Bom dia!
Tenho refletido muito esse evangelho e por vezes me
questiono quanto a minha conduta. Explico…
Como outros tantos cristãos, nos assoberbamos de trabalhos
dentro da igreja e é nesse ponto que me interrogo: Será que estar atuante em
tantas áreas é o correto, pois ao ocupar um espaço talvez não permita que
outros surjam? Mas como não questionar a situação que a messe continua a
crescer, mas os operários não?
É um fato que grande parte das pastorais se “especializou”
em “pescar o peixe que esta dentro do aquário”, ou seja, aquele que já esta
aqui dentro; outro fato é que falar de Deus para quem já o conhece, creio que
não seja uma tarefa tão árdua como é ser luzeiro no mundo. Falar de Deus talvez
não seja tão complexo como viver sua palavra todos os dias, cansado, voltando
do longo dia de trabalho, sem descanso…
Mas se paro, como fica aquele que aprendeu a me procurar?
O capitão do barco quando avista o farol sabe que duas
coisas existem ali: Um caminho seguro e um perigo eminente (rochas, corais,
pouca profundidade) ou o farol foi por acaso construído apenas para iluminar o
mar? Surge então a grande dúvida: Será que um farol pode estar em todo lugar ao
mesmo tempo?
A indagação surge do fato que por maior que seja meu, o seu,
o nosso empenho, possivelmente será pequeno mediante a crescente messe. Nosso
esforço parece sempre andar em progressão aritmética (PA) e a messe em
geométrica (PG).
Quantos servos, filhos de Deus, pais, mães, (…) se sentem
assim? Mas o estranho é que é nessa hora que Deus se supera em nós! “(…) PORQUE
QUEM TEM RECEBERÁ MAIS; mas quem não tem, até o que pensa que tem será tirado
dele”.
Deus na verdade não precisaria de nós, mas espera com muita
ansiedade um gesto concreto de fé resiliente.
Resiliência deriva de uma propriedade química ou física em
que uma substância tem, após estresse ou de uma adversidade, de conseguir se
adaptar ou retornar ao estado original. Por analogia (comparação) imaginemos um
fino galho de goiabeira que mesmo sobre forte peso, nega-se a quebrar. Fé
resiliente é aquela que se nega a desistir e que após longo estresse é
recompensada com os frutos.
Não! Não vale a pena desistir do projeto de Deus por falta
de operários, pois se fomos edificados faróis para alguma coisa precisamos
servir. O gesto de um único farol pode mudar a vida de um navio perdido no mar,
claro que não salvaremos a todos. Ambicionamos a coisas muito grandes;
reclamamos muito das coisas pequenas que somadas começam a nos pesar, mas
preciso voltar a ver a gama de dons que Deus dá aos que estão assoberbados em
Seu nome
“(…) Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel
nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas
grandes Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos
confiará as verdadeiras”? (Lucas 16, 10-11)
Vamos continuar!
Um imenso abraço fraterno
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