VIII Semana – Terça-feira – Tempo Comum
– Anos Pares
28 Fevereiro 2017
Tempo Comum – Anos
Pares
VIII Semana – Terça-feira
Lectio
VIII Semana – Terça-feira
Lectio
Primeira leitura: 1
Pedro 1, 10-16
Caríssimos: 10A
salvação foi objecto das buscas e averiguações dos profetas, que predisseram a
graça que vos estava destinada. 11Eles investigavam a época e as circunstâncias
indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles morava e que profetizava os
padecimentos reservados a Cristo e a glória que se lhes seguiria. 12Foi-lhes
revelado – não para seu proveito, mas para vosso – que eles estavam ao serviço
destas realidades que agora vos foram anunciadas por aqueles que vos pregaram o
Evangelho, em virtude do Espírito Santo enviado do Céu; as mesmas que os Anjos
avidamente contemplam. 13Por isso, de ânimo preparado para servir e vivendo com
sobriedade, ponde a vossa esperança na dádiva que vos vai ser concedida com a
manifestação de Jesus Cristo. 14Como filhos obedientes, não vos conformeis com
os antigos desejos do tempo da vossa ignorância; 15mas, assim como é santo
aquele que vos chamou, sede santos, vós também, em todo o vosso proceder,
16conforme diz a Escritura: Sede santos, porque Eu sou santo.
Toda a revelação de
Deus constitue uma unidade. O mesmo Espírito que falava em Cristo, falou também
através dos Profetas do Antigo Testamento, e continua a falar naqueles que
proclamam a salvação oferecida a todos na ressurreição de Cristo. Os primeiros
cristãos tiveram plena consciência desta realidade e, por isso, para
descobrirem todo o alcance e toda a dimensão da vida de Jesus, investigaram as
Escrituras e encontraram nelas a chave do mistério cristão. Iluminados pelo
Espírito, mandado sobre eles depois da ressurreição de Jesus, os pregadores
cristãos, particularmente os evangelistas, descobriram essa chave e
ofereceram-na aos leitores do Evangelho para os introduzir no mistério de
Cristo. O Senhor ressuscitado está presente e actua na história para dar pleno
cumprimento à obra da regeneração da humanidade realizada na Ressurreição.
A beleza deste anúncio, proclamado pelos arautos do Evangelho, provoca alegria e admiração entre os próprios anjos, e leva os fiéis a viverem em clima de páscoa, isto é, de «ânimo preparado para servir e vivendo com sobriedade» (v. 13), estando vigilantes à espera da graça que lhes será dada na parusia, quando Jesus se manifestar na sua glória. Tendo passado da ignorância ao conhecimento de Deus, os discípulos de Jesus já não se podem conformar com os antigos desejos vãos, mas querem viver como filhos obedientes ao Pai, que os regenerou em Jesus, e portar-se como santos. A vida de santidade é possível a quantos, tendo sido baptizados, se tornaram participantes de vida de Cristo, da vida divina.
A beleza deste anúncio, proclamado pelos arautos do Evangelho, provoca alegria e admiração entre os próprios anjos, e leva os fiéis a viverem em clima de páscoa, isto é, de «ânimo preparado para servir e vivendo com sobriedade» (v. 13), estando vigilantes à espera da graça que lhes será dada na parusia, quando Jesus se manifestar na sua glória. Tendo passado da ignorância ao conhecimento de Deus, os discípulos de Jesus já não se podem conformar com os antigos desejos vãos, mas querem viver como filhos obedientes ao Pai, que os regenerou em Jesus, e portar-se como santos. A vida de santidade é possível a quantos, tendo sido baptizados, se tornaram participantes de vida de Cristo, da vida divina.
Evangelho: Marcos 10,
28-31
Naquele tempo, 28Pedro
começou a dizer-lhe: «Aqui estamos nós que deixámos tudo e te seguimos.»
29Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: quem deixar casa, irmãos, irmãs, mãe,
pai, filhos ou campos por minha causa e por causa do Evangelho, 30receberá cem
vezes mais agora, no tempo presente, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e
filhos, e campos, juntamente com perseguições, e, no tempo futuro, a vida
eterna. 31Muitos dos que são primeiros serão últimos, e muitos dos que são
últimos serão primeiros.»
