12 de Fevereiro - Sexta -
Evangelho - Mt 9,14-15
“Vocês
acham que os convidados de um casamento podem estar tristes enquanto o noivo
está com eles? Claro que não! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do
meio deles; então sim eles vão jejuar”! Com estas palavras Jesus não aboliu nem
o jejum e nem a oração.
Simplesmente
Ele quis dizer aos discípulos de João Batista, e todos aqueles que ainda
estavam presos ao passado que, jejum é feito em casos específicos, quando
queremos servir melhor a Deus, quando estamos passando por tribulações,
perseguições, doenças e calamidades, nos arrependimentos de pecados por nós e
pelo povo, e conversões em massa.
Alías,
Jejum, oração e boas obras são mencionados frequentemente por ambos judeus e
cristãos. Oração não fica a frente do jejum, e boas obras, independente deles,
mas como algo que os liga de dentro. O mais completo entendimento da oração é
particularmente oferecido em conexão com o jejum. Quando nós olhamos o que é
dito sobre a oração, e como ela é definida, nós podemos ver que a ênfase é
naturalmente mais no estado do coração e alma que no corpo, como possível
expressão da oração em geral.
Segundo
São João Damasceno: “Oração é a subida da mente e do coração de alguém a Deus
ou o pedido das boas coisas de Deus”.
Primariamente,
a conversa com Deus como atividade espiritual é enfatizada. Todavia, há também
a prática e a experiência de que não apenas pensamentos, conversa e atos espirituais
por si só estão inclusos na oração, mas também é o corpo. A oração torna-se
mais completa por meio do corpo e do movimento, que acompanha as palavras da
oração. O corpo e seu movimento tornam a oração mais completa e expressiva para
que ela possa mais facilmente envolver a pessoa inteira.
A
unificação do corpo e da alma na oração é particularmente manifestada em jejuar
e orar. O jejum físico torna a oração mais completa. Uma pessoa que jejua reza
melhor e uma pessoa que reza, jejua mais facilmente. Desta forma, a oração não
permanece somente uma expressão ou palavras, mas cobre o ser humano inteiro. O
jejum físico é uma admissão para Deus diante dos homens que alguém não pode
fazer sozinho e necessita de ajuda. Uma pessoa experimenta sua impotência mais
facilmente quando ela jejua, e por isso, por meio do jejum físico, a alma está
mais aberta a Deus. Sem jejum, nossas palavras na oração permanecem sem uma
fundação verdadeira. No Antigo Testamento, os crentes jejuavam e rezavam
individualmente, em grupos e em várias situações da vida. Por causa disso, eles
sempre experimentavam a ajuda de Deus. Jesus confere uma força especial ao
jejum e a oração, especialmente na batalha contra os espíritos do mal.
O
jejum é um tipo de penitência no qual abrimos mão de algo que nos agrada, e
oferecemos esse “sacrifício” por alguma boa intenção. E aqui entra um detalhe:
só Deus precisa saber desse jejum! Não precisa sair por aí se gabando de
jejuar, ou se mostrando abatido por causa do jejum! Pelo contrário, o
verdadeiro jejum é feito escondido, para que somente o nosso Deus, que vê o que
está escondido, tome conhecimento.
No
evangelho de hoje, Jesus justificou que os seus discípulos não estavam em jejum
porque Ele próprio estava presente, e isso era motivo de festa! E festa não
combina com jejum! Chegaria o dia em que Jesus não estaria mais com eles. E aí
sim, eles jejuariam. Querendo, pois fazer uma caminhada de penitência,
sigámo-l’O. Hoje é o dia esta é a hora da prática do jejum. Abrindo mão de
certos prazeres, ou até oferecendo as nossas dores e sofrimentos a Deus, a fim
de que Ele amenize o sofrimento nosso ou de outras pessoas.
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