5º DOMINGO TEMPO COMUM
Ano A
0 de Fevereiro-2020
Evangelho
– Mt 5,13-16
-O SAL DA TERRA- Mt 5,13-16-José Salviano
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Você também é sal da terra e luz do mundo!
Prezados irmãos, prezadas irmãs. Neste Evangelho, Jesus nos compara com o
tempero que se coloca na comida, ou seja, o sal. Todos sabemos, que uma comida
totalmente sem sal, não tem gosto de nada. Um churrasco então, nem se
fala! O sal levou a fama de ser o vilão da pressão alta, mas na verdade,
o que mais faz a nossa pressão subir é a obstrução das veias e artérias,
causada principalmente pelo queijo amarelo, e demais comidas gordurosas, além
da vida sedentária. E em vez de comer berinjela para queimar o colesterol
e desobstruir as veias, que é uma opção barata, os cardíacos tomam medicamentos
vasodilatadores que causam efeitos colaterais como a tontura e desequilíbrio do
corpo.
Mas por que Jesus nos compara com o sal da Terra? É que nós, cristãos
embebidos da graça de Deus pela eucaristia, vamos salgar a convivência humana,
ou seja, vamos dar um melhor sabor na conversa, e em todo relacionamento por
onde andamos. Neste mundo cheio de malícia, de maldade, de desconfiança,
de falsidade, o cristão é aquele que carrega consigo a presença de Cristo por
onde passa. Em outras palavras, o cristão é fonte de bom exemplo, de
verdade e vida, onde quer que esteja. Mas para isso precisamos estar na amizade
com Deus.
Vós sois o sal da terra, porém se este sal estiver estragado, não servirá para
mais nada a não ser para se jogar fora e ser pisado pelos homens. O
que estraga o poder que temos de salgar o mundo, é exatamente o pecado. O
pecado nos tira o sabor, nos desfalece, nos enfraquece e tira totalmente a
nossa alegria de viver. Assim, não temos mais a qualidade de antes, de
transformar o convívio social por onde andamos ou passamos.
Jesus disse que somos a luz do mundo. Na verdade, a nossa luz é fraca,
para não dizer, nula. O que acontece, é que uma vez que estamos em estado de
graça, vamos refletir a luz divina no mundo.
E
da mesma forma que não se coloca uma luz embaixo da mesa, mas sim no
alto para que ela ilumine todo o ambiente, a nossa luz não deve ficar oculta,
mas sim, deve ser vista por todos. Jesus não está nos autorizando a
fazer as coisas com o objetivo de aparecer. Veja que Ele disse:
"...para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que
está nos céus. Isso equivale a dizer, que por meio das nossas
obras, acontecerá a conversão das pessoas que cruzam o nosso caminho.
Em outra oportunidade, Jesus disse que a fé sem obras é uma fé morta.
Sabemos que nem todos têm o dom da palavra para catequizar. Mas todos podem e
devem dar bons exemplos, praticar boas obras principalmente de caridade, para
modificar o ambiente em que freqüenta.
No tempo em que eu fazia catequese escolar, muitas vezes estando na sala dos
professores, alguns deles por vezes diziam palavrões. E logo de imediato,
eram repreendidos por outros professores, por causa da minha presença no
recinto. Confesso que ficava meio embaraçado, e houve vezes em que eu os
liberei para serem eles mesmos, pois afinal, eu não era um santo, nem mesmo um
sacerdote, como talvez estivessem me considerando.
Caríssimos. O certo é que a coisa funciona. Ou seja, as nossas boas obras, o
nosso correto comportamento na sociedade, surte efeito positivo-modificador
diante das pessoas. O exemplo fala muito mais alto do que mil palavras ditas da
boca para fora. E mesmo aqueles e aquelas que catequizam através da
palavra, todos esperam deles o seu bom exemplo. Nada mais decepcionante do que
o mau exemplo de um cristão que depois de fazer uma palestra, uma homilia,
atende mal, com grosserias, com falta de caridade, a uma pessoa que muito
espera da sua conduta. Pois afinal, ele acabou de pronunciar palavras tão ricas
de verdade, explicou tão bem o Evangelho, e depois, em seguida, ou mesmo outro
dia, não viveu na prática aquilo que saiu da sua própria boca.
Prezado irmão, prezada irmã. Seja um cristão de palavra e de atos,
principalmente em sua casa. Aliás, na nossa casa, principalmente com os
adolescentes, só podemos evangelizar mesmo com o testemunho. Pois somos
santos de casa, e na idade da rebeldia, os jovens não aceitam sermões, e se
acham. Eles estão convencidos que são o máximo, que os adultos e principalmente
os velhos são todos ultrapassados, e eles é que são da hora. Eles é que estão
totalmente certos. Mas não fiquemos tristes, nem desanimemos.
Rezemos por eles diariamente, e os entreguemos a Deus. Continuemos com o nosso
exemplo, e com o nosso testemunho. Vamos à missa, rezamos na frente deles, não
dizemos palavrões, façamos as nossas leituras, ouvimos as nossa músicas do
Padre Marcelo Rossi, enfim. Façamos a nossa parte. E um dia, com certeza, após
passar a idade da turbulência, quando a poeira da idade assentar, eles vão
caindo na realidade, e aos poucos vão mudando, vão se lembrando da nossa
presença que foi religiosamente marcante, e se Deus quiser, irão voltar a
rezar, a comungar, a irem à missa, e tudo mais.
Meu irmão, minha irmã. Se em sua família está acontecendo coisa parecida, não
se desespere! É assim mesmo. Tenha confiança em Deus, muita oração, e esteja
certo que o Pai não nos abandona.
O mais importante é que não desanimemos, e continuemos tentando ser agradáveis
nas conversas, nunca participando de fofocas, piadas picantes, críticas dos
incrédulos contra a Igreja e os padres, maledicências, falsidades, mentiras,
mal-querências, etc. Pelo contrário, sejamos agradáveis porém sinceros,
sorridentes, ou bem humorados, sempre disposto a cooperar com o irmão,
caridoso, humilde, fraterno, franco, honestos, etc. E assim estamos sendo
ou tentando ser: Sal da Terra e luz do mundo.
Um abraço, e bom domingo. José
Salviano.
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