4 de Novembro de 2013 - Evangelho - Lc 14,12-14
Para haver o amor verdadeiro não pode receber nada em
troca. O amor não é mercadoria e nem pode fazer comércio de uma expressão que
une e aproxima as pessoas por querer o bem na totalidade. O amor congrega o mais peculiar da pessoa: a doação. Doar-se de corpo e alma no projeto de vida é revelar
o imenso amor da pessoa com o outro.
Jesus pede no Santo Evangelho que não convide os
amigos próximos e nem parentes para um banquete. Entretanto, convide alguém que
realmente precisa de atenção e comida. Assim Jesus expressou: convida os pobres, os
aleijados, os coxos, os cegos! Eles
são pobres, abandonados, desprovidos de bens e serviços e clama por amor.
Ao convidar os pobres, os aleijados, os coxos e os
cegos o Reino da Justiça estará acontecendo no âmbito do amor gratuito, pois
eles não pedem nada em troca e nem vão retribuir com presentes, o que vão fazer
e dizer na mais pura simplicidade e alegria: "Deus lhe pague".
Contudo, as palavras de Jesus não param por ai: quem são os pobres que precisam ser
convidados para o banquete? Respondo: são homens e mulheres maltratados
pela opressão, pessoas distantes da palavra de Deus para a libertação,
indigentes jogados no lixo pelo sistema massacrante do capital, sujeitos à
espera de uma mão amiga para alavancar das sarjetas da vida. Masquem são os aleijados? São todos aqueles acorrentados, presos pelas
injustiças, violentados pelo domínio de espaço, inertes a espera de aconchego. E os coxos? São os decepados nas suas entranhas para convir uma realidade de excelência a outro. E os cegos? São os tapados pelas ideologias dominantes que não
enxergam a realidade de morte, são os adoradores dos interesses alheios que
fazem os caprichos de uma classe que extermina sem piedade. Enfim, são cristãos
que precisam alimentar da palavra de Deus afim de fortalecer na caminhada do Pai.
Quem ama estas pessoas de coração aprendeu a
gratuidade de Nosso Pai. Ele não mediu esforços para livrar o homem do pecado,
enviou seu filho como prova de amor, enxergou o sofrimento e morte de cruz de
seu Amado. Este Deus nos pede a humildade para acolhermos em nossas casas os
necessitados da palavra e da comida.
Enfim, o amor gratuito revela o tamanho da fé e da
esperança que nos envolve. Sejamos um missionário que convida todos para um
banquete especial, um banquete da alegria, um banquete na casa do Pai. Que
sejamos este missionário do Amor, Amém!
--
Claudinei M. de Oliveira
Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!
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