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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

SER DISCÍPULO DE JESUS É SER SAL E LUZ – Maria de Lourdes Cury Macedo.


Evangelho de São Mateus 5, 13-16.
Domingo, 5 de fevereiro de 2017.

Neste trecho do Sermão da Montanha Jesus se dirige aos seus discípulos e a todos os que em seu nome exercerão o apostolado. Jesus define a missão de quem assume a proposta do novo Reino.
Jesus compara os discípulos com o sal e a luz dizendo: “Vocês são o sal da terra e a luz do mundo.” Dois elementos tão diferentes um do outro, mas caracteriza bem o que Ele quer que o discípulo seja.
Jesus chama seus discípulos de sal da terra porque o sal serve para preservar muita coisa da corrupção, para não estragar. O sal serve para dar gosto, sabor aos alimentos. A missão dos discípulos é semelhante. Eles devem salvar os homens da corrupção do pecado por meio do bom exemplo e da palavra. O importante é incutir em todos os homens o gosto, o sabor pelas coisas Deus.
Jesus falou que se o sal estragar não serve mais para nada. Na Palestina, as pessoas pobres frequentemente recolhiam sal nas margens do mar Morto. Este sal vinha cheio de impurezas, por isso facilmente estragava. O sal estragado para nada mais servia senão para ser jogado fora e pisado pelos homens. Naquele tempo o povo tinha o costume de jogar todo e qualquer lixo na rua. O sal estragado também era jogado no lixo onde todos passavam e pisavam.
Quando se coloca o sal no alimento, o sal desaparece, mas deixa o seu sabor, conserva, potencializa o gosto do alimento.
 Assim deve ser o discípulo de Jesus, deve se misturar na comunidade dos irmãos e temperá-la com o gosto pela vida, que é o amor. O discípulo desaparece como o sal, mas deixa os irmãos impregnados do amor por Deus e de seus ensinamentos. Assim o discípulo está implantado o Reino de Deus e não a si próprio. Para o discípulo ser “sal da terra” ele precisa ser outro Jesus e como Ele ter os mesmos gestos, atitudes e ternura para com todos. É preciso viver o AMOR como Jesus viveu. Se o sal perde o sabor... não é mais sal, não servirá para mais nada, perde sua identidade. O discípulo sem Jesus também não é nada, perde a sua identidade de cristão seguidor de Cristo. O discípulo de Jesus com sua santidade e sabedoria, deve dar sabor ao próximo, transmitir-lhes fervor no caminho da perfeição. Para isso é necessário virtude, formação e caridade. Desta forma estará preservando os irmãos da corrupção do pecado e despertando neles o gosto pelas coisas de Deus.
Dizer que os discípulos são “o sal da terra” significa, dizer que são chamados a fazer diferença no mundo. Sua presença deve ser notada. Sua falta deve ser sentida. Ele tem muito a colaborar com Deus na implantação do Seu Reino. A referência à perda do sabor (“se o sal perder o sabor… já não serve para nada”) destina-se a alertar os discípulos para a necessidade de um compromisso efetivo, sério, com o testemunho do “Reino”.
Se os discípulos de Jesus recusarem ser sal e se omitirem das suas responsabilidades, o  mundo será guiado por critérios de egoísmo, de injustiça, de violência, de perversidade, e estará cada vez mais distante da realidade do “Reino” que Jesus veio propor. Nesse caso, a vida dos discípulos terá sido inútil. Não cumpriram o propósito para o qual foram chamados.
O mundo está muito corrompido. As modas, os divertimentos, os espetáculos, os costumes, os políticos, os meios de comunicação manifestam claramente esta corrupção. O discípulo tem a missão de purificar o ambiente do mundo. Todos seus atos são de grande responsabilidade.
Jesus também compara seus discípulos à luz do mundo. Luz que iluminando serve de orientação. Os apóstolos devem iluminar o mundo com os ensinamentos que receberam de Jesus. Iluminar o caminho do Reino com uma vida exemplar e santa visando à glória de Deus e a salvação dos filhos de Deus. Devem fazer o bem não por vaidade, para aparecerem, mas para ser luz para o próximo. Luz que ilumina o caminho de todos a fim de que muitos outros caminhem na luz e em busca da verdadeira fé.
A luz dissipa as trevas, não é possível esconder a luz. A luz são as boas ações, o amor, a solidariedade, a justiça, enfim uma vida voltada para a perfeição. O discípulo sendo luz ilumina o caminho para que todos cheguem a Cristo. Quem caminha na luz não corre o risco de cair, de tropeçar, de se perder. Se todo cristão for luz o mundo será iluminado e transformado.
A doutrina da salvação deve ser propagada por toda parte. Jesus diz que ninguém acende uma luz para escondê-la. A fé cristã é uma luz, a única luz e deve estar acima de tudo para iluminar. E o papel do discípulo é iluminar o caminho do Reino. Assim sendo, ele não se pode omitir da sua tarefa, da sua missão. Ser cristão é ser agente da missão. Ser cristão é praticar, apontar, anunciar o caminho do Reino de Deus. Por isso o cristão deve ser uma cidade edificada sobre o monte. A sua luz é vista de longe. É loucura querer esconder a luz; é loucura querer esconder que se é cristão porque o verdadeiro cristão reflete os valores do Reino de Deus na sua vida no dia a dia.
É bom lembrarmos: Não somos “a luz”, mas apenas um reflexo da “grande luz” que é Jesus. Quer dizer: as coisas boas que possam acontecer à nossa volta não são o resultado só dos nossos trabalhos, do nosso empenho em difundir o Reino, mas o fruto da ação de Deus através de nós. E como discípulos de Jesus, precisamos conduzir o olhar e o coração dos homens para Deus e para o “Reino” e assim assumir a responsabilidade de sermos sal da terra e luz do mundo.
Aos olhos de Jesus só pode se considerar discípulo aquele que transforma o mundo com seu sabor e com sua luz, daí a comparação: ser sal e luz. 
Somos sal e luz na medida que nos comprometemos com os valores do Reino que Jesus instalou entre nós.

Abraços em Cristo!!
Maria de Lourdes Cury Macedo


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