O discurso de Jesus,
depois do colóquio com o homem rico, deixou os discípulos apavorados. Pedro
toma a palavra para tentar clarificar a confusão que se abatera sobre todos:
que será de nós que «deixámos tudo e te seguimos»? (v. 28). Jesus garante-lhes
que Deus não se deixa vencer em generosidade. Acolherá na vida eterna aqueles
que, deixando tudo, O seguem; mas também lhes permite usufruir, desde já, da
riqueza dos seus dons, e está com eles para os apoiar nas perseguições. Marcos
faz uma lista detalhada dos bens de que os discípulos podem, desde já,
usufruir, e conclui com a máxima sobre os primeiros e os últimos no Reino (cf.
Mt 19, 30; 20, 26; Lc 13, 30). Há que estar atento contra as falsas seguranças,
e empenhar-se num permanente esforço de conversão.
Meditatio
A vida das
comunidades, que avançam pelos caminhos do Senhor, preanunciada pelos Profetas,
e na qual os pregadores do evangelho pedem perseverança, está permeada de
alegrias e de sofrimentos. É um caminho de purificação e de confiança. Jesus
promete àqueles que O seguem, não só a vida eterna no futuro, mas também, já
agora, o cêntuplo das coisas deixadas, com perseguições à mistura. A vocação
cristã não é apenas renúncia, mas privilégio: «quem deixar casa, irmãos, irmãs,
mãe, pai, filhos ou campos por minha causa e por causa do Evangelho, receberá
cem vezes mais agora, no tempo presente, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e
filhos, e campos, juntamente com perseguições, e, no tempo futuro, a vida
eterna» (vv. 29-30). O cêntuplo, com perseguições, porque a terra ainda não é o
céu!
Que é a vida eterna prometida por Jesus? É aquele de que fala João, quando escreve: «Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste» (Jo 17, 3). É uma vida que começa na fé e termina na visão. A pobreza por causa de Cristo é condição para possuir tudo.
«Como filhos obedientes, não vos conformeis com os antigos desejos do tempo da vossa ignorância; mas, assim como é santo aquele que vos chamou, sede santos, vós também, em todo o vosso proceder, conforme diz a Escritura: Sede santos, porque Eu sou santo» (vv. 15-16). É Deus que nos chama à santidade. Mas, se não nos abrirmos a esse chamamento, não darão fruto as graças que diariamente recebemos de Deus com essa finalidade. E não nos pode tornar santos.
A Santidade é a finalidade para a qual tende a nossa cristã, toda a nossa vida religiosa: «Com todos os nossos irmãos cristãos, somos levados a seguir os passos de Cristo, para alcançar a santidade (cf. 1 Tes 4,7). «Para isto fostes chamados: o próprio Cristo sofreu por vós e deixou-vos o exemplo para seguirdes os seus passos"»(1 Pd 2,21). Radicada no Baptismo e na Confirmação, a nossa vocação religiosa é um dom particular em ordem à glória de Deus e para testemunhar o primado do Reino» (Cst 13). Que a Virgem Maria nos ajude!
Que é a vida eterna prometida por Jesus? É aquele de que fala João, quando escreve: «Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste» (Jo 17, 3). É uma vida que começa na fé e termina na visão. A pobreza por causa de Cristo é condição para possuir tudo.
«Como filhos obedientes, não vos conformeis com os antigos desejos do tempo da vossa ignorância; mas, assim como é santo aquele que vos chamou, sede santos, vós também, em todo o vosso proceder, conforme diz a Escritura: Sede santos, porque Eu sou santo» (vv. 15-16). É Deus que nos chama à santidade. Mas, se não nos abrirmos a esse chamamento, não darão fruto as graças que diariamente recebemos de Deus com essa finalidade. E não nos pode tornar santos.
