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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

-5º DOMINGO, O SAL DA TERRA e LUZ DO MUNDO-José Salviano


5º DOMINGO TEMPO COMUM

Ano A
0 de Fevereiro-2020

Evangelho – Mt 5,13-16

 

-O SAL DA TERRA- Mt 5,13-16-José Salviano

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Você também é sal da terra e luz do mundo!


            Prezados irmãos, prezadas irmãs.  Neste Evangelho, Jesus nos compara com o tempero que se coloca na comida, ou seja, o sal. Todos sabemos, que uma comida totalmente sem sal, não tem gosto de nada. Um churrasco então, nem se fala!  O sal levou a fama de ser o vilão da pressão alta, mas na verdade, o que mais faz a nossa pressão subir é a obstrução das veias e artérias, causada principalmente pelo queijo amarelo, e demais comidas gordurosas, além da vida sedentária.  E em vez de comer berinjela para queimar o colesterol e desobstruir as veias, que é uma opção barata, os cardíacos tomam medicamentos vasodilatadores que causam efeitos colaterais como a tontura e desequilíbrio do corpo.
            Mas por que Jesus nos compara com o sal da Terra?  É que nós, cristãos embebidos da graça de Deus pela eucaristia, vamos salgar a convivência humana, ou seja, vamos dar um melhor sabor na conversa, e em todo relacionamento por onde andamos.  Neste mundo cheio de malícia, de maldade, de desconfiança, de falsidade, o cristão é aquele que carrega consigo a presença de Cristo por onde passa.  Em outras palavras, o cristão é fonte de bom exemplo, de verdade e vida, onde quer que esteja. Mas para isso precisamos estar na amizade com Deus.
            Vós sois o sal da terra, porém se este sal estiver estragado, não servirá para mais nada a não ser para se jogar fora e ser  pisado pelos homens.  O que estraga o poder que temos de salgar o mundo, é exatamente o pecado. O pecado nos tira o sabor, nos desfalece, nos enfraquece e tira totalmente a nossa alegria de viver. Assim, não temos mais  a qualidade de antes, de transformar o convívio social por onde andamos ou passamos. 
            Jesus disse que somos a luz do mundo.  Na verdade, a nossa luz é fraca, para não dizer, nula. O que acontece, é que uma vez que estamos em estado de graça, vamos refletir a luz divina no mundo.
            E da mesma forma que não se coloca uma luz embaixo  da mesa, mas sim no alto para que ela ilumine todo o ambiente, a nossa luz não deve ficar oculta, mas sim, deve ser vista por todos.   Jesus não está nos autorizando a fazer as coisas com o objetivo de aparecer.  Veja que Ele disse:  "...para que vejam as vossas boas obras  e louvem o vosso Pai que está nos céus.  Isso equivale a dizer, que por meio das nossas obras, acontecerá a conversão das pessoas que cruzam o nosso caminho.
            Em outra oportunidade, Jesus disse que a fé sem obras é uma fé morta.  Sabemos que nem todos têm o dom da palavra para catequizar. Mas todos podem e devem dar bons exemplos, praticar boas obras principalmente de caridade, para modificar o ambiente  em que freqüenta.
            No tempo em que eu fazia catequese escolar, muitas vezes estando na sala dos professores, alguns deles por vezes diziam  palavrões. E logo de imediato, eram repreendidos por outros professores, por causa da minha presença no recinto. Confesso que ficava meio embaraçado, e houve vezes em que eu os liberei para serem eles mesmos, pois afinal, eu não era um santo, nem mesmo um sacerdote, como talvez estivessem me considerando.
            Caríssimos. O certo é que a coisa funciona. Ou seja, as nossas boas obras, o nosso correto comportamento na sociedade, surte efeito positivo-modificador diante das pessoas. O exemplo fala muito mais alto do que mil palavras ditas da boca para fora.  E mesmo aqueles e aquelas que catequizam através da palavra, todos esperam deles o seu bom exemplo. Nada mais decepcionante do que o mau exemplo de um cristão que depois de fazer uma palestra, uma homilia, atende mal, com grosserias, com falta de caridade, a uma pessoa que muito espera da sua conduta. Pois afinal, ele acabou de pronunciar palavras tão ricas de verdade, explicou tão bem o Evangelho, e depois, em seguida, ou mesmo outro dia, não viveu na prática aquilo que saiu da sua própria boca.
            Prezado irmão, prezada irmã. Seja um cristão de palavra e de atos, principalmente em sua casa.  Aliás, na nossa casa, principalmente com os adolescentes, só podemos evangelizar mesmo com o testemunho.  Pois somos santos de casa, e na idade da rebeldia, os jovens não aceitam sermões, e se acham. Eles estão convencidos que são o máximo, que os adultos e principalmente os velhos são todos ultrapassados, e eles é que são da hora. Eles é que estão totalmente certos.   Mas não fiquemos tristes, nem desanimemos. Rezemos por eles diariamente, e os entreguemos a Deus. Continuemos com o nosso exemplo, e com o nosso testemunho. Vamos à missa, rezamos na frente deles, não dizemos palavrões, façamos as nossas leituras, ouvimos as nossa músicas do Padre Marcelo Rossi, enfim. Façamos a nossa parte. E um dia, com certeza, após passar a idade da turbulência, quando a poeira da idade assentar, eles vão caindo na realidade, e aos poucos vão mudando, vão se lembrando da nossa presença que foi religiosamente marcante, e se Deus quiser, irão voltar a rezar, a comungar, a irem à missa, e tudo mais.
            Meu irmão, minha irmã. Se em sua família está acontecendo coisa parecida, não se desespere! É assim mesmo. Tenha confiança em Deus, muita oração, e esteja certo que o Pai não nos abandona.
            O mais importante é que não desanimemos, e continuemos tentando ser agradáveis nas conversas, nunca participando de fofocas, piadas picantes, críticas dos incrédulos contra a Igreja e os padres, maledicências, falsidades, mentiras, mal-querências, etc. Pelo contrário, sejamos agradáveis porém sinceros, sorridentes, ou bem humorados, sempre disposto a cooperar com o irmão, caridoso, humilde, fraterno, franco, honestos, etc.  E assim estamos sendo ou tentando ser: Sal da Terra e luz do mundo.

Um abraço, e bom domingo.   José Salviano.


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