25 de Outubro - Sexta - Evangelho
- Lc 12,54-59
"...quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o
possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele te não
arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na
prisão."
Esta comparação que
Jesus faz é para que a comparemos com o caminho da nossa vida. Temos de
aproveitar o tempo que nos resta para nos reconciliar com o nosso irmão ou irmã
entes que estejamos diante do juízo final.
Na nossa caminhada às
vezes passamos por situações complexas, confusas que nos levam a ter atritos
com alguns irmãos, do tipo colega de trabalho, vizinhos, ou mesmo familiares.
Tais situações desagradáveis nos deixam em desconforto com as nossas convicções
religiosas, ou com nossa consciência moral, mesmo sabendo que só estávamos nos
defendendo de um injustiça por parte do nosso irmão. Nossa consciência moral
nos espeta por ter agido tão duro mesmo se tratando de uma pessoa injusta.
Mesmo depois de ter
confessado, ainda fico com receio de comungar, por causa de uma discussão com o
meu vizinho. Disse-me aquela senhora que o povo chama de
"beata".
Ocorre que se fomos
injustiçados, é nosso direito de nos defender, agindo até com certa firmeza ou
dureza com relação às atitudes daquele nosso irmão desonesto. E se confessarmos
após ter avaliado a nossa dose de culpa naquele caso, já fomos ou já estamos
perdoados. Não podemos duvidar do poder da absolvição, e da graça de Deus
contida nela. Não podemos espremer demais a nossa Consciência Moral. Errados,
seríamos se fôssemos nós os injustos, e que estivéssemos prejudicando alguém.
Mas não é esse o caso.
De qualquer forma,
depois de passar um certo tempo, vamos ficar de olho em uma
oportunidade para nos reconciliar com a pessoa com a qual nos desentendemos,
enquanto estamos na caminhada rumo ao juízo final e a Vida Eterna.
Prezados irmãos. Essa
vida é muito curta, e seria bom a gente colecionar boas ações que
semeamos pelo caminho, como os gestos de caridade, e mesmo algum "sapos
que engolimos" pelo caminho, porque, às vezes é preferível ficar no
prejuízo que recorrer aos nossos direitos, ganhar a questão, mais
perder em termos de saúde. Então, a nossa paz vale mais que alguns trocados que
podemos perder.
Sal.
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