A Santidade é a finalidade para a qual tende a nossa cristã, toda a nossa vida religiosa: «Com todos os nossos irmãos cristãos, somos levados a seguir os passos de Cristo, para alcançar a santidade (cf. 1 Tes 4,7). «Para isto fostes chamados: o próprio Cristo sofreu por vós e deixou-vos o exemplo para seguirdes os seus passos"»(1 Pd 2,21). Radicada no Baptismo e na Confirmação, a nossa vocação religiosa é um dom particular em ordem à glória de Deus e para testemunhar o primado do Reino» (Cst 13). Que a Virgem Maria nos ajude!
Oratio
Senhor, faz-me
compreender que a vida no Reino não está privada de consolações dignas da minha
condição humana. Viver em Ti, que vives na tua Igreja, é partilhar a tua
condição de «pedra angular», preciosa para o Pai, mas rejeitada pela humanidade.
Viver em Ti, é beber o teu cálice, receber o teu baptismo, participar na tua
Paixão, mas também participar na glória da tua Ressurreição!
Tudo depende do modo como acolho o teu m
istério pascal, na sua totalidade, e me situo nele. Deste-nos duas mãos: se numa escrever zero e noutra um, terei um, ou terei dez, conforme as colocar.
Assim as alegrias e sofrimentos da minha vida podem servir para me perder ou para me santificar. Tudo depende do modo como os encaro e situo na vivência do teu mistério pascal. Que a minha decisão contribua sempre para enriquecer a santidade da tua Igreja. Amen.
Tudo depende do modo como acolho o teu m
istério pascal, na sua totalidade, e me situo nele. Deste-nos duas mãos: se numa escrever zero e noutra um, terei um, ou terei dez, conforme as colocar.
Assim as alegrias e sofrimentos da minha vida podem servir para me perder ou para me santificar. Tudo depende do modo como os encaro e situo na vivência do teu mistério pascal. Que a minha decisão contribua sempre para enriquecer a santidade da tua Igreja. Amen.
Contemplatio
Roma é o coração da
Igreja, e o Coração de Jesus está em Roma, junto do coração da sua esposa.
Roma é a cidade santa. Nosso Senhor deu-lhe os seus três grandes apóstolos para a formar: S. Pedro, S. Paulo e S. João. S. João chama-a a Igreja senhora, Senhora eleita (2Jo 1,1). S. Paulo felicita-a pela sua fé, que recebeu de Pedro e da qual fez o elogio no mundo inteiro. (Rom 1,8).
Convinha, diz S. Leão, que a cidade que era a capital material do mundo se tornasse também a sua capital espiritual e – podia acrescentar – «o seu coração» (Lições da festa).
«Tu és Pedro, disse Nosso Senhor, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja». A pedra foi levada pelos acontecimentos de Jerusalém a Antioquia e de Antioquia a Roma. Foi lá que ela parou e que se tornou a pedra angular da Igreja. Foi selada lá com o sangue de Pedro e consagrada pela sua fé e pela sua caridade.
Roma é a cidade santa. Nosso Senhor deu-lhe os seus três grandes apóstolos para a formar: S. Pedro, S. Paulo e S. João. S. João chama-a a Igreja senhora, Senhora eleita (2Jo 1,1). S. Paulo felicita-a pela sua fé, que recebeu de Pedro e da qual fez o elogio no mundo inteiro. (Rom 1,8).
Convinha, diz S. Leão, que a cidade que era a capital material do mundo se tornasse também a sua capital espiritual e – podia acrescentar – «o seu coração» (Lições da festa).
«Tu és Pedro, disse Nosso Senhor, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja». A pedra foi levada pelos acontecimentos de Jerusalém a Antioquia e de Antioquia a Roma. Foi lá que ela parou e que se tornou a pedra angular da Igreja. Foi selada lá com o sangue de Pedro e consagrada pela sua fé e pela sua caridade.
Actio
Repete frequentemente
e vive hoje a palavra:
«Sede santos, porque Eu sou santo» (1 Pe 1, 16)
«Sede santos, porque Eu sou santo» (1 Pe 1, 16)
| Fernando Fonseca,
scj |
Obrigado !!!
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