Dia 06 de Dezembro 2016
Evangelho Mt18,12-14
Estamos vivendo o tempo do advento! Tempo de preparação para o Santo Natal, que deve ser marcado pelo o nosso desejo de conversão , algo imprescindível para quem deseja viver o verdadeiro sentido do Natal!
Nesta nossa caminhada de preparação para a vinda do Senhor Jesus, que já está no meio de nós, mas que às vezes não o enxergamos, vamos a cada dia vivenciando uma experiência nova, fruto de nossas reflexões, intensificadas neste tempo propício para renovarmos as nossas esperanças e o nosso compromisso de dar a Deus a alegria do nosso retorno e do retorno do nosso irmão ao seu convívio.
Sabemos que Deus tinha muitos meios para chegar até a nós, mas Ele quis vestir-se da nossa fragilidade, (exceto no pecado) experimentar as nossas dores e as nossas alegrias.
Para um entendimento melhor dos ensinamentos de Jesus, é importante situarmos no contexto que Ele vivia; Jesus era itinerante, Ele estava sempre a caminho com os seus discípulos, não fazia planejamento do que seria ensinado a eles, seus ensinamentos partiam das situações que Ele presenciava enquanto caminhava. E o que Jesus mais encontrava pelo caminho, eram situações que lhe cortava o coração: um povo sofrido, completamente a deriva, como ovelhas sem pastor. Os donos do poder, tanto religioso quanto político que deveriam cuidar da vida, exercia sua autoridade oprimindo o povo. O olhar de Jesus ia além dos limites impostos por eles, pois Jesus enxergava a pessoa, e não o seu pecado.
No evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, Jesus conta para os discípulos a parábola da ovelha perdida, uma história que vem nos despertar sobre a importância de sentirmos acolhidos pelo o Pai, e de acolhermos aqueles que desviaram do caminho de Deus, mas que querem voltar!
São muitos, os que estão sobre a terra, mas que se sentem soterrados, irmãos nossos, que não encontram motivação para voltarem a vida! E muitos de nós, ao invés de fazer algo para ajuda-los a sair desta situação, contribuímos para que eles se percam ainda mais, com a nossa indiferença, com o nosso preconceito.Precisamos abrir o nosso coração para acolher estes irmãos, que às vezes, só precisam de um olhar amoroso para dar o primeiro passo para a sua conversão!
A todo instante, Jesus nos pede para que sejamos misericordiosos para com aqueles que se enveredaram pelos os caminhos contrários, para que tenhamos por estes irmãos, um olhar de misericórdia e não de acusação.
Com esta parábola, Jesus pode ter tido duas intenções: despertar-nos e tranquilizar-nos, despertar-nos, para a importância do nosso acolhimento à aqueles que desviaram do caminho de Deus e tranquilizar-nos, quando somos nós, esta ovelha perdida, dando-nos a segurança de que podemos voltar, pois seremos sempre acolhidos com grande alegria pelo o Pai!
Como seguidores de Jesus, temos o compromisso de trazer de volta ao convívio do Pai, àqueles que se perderam! É levando Jesus a esses irmãos, que os recolocamos no caminho da vida! A presença de Jesus, acalenta, inspira confiança as pessoas que se encontram doentes da alma, necessitando apenas de se sentirem amados para mudar de vida!
Acolher os que se sentem rejeitados por uma sociedade que os pune sem misericórdia, não significa concordar com os seus erros, mas acreditar que uma pessoa criada a imagem e semelhança de Deus, pode mudar de vida!
Para Deus não existe ponto final para uma história de amor e nem caminho sem volta! O olhar do Pai, que se manifesta no olhar do seu Filho Jesus, é um olhar de misericórdia e não de condenação.
De quando em vez, devemos nos perguntar: Estamos sendo pedra de tropeço ou ponte para que o nosso irmão retome o caminho da vida?
O amor tem uma força irresistível, capaz de transformar vidas, sejamos pois, força deste amor na vida do outro!
Que tenhamos um coração largo para amar, um coração semelhante ao coração de Jesus que vê a pessoa na sua essência e não a sua falha.
DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado p/ EXCELENTE REFLEXÃO.
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