14 de Setembro
Jo 3,13-17
"Pois Deus não enviou o Filho ao
mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele."
Quando
dizemos temor de Deus,
geralmente esta expressão causa um duplo efeito nas
pessoas dependendo da sua criação, e da sua formação religiosa. Para uns, a
afirmação temor de Deus está associada a um Deus rigoroso, que nos causa muito
medo, que nos faz andar certinhos senão o castigo virá. Porque Deus castiga
como dizia a minha avó. Assim temos a imagem de um Deus tirano,
severo e vingativo, que nos penaliza se fizermos coisas erradas.
Já
para outros, o temor de Deus nos conduz a figura de um Pai bondoso, que tolera
tudo, e que nos perdoa. Não precisamos esquentar a cabeça, por Deus é
amor. Podemos aproveitar a vida a vontade, pecar bastante, e depois
é só procurar um sacerdote, confessar, e " tá limpo,
cara!" beleza pura. Ser cristão é só alegria, moleque! Agora é
só fazer as boas obras e esperar a recompensa de Deus.
Nem
tanto ao mar nem tanto a terra. Precisamos atinar ao meio termo destas duas
concepções sobre a imagem de Deus. Jesus veio ao mundo para que ele seja salvo
por ele, isto é, Ele nos deixou tudo o que necessitamos para nos salvar: Deixou
um manual de instruções. Imagine que você comprou uma televisão moderna, tela widescreen
16:9, com várias saídas incluindo HDMI, com muitos recursos. E
agora? Você está diante daquela "belezura" que é fruto da tecnologia
moderna, e não sabe exatamente para que servem tantos botões e conexões. O que
você tem de fazer? Consultar o manual de instruções, o qual foi feito por
aquele que sabe como funciona aquele aparelho, pois foi ele quem o inventou.
Sabe quem? Ele mesmo! O fabricante.
Jesus
é Deus, e como ninguém, Ele sabe exatamente como funciona a nossa mente
conjugada ao nosso corpo. Por isso deixou-nos um manual de instruções, que é o
Evangelho, no qual está escrito tudo o que precisamos fazer e evitar para que
um dia possamos merecer a vida eterna.
Além
disso, Jesus nos deixou a Igreja com os sacerdotes para nos orientar e nos
perdoar, e converter o pão no corpo de Cristo para nos alimentar a alma e o
corpo.
Então,
o temor de Deus, está parecendo mais um respeito por aquele Pai que nos ama,
que nos convida a trilhar o caminho certo, mais que pode por instantes retirar
de nós a sua mão protetora, e é aí que as coisas acontecem, como aconteceu ao
filho pródigo quando estava cuidando dos porcos. Porque Deus é amor, mais Ele é
justo. Deus não castiga, nós é que nos metemos em encrencas por nossas próprias
mãos. Deus não nos abandona. Nós é que nos afastamos de Deus.
Concluindo.
A prática da vida moral, animada pela caridade,dá ao cristão a liberdade
espiritual de filhos de Deus. Não precisamos nos posicionar diante de Deus como
um escravo em temor servil, nem tampouco como um mercenário à espera
do salário (recompensa), mas como um filho que responde ao amor daquele que nos
amou tanto a ponto de entregar o seu filho por nós.
Sal
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