1º de Setembro
Evangelho - Lc 14,1.7-14
"Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo
aquele que se humilhar será exaltado. "
É mais ou menos como
"Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os
primeiros".
Jesus está nos recomendando
para que não queiramos parecer os melhores, os mais importantes, pois
quando aparecer alguém realmente importante, ficaremos envergonhados. E
aqueles que se comportam com humildade, podem ser convidados a fazer parte do
grupo das pessoas importantes. Isso é coisa comum que pode ocorrer na nossa
vida, no nosso dia a dia. Jesus, que foi o maior psicólogo da face da Terra,
pois conhecia como ninguém o funcionamento da mente das pessoas, nos orienta e
nos alerta para que não passemos por situações desagradáveis.
E aqui vamos fazer um
lembrete importante para todo aquele que pretende explicar a palavra de Deus,
através de homilias e reflexões. Seria indispensável, conhecer psicologia para
entender a natureza humana como as pessoas agem e reagem. Assim, estaremos
imitando um pouco aquele que fez os melhores sermões. Jesus Cristo.
Se exaltar é também
querer ser melhor que os demais, agindo com arrogância, e intolerância às
deficiências físicas, sociais e mentais. Deficientes físicos são todos
aqueles que tiveram sua locomoção prejudicada por algum problema no seu
corpo principalmente nos ossos; Deficientes sociais, são todos os que não possuem
recursos o suficiente para ter uma sobrevivência decente, são os pobres;
Por deficientes mentais entendemos aqueles que nasceram com Q.I.
(Quociente de Inteligência) abaixo de 80, e que nem sempre respeitamos, e, pelo
contrário, são motivos de chacotas e de piadas.
Essas pessoas tentam
sobreviver como todo mundo e logo chegam a conclusão que não conseguem resolver
os problemas não só de matemática, mais também os demais problemas que a
sobrevivência se nos apresenta.
Já no tempo de escola a
sua família fica triste ao perceber que aquela criança não consegue entender as
lições com os demais alunos. Porém, a referida criança nesta faixa etária,
ainda não tomou consciência da sua deficiência, e brinca quase que normalmente.
Já na adolescência,
começa o seu sofrimento ao ser discriminado(a) pelos colegas, ao ser criticado,
ao ser chamado constantemente de "burro". Isso o faz sofrer muito, e
não quer mais ir para a escola.
À medida que vai
crescendo, seu complexo de inferioridade vai aumentando, e sua autoconfiança
sempre diminuindo. Se arruma algum emprego não consegue manter-se no
mesmo. Pois comete erros fatais que acarretam prejuízo na firma ou na empresa.
Aí veio a fase adulta.
Solidão, desemprego, falta de dinheiro para comprar as coisas que todo mundo
compra, revolta contra Deus por tanto fracasso, por ter nascido daquele
jeito, deficiente mental, e muita agressividade com todos.
Está aí porque você
nunca vê o mendigo rezando. Ele fica na porta da igreja por muito tempo. Quando
encerra seu "expediente", ele vai embora, digo, muda de lugar, sem
sequer entrar no templo para falar com Deus. Isto porque aquela criatura está
magoada, revoltada com o Criador, como um filho fica de mal com seu pai que não
o deixou ir ao baile, ou que não lhe deu a maior parte da herança, sei lá o que
mais...
Que podemos fazer por
essas pessoas? Provavelmente existe um deles em nossa própria família. São
pessoas dignas de dó, e que deixam os pais muito infelizes, ao saber que quando
morrerem vão deixá-lo nesta vida sem ninguém para tomar conta. Neste caso
fica difícil "não se preocupar com o dia de amanhã". Os pais ás vezes
sofrem mais que o referido filho(a) portador deste tipo de
deficiência.
Por vezes morremos de
dó, já outras vezes ficamos irados por causa da agressividade desse tipo de
pessoas que colocam a culpa dos seus fracassos sempre nos outros e em Deus. Os
pais dão todas as coisas que precisa para sobreviver, e horas depois aquela
pessoa está agredindo os pais pelos motivos mais banais, como por exemplo,
jogando na cara dos pais alguma coisa que eles disseram para o seu próprio
bem. Às vezes os pais acabam também desanimando, e só o que lhes resta a
fazer como ajuda ao filho(a) deficiente mental é rezar. Rezar muito. Muito
mesmo!
Sal.
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