Bom dia!
Começo essa reflexão com a sugerida pelo site da CNBB;
“(…) Nós não temos como pagar a Deus para obtermos o perdão dos nossos
pecados, de modo que merecemos a paga pelos mesmos que é a morte. Mas o amor
misericordioso de Deus não permite que nenhum dos seus filhos e filhas seja
entregue à morte, de modo que a verdadeira paga pelos nossos pecados foi a
obediência de Jesus, amando-nos até o fim e, assim, apesar dos nossos pecados,
temos a eterna aliança com ele. DESSE MODO, DEUS NOS DÁ O EXEMPLO DO VERDADEIRO
PERDÃO, NOS ENSINANDO QUE TUDO DEVEMOS FAZER PARA RESTAURAR A UNIDADE PERDIDA
POR CAUSA DOS MALES QUE AS PESSOAS COMENTEM CONTRA NÓS”.
Tai uma das situações que precisam de nossa atenção para nosso
crescimento: O perdão.
Perdoar ou pelo menos relevar uma situação, pode sim demonstrar um
grande grau de maturidade nosso como cristão. Bem sabemos que existem coisas
que são mais fáceis de esquecer e outras que somente o tempo curará (e talvez
não se apague por completo), talvez seja por isso, um dos grandes desafios a
serem enfrentados nas relações sociais, em comunidade ou apenas entre duas
pessoas.
Se por um lado o perdão revela a maturidade ou a vontade daquele que
desculpa, a insistência em brigar revela o quanto precisamos ainda crescer.
Talvez seja essa a maior causa das brigas – a insistência em brigar.
Quem muito foi perdoado por que não perdoa? Quem já conhece bem a
vontade de Deus em sua vida, por que não o honra com a mudança de atitude e não
somente com as palavras? Se notamos que a discussão não levará em nada por que
não por um ponto final? No evangelho e na nossa vida, se o perdão foi dado, por
que o servo (ou eu) não perdoou uma divida menor?
Talvez a resposta seja que nossa conduta não anda na mesma mão das
nossas palavras.
Outro ponto… O perdão reabre horizontes para aquele que foi perdoado em
especial os condenados injustamente. Se sei disso por que retenho o perdão?
Orgulho?
Desse mal sofrem as pessoas que por vezes nada nos fizeram, mas os
nossos pré-conceitos as afastam de nós e da comunidade. São aqueles que
conhecemos por onde andaram e conseqüentemente o dano que proporcionaram a suas
vidas e a dos outros com suas atitudes. Quem não conhece a história de alguém
que errou, se arrependeu, mas que nunca mais conseguiu se levantar pela falta
de amor dos irmãos em acolhe-lo?
Quando dizem que as pessoas que muito erraram acabam se tornando
evangélicas é uma dura verdade. Temos ainda uma tremenda deficiência em acolher
aquele que volta. Por vezes queremos saber o que e como fizeram, por onde
andaram, (…) mas nada fazemos de concreto para recebê-los. E mais uma vez, fui
perdoado do castigo, mas com empenho anda maior pulo do pescoço do que esta
frágil.
“(…) Tomai precaução, meus irmãos, para que ninguém de vós venha a
perder interiormente a fé, a ponto de abandonar o Deus vivo. Antes, animai-vos
mutuamente cada dia durante todo o tempo compreendido na palavra hoje, para não
acontecer que alguém se torne empedernido com a sedução do pecado. Porque somos
incorporados a Cristo, mas sob a condição de conservarmos firme até o fim nossa
fé dos primeiros dias…”. (Hebreus 3, 12-14)
Sim é bem verdade que o que retorna deve por si só reconquistar a
confiança e o seu espaço, mas se patrão já perdoou, por que é que nos
comportamos como os donos da chave da porta?
O perdão deve reabrir horizontes no perdoado, sendo semelhante ao preso
que deixa a cadeia e passa dar valor a liberdade. SER LIVRE É VIVER, mas cada
um tem o direito de escolher se deseja viver brigando ou caminhado. Eu escolhi
caminhar! E de preferência acompanhado.
Um imenso abraço fraterno.
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