Dia 05 de Agosto de 2013
Evangelho de Mt 14,13-21
O
evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, mostra-nos mais uma vez,
a sensibilidade de Jesus, diante a necessidade humana!
A
fome de tantos irmãos é uma ferida que sangra constantemente no coração de
Jesus, e está em nossas mãos, a cura desta ferida! Uma cura, que
pode vir de pequenos gestos de amor!
Quem
de nós, não tem “5 pães e dois peixes”?
É
difícil acreditar, mas é a mais dura realidade; num mundo de tanta fartura,
ainda hoje, morrem milhares de pessoas vítimas do nosso abandono. São
muitos os irmãos, que continuam morrendo de fome, ou por doenças causadas
pela desnutrição, conseqüência do nosso egoísmo, que nos impede de
abrirmos o nosso coração ao amor solidário, o amor que nos leve a partilha.
A
todo instante, pessoas necessitadas de ajuda, desfilam diante
dos nossos olhos, são irmãos nossos, pessoas desprovidas do mínimo
necessário para a sua sobrevivência. E quantas vezes, nós, que dizemos
seguidores de Jesus, tampamos os nossos ouvidos para não ouvir os seus
clamores, preferindo ignorá-los, para nos isentar de quaisquer
responsabilidade sobre eles. E assim, vamos buscando mil
desculpas para justiçar a nossa impassibilidade, diante a esta triste
realidade.
Precisamos
aprender a olhar o irmão com o mesmo olhar de Jesus, um olhar
que não apenas constata a sua necessidade, como também,
ajuda-o a encontrar o caminho que o possibilitará uma vida digna.
A
exemplo de Jesus, não podemos fechar os olhos diante as necessidades do nosso
irmão, e muito menos transferir para outros, a nossa responsabilidade
para com eles.
Precisamos
conscientizar, de que somos co-responsáveis pela vida do outro, por
tanto, não podemos permanecer indiferentes as suas necessidades.
Podemos
observar, que quase sempre, o que o nosso irmão busca em nós, não é muito, é
sempre algo que está ao nosso alcance, às vezes, nem é algo material, e
sim, uma palavra de esperança, um tempo para escutá-lo, ou simplesmente
um simples sorriso acolhedor!
Como
verdadeiros seguidores de Jesus, precisamos colocar em prática os seus
ensinamentos, e assim como Ele, estarmos sempre atentos às necessidades
do outro, prontos para ajudá-lo no que for preciso.
De
nada adianta, erguermos as nossas mãos para louvar a Deus, se
não somos capazes de abaixá-las, para erguer um irmão!
O
evangelho de hoje narra o episódio que marcou o milagre da multiplicação
dos pães: o milagre da partilha! O ponto fundamental deste acontecimento é o
amor, o amor que leva a partilha.
Sabemos que
Jesus, se quisesse, poderia realizar sozinho a multiplicação dos pães,
mas Ele quis envolver todos os seus discípulos, o que nos mostra,
que Jesus quer agir no mundo, fazendo do coração humano o seu próprio
coração.
Hoje,
Jesus nos encarrega de saciar a fome de tantos irmãos, fome de pão e fome
de amor, na certeza de que: colocando em suas mãos o pouco que temos, Ele
transformará em muito!
Onde
existe amor, existe partilha, onde existe partilha, Deus entra, e o milagre da
multiplicação acontece!
É
nosso compromisso cristão, despertar no outro a necessidade de Deus, mas antes,
é preciso saciar a sua fome, criar no seu coração
a necessidade de Deus, como fez Jesus: a partir da
necessidade do pão material, Ele criou a necessidade do pão da vida eterna.
Quem
partilha com o outro, o pão material, desperta nele, a necessidade de Deus!
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia
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