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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

--O que Deus uniu, o homem não separe!-José Salviano

24 de Fevereiro de 2017
Evangelho - Mc 10,1-12


Naquele tempo:
1Jesus foi para o território da Judéia,
do outro lado do rio Jordão.
As multidões se reuniram de novo, em torno de Jesus.
E ele, como de costume, as ensinava.
2Alguns fariseus se aproximaram de Jesus.
Para pô-lo à prova,
perguntaram se era permitido ao homem
divorciar-se de sua mulher.
3Jesus perguntou:
'O que Moisés vos ordenou?'
4Os fariseus responderam:
'Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio
e despedi-la'.
5Jesus então disse:
'Foi por causa da dureza do vosso coração
que Moisés vos escreveu este mandamento.
6No entanto, desde o começo da criação,
Deus os fez homem e mulher.
7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe
e os dois serão uma só carne.
8Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!'
10Em casa, os discípulos fizeram, novamente,
perguntas sobre o mesmo assunto.
11Jesus respondeu:
'Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra,
cometerá adultério contra a primeira.
12E se a mulher se divorciar de seu marido
e casar com outro, cometerá adultério.'
Palavra da Salvação.(CNBB)


“O homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne.
Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!”

Isso também é válido para a mulher. Pois se ambos se casarem e não se desligarem dos pais, aquela união corre sérios perigos de se consolidar.

A figura da sogra ficou tradicionalmente marcada pela sua intromissão na vida do novo casal. Com medo de perder o afeto da filha ou do filho, a mãe não se desgruda, e se arrumando mil desculpas, e como que se  permanecesse com o cordão umbilical ainda grudado no feto, não consegue deixar os dois seguirem a sua vida a dois.

É bem verdade que dói muito a partida de um filho ou filha quando acontece o casamento.  Porém, precisamos sofrer, e não atrapalhar. Pois, o que Deus uniu, o homem não separe!

O amor de Deus é a liga que une o casal que uma vez chamados para uma missão de crescer e multiplicar, deve seguir o caminho diante dos olhos de Deus. E por isso ninguém tem o direito de atrapalhar.
O casamento é uma aliança de amor puro e verdadeiro, com cheiro de eternidade.

A vida a dois é um grande desafio, pois em sua fase inicial, existem muitas arestas a serem aparadas, pois são duas personalidades com hábitos diferentes. E portanto, só o amor entre eles iluminado pelo amor de Deus, consegue superar todas as barreiras, e dificuldades do dia a dia.

Durante o período de namoro, são dois voltados um para o outro, com olhares entre si. Depois do casamento, são dois unidos pelo amor, e olhando para a frente, para o futuro. Quando vem o fruto desse amor, agora são dois cuidando dos filhos ou dos filhos, e não devem se esquecerem de deixar que Deus esteja no meio deles. Pois sem Deus, a união entre eles pode ir por água a baixo.

Meus irmãos e minha irmãs. A causa primeira da separação é a falta de fé. A ausência de uma vida devota por parte dos cônjuges, ou da parte de um deles.  Porque a bem da verdade, nem sempre os dois, marido e mulher, são devotos como deveriam ser. Geralmente ou  a mulher, o marido é que participa da vida da paróquia, e da Igreja. 
        
Porém, basta um deles levar ara o lar  o Cristo ressuscitado recebido na Eucaristia, que o demônio não terá forças para destruir aquele lar.
        
No relacionamento do casal, surgem sempre atritos por quebras de arestas, ou interferências indesejadas de parentes, ou pelo ciúme. Porém, tais divergências são facilmente superadas pelo amor existente entre os dois, e pela fraternidade oriunda da vivência da fé ou da religiosidade de ambos ou pelo menos de um deles. Quando um não quer, dois não brigam.
        
Como sabemos, o casamento ou a vida conjugal possui várias fazes, a começar pelo namoro e noivado.
Namoro: é a fase onde tudo são rosas. Os defeitos uns dos outros são superados pelo amor e não existe praticamente nenhuma reclamação ou discussões;
Noivado: Fase em que aconteceu o amadurecimento do namoro, e ambos não estão olhando um para o outro como na fase do namoro, mais sim, ambos estão olhando para o futuro. Pois nesta fase estão seriamente comprometidos em consolidar a união, buscando a aquisição dos bens materiais como móveis e a moradia. Ocorre aí a confiança mútua, menos brincadeiras e pouca fantasia;
Primeiro ano de casados: É a fase de adaptação do casal, onde se estranha quase tudo do outro. Exemplo. Até o modo dele ou dela apertar a pasta de dente para o outro é estranho. É uma fase de entrosamento com a nova experiência, e os dois estão voltados um para o outro;
Depois do primeiro ano: A rotina pode estar atrapalhando o entrosamento, assim como o desleixo com relação aos cuidados com as aparências físicas. Interferências de parentes como da sogra pode também desequilibrar a união;
Terceiro ano de casado. Se ainda não aconteceu a vinda do primeiro filho, a vida dos dois começa a ser vazia. Porém, com a presença da criança, o pai bobo, a mãe cheia de meiguice e ternura, ambos passam a não se olharem tanto, para olharem para o fruto daquele amor. 
        
