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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

7o Domingo do Tempo Comum-Jorge Lorente


Evangelhos Dominicais Comentados
23/fevereiro/2020 – 7o Domingo do Tempo Comum
Evangelho: (Mt 5, 38-48)
Disse Jesus: “Vós ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado. Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Eu, porém, vos digo: Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.
COMENTÁRIO
Hoje Jesus nos lembra que os mandamentos de não guardar rancor e de amar o próximo, se baseiam nesta mesma verdade: todos somos filhos e filhas do mesmo Pai!
No mundo atual, reinam divisões entre nações, religiões, classes sociais, clubes de futebol, partidos políticos e, até mesmo entre pastorais e movimentos da própria Igreja. Essas insensatas atitudes humanas levam a comportamentos totalmente contrários aos ensinamentos do evangelho.
Jesus nos mostra que o caminho para a felicidade é bem diferente do caminho que imaginamos e que felicidade não tem a menor relação com fortunas e palácios. Será? Não é fácil entender esse raciocínio. Como ser feliz sem dinheiro e bens materiais? É preciso muito esforço para tentar entender essas palavras.
Realmente, não é fácil entender os ensinamentos de Jesus. Se depois de tantos anos que o conhecemos, ainda ficamos de boca aberta com suas palavras, imagine então a reação do povo em sua época. No evangelho de hoje, Jesus manda amar. Amar incondicionalmente, amar sem medidas!
Amar a quem nos ama, até que é fácil, a parte difícil é abençoar quem nos amaldiçoa e orar por quem nos calunia. Como entender esse amor sem limites? Como amar o inimigo, como amar aquela pessoa que, parece não querer ser amada? Como fazer o bem a quem nos insulta e odeia?
Olho por olho, dente por dente, lembra? Era essa a lei dos fariseus e doutores da lei. O insulto era pago com insulto, a ofensa era paga com ofensa e, se possível, em dobro. Jesus veio para inovar, veio para mudar. A Nova Lei abomina a vingança, prega a caridade e o perdão das ofensas.
Perdoar, perdoar, perdoar sempre... esse é o novo mandamento. Para Jesus, perdão é sinônimo de amor, pois só quem ama é capaz de perdoar. Pedro, que era tão humano quanto nós, também deve ter achado um exagero quando, em outra ocasião, Jesus lhe disse: Não perdoe somente sete, mas setenta vezes sete.
Jesus deixa claro que perdoar não é uma atitude de fraqueza, mas sim um gesto nobre de quem procura sua santificação. O desejo de Jesus é que nós, os seus discípulos da atualidade, sejamos misericordiosos como é misericordioso nosso Pai que está no Céu.
A lei de Moisés prescrevia o amor ao próximo. Jesus porém, vai mais longe; manda amar também os inimigos. Não cabe na nossa cabeça, não é fácil entender nem aceitar. O cérebro rejeita e até o coração protesta, mas esse é o único caminho para quem espera a recompensa eterna.
Amar alguém que pratica o mal contra nós, não significa que devemos abraçá-lo e beijá-lo. Não precisamos andar abraçados ou de mãos dadas para demonstrar amor. O amor se traduz e se manifesta no perdão, na prática do bem e na oração.
Eis a melhor e maior demonstração de amor: rezar por aquele que nos prejudica. A oração apaga o desejo de vingança e desarma o coração de quem recebeu as ofensas. A oração é um detergente eficaz, é o único capaz de limpar o coração e lavar a alma.
Coração e almas limpos são sinônimos de paz. Por tudo isso, Jesus insiste em afirmar que a verdadeira paz está reservada para quem não julgar, pois não será julgado; não condenar, pois não será condenado; perdoar, pois também será perdoado. Encerramos a nossa meditação de hoje com esta sábia afirmação: “A paz é um tesouro oculto. Só é capaz de encontrá-lo quem perdoa e esquece!”
jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br – 23/fevereiro/2020


2 comentários:

  1. Verdadeiras palavras, muito sábias. Fica com Deus.

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  2. obrigado este ensinamento muito verdadeiro sobre as leis do amor estudo muito me ajuda a evangelizar levar a boa nova aos nossos irmãos que Deus abençõe Paz e Bem

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