Dia 11 de Fevereiro de 2020
Evangelho de Mc7,1-13
Temos a tendência de estarmos sempre observando o outro, pena, que esta nossa observância, se direciona mais para o ponto fraco das pessoas. Com esta postura, vamos perdendo a capacidade de enxergar além das aparências, um sinal de que está nos faltando o olhar do coração, um olhar que vai além do limite humano, que vê o que o outro tem de bom no seu interior.
É importante conscientizarmos: não somos modelos de perfeição, temos os nossos defeitos, e enquanto ficamos nos ocupando em buscar o defeito do outro, deixamos de nos corrigir, de cuidar do nosso interior.
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, começa dizendo, que os fariseus e alguns mestres da lei, que haviam vindo de Jerusalém, se reuniram em torno de Jesus. Com um porém, eles não vieram para ouvir os ensinamentos de Jesus e sim, para investiga-lo. Os fariseus e os mestres da lei, haviam vindo de Jerusalém com um único objetivo: descobrir que tipo de ensinamento Jesus estava passando para os seus discípulos, se Jesus estava incitando o povo a não observância das leis. Pelo o que havia chegado ao conhecimento deles, os ensinamentos de Jesus, não enquadravam com os padrões religiosos estabelecidos por eles. Para eles, religião, era observar as tradições antigas, cumprir preceitos, normas, rituais que nada acrescentam nada ao ser humano, como lavar as mãos antes de comer, quando chegar da rua, não comer sem tomar banho, a maneira correta de lavar os copos, jarras, vasilhas. (O que em parte, pode ser válido, na questão higiênica, mas esta não era a preocupação deles.)
Fariseus e mestres da lei observavam rigorosamente estes pormenores, mas deixavam de lado o principal: que era o cuidado e o respeito para com a vida do povo, suas atitudes eram totalmente contrárias à vida. Atrás de uma aparente pureza eles escondiam a dureza de seus corações.
O texto chama a nossa atenção, sobre o perigo de nos deixarmos contaminar por esta mentalidade ainda presente no nosso meio, pessoas que ficam somente no superficial da fé, cumprindo rigorosamente normas, rituais vazios, que não levam a Deus!
Quando ficamos presos nestes pormenores, não avançamos no amor, não absorvemos a mensagem principal de Jesus, que é um convite a vivermos no amor! Enquanto estamos presos a tudo isso, não tomamos posse da nossa vida, vida que pertence a Deus e que por assim ser, deve ser cuidada como um bem preciosíssimo Dele.
É importante termos em mente: podemos enganar aos homens, mas a Deus ninguém engana, Deus nos conhece pelo o avesso, sabe o que temos no nosso interior, quais são nossos intensões.
De nada adianta nossos atos externos, se eles não retratam o que somos interiormente. Aos olhos de Deus, as práticas exteriores, só tem sentido, se elas forem expressão do que realmente vivemos, do contrário, elas não passam de práticas vazias que nada significam, pois mostram o que não somos interiormente.
Perguntemos a nós mesmos: Estamos presos em pormenores, ou estamos vivendo de fato a nossa fé? Existe coerência entre o que falamos e o que vivemos?
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado p/ reflexão.
ResponderExcluirSanta Maria, Rio Grande do Sul.