Porém, digamos que não obstante toda essa  maravilhosa experiência a dois, o demônio conseguiu o seu objetivo, e  a separação foi inevitável com suas terríveis conseqüências:

No mundo existem neste exato momento, muitos homens solitários, por terem durante sua vida, casado e divorciado, e casado de novo, depois separado e juntado várias vezes... em fim homens que quiseram ser apenas homens, machos, e hoje não passam de homens sozinhos. (Eu queria ser só um homem e hoje sou um homem só)  Diz a música...
        
Quem mais sofre com a separação dos pais são os filhos. Todo professor sabe que por detrás de um aluno problemático, desajustado, indisciplinado que dá muito trabalho, disperso e atrapalhando as aulas, está um casal de pais separado  ou em fase de separação.  Pois não existem filhos problemas e sim, pais problemas. 
        
A mulher também sofre muito com a separação, não só por causa do seu estado emocional, ao ver todos os seus sonhos destruídos em frações de segundos, mais também por causa da parte econômica ou financeira.  O voltar para a casa dos pais a essa altura já não é uma boa solução, pois os mesmos já estão no fim da vida, e não podem mais dar o devido apoio moral e material...
        
Então a mulher, se vê como uma presa fácil de aventureiros sedentos de saciar o seu desejo sexual de forma fácil e oportunista, e pressionada pela solidão, a mulher acaba cedendo às tentações de experimentar uma nova aventura amorosa, que acaba sempre em desilusões, principalmente se tiver filhos, os quais não aceitam viver com estranhos...
        
É importante  deixar claro que nem sempre os dois são culpados da separação. Aliás, pode-se afirmar que metade dos rompimentos entre os casais, tem como causa o desamor, a traição, o desinteresse, a indiferença, por parte de um dos cônjuges, e não de ambos.  E isso acontece, por uma melhor oferta, (outro homem, ou outra mulher mais bonita que de repente surge na sua vida), por motivos econômicos, pela descoberta do passado inglório do outro ou da outra, pela preguiça, ou pela falta de ambição na luta pela sobrevivência, etc.
        
Assim, é possível acontecer que a mulher possa ter sido vítima da separação, desprezada pelo marido, ela sofreu o rompimento do seu casamento causado pela traição do marido, e ou  vice versa. O marido  que sempre lutou para salvar seu casamento, foi traído pela esposa, ou por pressões familiares por se encontrar desempregado, teve o seu casamento destruído. Nesses casos, o cônjuge vítima da separação, a meu ver, não deveria ser privado da Eucaristia. Acho que se trata de um caso digno de ser repensado.
        
Poderíamos ficar aqui a noite toda escrevendo uma enorme lista de conseqüências da separação entre os casais. Mais o que nos interessa é perguntar. O que podemos fazer pela união, permanência e felicidade das famílias modernas, tão ameaçadas pela própria sociedade sem Deus?
        
Promover em nossas paróquias cursos de preparação de noivos?  Fazer encontros de casais?  Orações especiais pelas famílias?  Conscientização constante nas missas sobre a importância da família para a paz na sociedade, e para alcançarmos a vida eterna? Como falar de família para jovens frutos de pais separados?  Que tal uma pastoral dos descasados e separados, numa espécie de terapia em grupo tentando buscar a luz do Evangelho, uma reconciliação, na presença dos filhos que clamam pela volta dos pais?

O que podemos fazer além de rezarmos pelas famílias do mundo inteiro?   O que Jesus faria pelas famílias se estivesse fisicamente no meio de nós como esteve na Palestina? O que eu posso fazer pela estabilidade da minha família?  Eu já fui causa direta ou indireta de atritos e separação em minha família? Em casa eu sou daqueles ou daquelas que quer ver o circo pegar fogo, ou sou apagador de brasas na hora das discussões? 

Prezados irmãos. Se cada um de nós parar e pensar no que tem feito e no que pode e deve fazer pelas famílias, já é um excelente começo!  O que não podemos fazer é ficar conformados dizendo: o que eu posso fazer? É a realidade do mundo atual... podemos e devemos fazer sim. Pois nós somos o sal da terra. Ou você se esqueceu disso?  
   
Tenha um bom dia. José Salviano






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