realidade maior. Quando vemos o
caso do Evangelho de hoje, percebemos duas coisas: primeiro: o nosso Deus é o
Deus da vida e da vida em abundância, e tem poder sobre a morte; segundo: o que
motiva Jesus a agir é a compaixão com os que sofrem, e isso nos mostra um
aspecto muito importante da sua missão, que é a solidariedade com os mais
pobres e necessitados. E tudo isso nos revela que Deus veio visitar o seu povo,
ser solidário com ele, e ESTA NOTÍCIA PRECISA SER ESPALHADA PARA TODOS OS
HOMENS A FIM DE QUE TODOS POSSAM PERCEBER A PRESENÇA AMOROSA DE DEUS EM SUAS
VIDAS”. (site da CNBB)
Em outra passagem que retrata esse momento descreve-se que
Jesus tocou o esquife do caixão e não o rapaz, mas o que esse detalhe nos chama
a atenção, se independentemente do local onde foi tocado o rapaz voltou à vida?
De que valeria tocar um corpo sem vida? O que por ventura
ele sentiria? Nada! Quantas pessoas não se encontram assim, mortas ao
sentimento, ao toque, ao carinho? Como podem atestar o toque de Deus se nada
podem sentir? Como diz o texto da CNBB é preciso que alguém continue insistindo
em acreditar levando a mensagem, essa “notícia” a todas as pessoas para que o
ouçam.
Recentemente a CNBB publicou as diretrizes de ação
evangelizadora até 2015 e um parágrafo me chamou muita a atenção:
“(…) A Conferência de Aparecida nos convocou a ser uma
Igreja toda missionária e em estado permanente de missão: “Ai de mim se não
evangelizar!” (1Cor 9,16). A Igreja nasce da missão e existe para a missão.
EXISTE PARA OS OUTROS E PRECISA IR A TODOS. No processo de evangelização, o
testemunho é condição para o anúncio. A própria comunidade cristã precisa ser
ela mesma anúncio, POIS O MENSAGEIRO É TAMBÉM MENSAGEM. Os mensageiros de Jesus
Cristo são, ANTES DE TUDO, TESTEMUNHAS DAQUILO QUE VIRAM, ENCONTRARAM E
EXPERIMENTARAM. Este fato implica irradiar a presença de Deus, de Jesus Cristo,
Deus-Conosco, e, na força do Espírito Santo, proclamar com a palavra e com a
vida que Cristo está vivo entre nós. Vendo a comunidade cristã reunida no amor
e em oração, as pessoas de hoje exclamarão, como o visitante de quem fala Paulo
aos Coríntios: “Verdadeiramente, Deus está entre vós!” (1Cor 14,25). ( §76 doc 94
CNBB)
Dias atrás nos deparamos com a reflexão do servo infiel que
muito foi perdoado e não permitiu o perdão aos que o feriram, se assim
voltarmos a refletir, quantas pessoas estão por ai “mortas” por falta do nosso
perdão? Quantas esperam ouvir algo concreto que as encante a voltar? Uma pessoa
não se convence se não sentir que aquilo que ouve seja verdade. Pergunto: como
é que estou fazendo o meu trabalho?
Ouço muita gente me chamar de “irmão”, “amado”, (…), mas
será que esse título vai além da saudação? Será que ao chamar alguém assim sou
DE FATO irmão ou amado por essa pessoa? A nossa demagogia não nos permite
aproximar nem do esquife dos que sofrem.
Sabemos que mudar um pensamento deve partir de dentro para
fora e nós conseguiremos, por mais que sejamos eloqüentes ou de fácil falar,
tocar apenas o esquife dessas pessoas. Sentir o tocar de Deus dependerá do
conseguir fazer mover o Espírito Santo que habita nela. Dom Bosco dizia “fazer
a corda vibrar…”
Façamos como Tiago disse
“(…) De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé,
se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou a uma irmã
faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz,
aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que
lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma.
Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. MOSTRA-ME A TUA FÉ SEM OBRAS E
EU TE MOSTRAREI A MINHA FÉ PELAS MINHAS OBRAS”. (Tiago 2, 14-18)
Precisamos permitir que Deus nos toque para que possamos de
coração aberto anunciar a mensagem que convença. Devemos permitir esse toque em
nossa fé para que nossa ação seja efetiva.
Um imenso abraço fraterno
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