“E VÓS QUEM DIZEIS QUE EU SOU?” – Olívia Coutinho

 

Dia 16 de Fevereiro de 2017

 

Evangelho de Mc 8,27-33

 

Muitas vezes, professamos a nossa fé em Jesus, manifestamos o nosso desejo de segui-Lo, mas quando tomamos consciência, de que no seguimento a Ele, está presente a cruz, tendemos a recuar, um sinal de que ainda não temos uma fé suficientemente  madura para aceitarmos  os desafios deste seguimento.

É pela fé que reconhecemos Jesus como o nosso Deus e Senhor, mas não basta reconhece-Lo como o nosso Deus e Senhor e nem ser somente  um  admirador de suas palavras, é preciso ir mais além, comprometer-se  com Ele, testemunhá-Lo no  dia a dia, aceitar o seu chamado, aderindo à sua proposta de vida nova!

A nossa opção por Jesus, tem que ser radical,  que significa, estar com Ele, em toda e qualquer situação!  Quem fica só com o lado fácil da fé, isto é, numa fé sem compromisso, não é um cristão por inteiro.

O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, chama a nossa atenção para algo fundamental em nossa vida: conhecer Jesus!  Não tem como conhecer Jesus, sem nos tornarmos íntimos Dele! Sem uma intimidade profunda com Jesus, ficamos na superficialidade  da fé, sabendo quem é Ele, teoricamente, e não, pela  experiência com Ele!

O texto nos diz, que Jesus, no desejo de saber se os seus discípulos  já haviam entendido o seu messianismo, pergunta-lhes: “Quem dizem o povo que eu sou? Para esta pergunta, surgiram várias resposta, afinal, é fácil responder em nome do outro, não compromete! Já  quando esta mesma  pergunta é direcionada a eles, vem o silencio, a princípio, ninguém ousa a responder, a não ser Pedro, afinal,  esta  pergunta,  requer uma resposta pessoal, o  que exige  comprometimento,  quem afirma conhecer Jesus, já se  compromete. Pedro foi o único que respondeu esta pergunta de Jesus e a respondeu  com firmeza: “Tu és o Messias ”.  

A resposta de Pedro agradou Jesus, pois Ele sabia, que a sua resposta, era fruto da sua convivência com Ele!  Pedro   reconhece Jesus como sendo  o Filho  de Deus, pela a sua experiência com Ele, mas ainda assim,  ele  demonstrou não  haver  assumido de fato a condição  de verdadeiro discípulo, pois Pedro ainda  caminhava na obscuridade, carregando consigo a mentalidade do mundo, alimentando   a ideia de um Messias glorioso, mas  sem a cruz, o que resultou numa dura repreensão de Jesus.

Jesus, que conhece o interior das pessoas, percebe de imediato  a dificuldade dos discípulos  em aceitar o desafio da cruz, por isto, Ele  insiste em   fazê-los compreender o verdadeiro sentido da cruz...

         Jesus  sabia que não seria reconhecido como  Filho de Deus  sem antes passar pela cruz, por isto, Ele proíbe os discípulos de revelar aos outros  a sua identidade,  afinal, um povo que esperava um Messias triunfalista com poderes políticos, jamais aceitaria um Messias  na condição de servo, alguém que tivesse o olhar voltado para os pequenos! 

Hoje, depois  de ter passado pela cruz, de nos ter dado tamanha prova de amor, não precisamos esperar que Jesus nos faça perguntas como esta, para dar a  Ele a  resposta de amor! Façamos a nós mesmo uma pergunta: “O que temos  feito da nossa  vida, que custou a vida de Jesus? Com certeza, a nossa resposta chegará até  Ele, não com palavras, e sim, com as nossas atitudes do dia a dia! 

É nas nossas ações do dia a dia, que vamos respondendo  ao  tão grande amor de Jesus por nós.

O seguimento a Jesus, inclui  à cruz, porque a nossa  adesão a Ele, nos levará a atitudes que contrariam  os seus opositores. E quem  está  disposto a assumir  o desafio deste seguimento, não tem medo  de assumir as consequências  de uma vida pautada no exemplo de Jesus,  uma vida coerente com o evangelho.

Sem aprofundarmos no conhecimento a Jesus, ficamos  na lógica dos homens,  não iremos  compreender, que para ganhar a vida, é preciso passar pela cruz.

 

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho

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