SEGUNDA FEIRA DA 20ª SEMANA DO TC
19/08/2013
1ª LEITURA Juízes 2, 11-19
Salmo 105(106) , 4 a “Lembrai-vos de mim, Senhor”
Evangelho Mateus 19, 6-22
Estamos diante de um Jovem rico, que procurou Jesus porque queria
ser discípulo, e a sua pergunta foi profunda “O que devo fazer de bom para ter
a Vida Eterna”. Ele imaginava que haveria algo de novo que só o Mestre sabia, e
que poderia ajudá-lo a ter a Vida Eterna, mas Jesus lhe aponta algo que é o
caminho comum do Judaísmo: o cumprimento da Lei!
Ao perguntar “quais mandamentos” o jovem rico demonstra que está em
busca de algo novo, e talvez na Lei de Moisés havia alguma novidade que ele
ainda não tinha percebido e que o Mestre iria agora revelar-lhe. Mas os
mandamentos a que Jesus se refere, aquele jovem já os observava desde a
infância. Notemos a sua insistência na busca de algo novo...”Tudo isso já
cumpro. Que me falta ainda?”
Então Jesus sai dos parâmetros normais da Religião Judaica e
adentra na novidade do Reino que ele está inaugurando entre os homens, e que é
maior do que qualquer religião: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens,
da aos pobres e terás um tesouro no céu, depois vem e segue-me”.
A Lei moral, mesmo a de caráter religioso, não nos garante a
Salvação e nem o Céu, mas o amor que partilha, que requer desapego de tudo que
me pertence, a favor dos que não têm. É isso que conta no novo Reino, essa
realidade maior que qualquer Igreja, da qual a nossa Igreja Católica é
Sacramento, sinal, dando-lhe visibilidade, mas ela não é o Reino, ao contrário,
está contida dentro do Reino.
O jovem rico procurava algo novo, mas dentro da sua realidade
religiosa, algo lógico e racional, de caráter de retribuição : “Faço isso e
tenho aquilo”. Alegria, Felicidade e Bênção Divina, era Dar os Bens materiais ,
e não tê-los, como se pensava naquele corrente religiosa a qual pertencia
aquele jovem e que hoje tem milhões de adeptos para os quais a Fé é uma senha
eletrônica que abre o Cofre Forte de Deus.
A tendência de quem é rico, é sempre dar o que lhe sobra, por isso
aquele jovem rico foi embora muito triste, porque não conseguia acreditar que
outra coisa, que não fosse seus bens materiais, pudessem lhe dar alegria. Hoje
em dia ainda há muitos ricos tristes, angustiados e deprimidos, porque de
repente fazem a descoberta de que há algo que o seu patrimônio e riqueza, não
consegue adquirir. Um tesouro imenso e valioso que Deus oferece a todo aquele
que se fizer pobre, por causa do Reino.
Linda e profunda reflexão!
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