22 de Fevereiro - Quarta -Evangelho - Mt 16,13-19
Bom dia!
De antemão gostaria de pedir desculpas pela dureza nas palavras de
hoje, mas serão necessárias para construirmos pessoas ainda melhores. OK?
Gostaria de aproveitar o contexto que vivemos na campanha da
fraternidade, “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”, e lançar esse
questionamento de Jesus que ainda é muito atual: “(…) E vocês? Quem vocês dizem
que eu sou?”.
Professor Felipe Aquino cita São Basílio Magno:
“(…) O grande São Basílio Magno (329-379), bispo e doutor da
Igreja, ensina em seus escritos que há três formas de amar a Deus: A PRIMEIRA É
COMO O MERCENÁRIO, que espera a retribuição; A SEGUNDA, É COMO ESCRAVO QUE
OBEDECE POR MEDO DO CHICOTE, o castigo de Deus; e o TERCEIRO É O AMOR FILIAL,
daquele que obedece porque de fato ama o Pai. É assim que devemos amar a Deus;
e, a melhor forma de amá-lo é repudiando todo pecado“. (Blog Canção Nova)
E nós, quem dizemos que Ele é?
Ninguém vai aceitar que alguém diga ou insinue que vemos Deus da
primeira ou da segunda forma, mas isso não cabe a ninguém falar, precisamos
fazer uma reflexão intima dos nossos atos, falas e pensamentos.
Faça uma reflexão silenciosa…
Volto mais para Deus quando passo por um problema? Sou fiel à
medida que sou afligido? Quando estou “forte” me afasto da comunidade? Vigio
meus atos apenas nos dias que estou “a serviço”? Justifico meus atos
equivocados, como padre Zezinho diz, com “palavras sorteadas” ou interpretações
que me favoreçam? Mesmo crendo em Deus ainda tenho elefantinhos virados para a
porta de entrada da casa? Costumo ir à igreja para pedir antes mesmo de louvar?
Dou dez imaginando que receberei o dobro? Funções na igreja são vistas como
“cargos” que dão “status”? Na missa, no grupo, na reunião, canto, prego,
coordena “com” ou “para” a comunidade?
Nós não aceitamos bem os dedos a nos apontar, mas de certa forma
SÃO NECESSÁRIOS ou pensamos que estamos além do bem ou do mal em nossas
atitudes? Ou é bonito ver na TV um senhor levar até o topo de um monte um
garrafão de água nas costas, demonstrando sofrimento, angústia, nitidamente
para ser visto enquanto o profeta Joel diz: “(…) RASGAI VOSSOS CORAÇÕES E NÃO
VOSSAS VESTES; VOLTAI AO SENHOR VOSSO DEUS”? (Joel 2, 13)
Sim! Faltam dedos, faltam operários, faltam profetas para denunciar
nossas mazelas. Falsos pastores, que denigrem a imagem dos verdadeiros
evangélicos, como nós cristãos, que só conseguem ter essa expressão toda, pois
no fim, muitos vêm Deus como no primeiro caso apresentado por São Basílio.
Nem sempre os dedos que nos apontam desejam nosso mal, e se assim o
vemos, precisamos nos curar, pois ao viver “imaginando” que só querem nosso
mal, talvez se esconda por trás disso, aquilo que não desejamos que fosse
visto. Ou será que o povo que “aprontava” enquanto Moisés esperava a direção de
Deus estava certo e ele errado?
Podemos nos desvencilhar ou fugir dos questionamentos ou das
correções fraternas que por ventura receberemos; sermos habilidosos em omitir
nossas fragilidades, mas nunca poderemos nos esconder dos olhos de Deus, e é
para refletir com Ele que esse tempo é tão propício.
Não dá pra viver uma coisa e sermos outra. Ninguém gosta de amigos
que só nos procuram pra pedir e nos respeitam por que querem algo. Gostamos de
amigos que possamos trazer em nossa casa, partilhar nossas alegrias e
tristezas, que nos visitam, que nos trazem conforto, e não os que tem amizade
conosco, muitas vezes, com temos com Deus. (hunf!).
“(…) Que diz ela, afinal? A palavra está perto de ti, na tua boca e
no teu coração (Dt 30,14). Essa é a palavra da fé, que pregamos. Portanto, se
com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. É CRENDO DE CORAÇÃO QUE SE
OBTÉM A JUSTIÇA, E É PROFESSANDO COM PALAVRAS QUE SE CHEGA À SALVAÇÃO. A
Escritura diz: Todo o que nele crer não será confundido (Is 28,16)”. (Romanos
10, 8-11)
Um imenso abraço fraterno!
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