Bom dia!
Gostaria de prender sua atenção na colocação de Jesus sobre o que fazem
as pessoas: “(…) Se alguém jurar pelo Templo, não é obrigado a cumprir o
juramento. Mas, se alguém jurar pelo ouro do Templo, então é obrigado a cumprir
o que jurou.” Tolos e cegos! Qual é mais importante: o ouro ou o Templo que
santifica o ouro? Vocês também ensinam isto: “Se alguém jurar pelo altar, não é
obrigado a cumprir o juramento. Mas, se jurar pela oferta que está no altar,
então é obrigado a cumprir o que jurou”…
Mais do que estar muito bravo com a hipocrisia, Jesus demonstrava
nitidamente decepção com que se apegavam aqueles que se diziam seguidores das
leis. Isso ainda acontece muito hoje.
Alguém já se pôs nu lugar daquele que resolve voltar ou se arrepender de
algo, mas ao dar o primeiro passo da volta pensa duas vezes como será recebido
(a)? Quantas pessoas conheço que trocaram de religião ou de comunidade em
virtude dos “santos” que o receberam no seu retorno?
Aprendi ao longo dos anos na RCC e ao participar do Seminário de Vida no
Espírito, que há algo maravilhoso em uma das palestras ou ensinamentos chamada
“o pecado e a salvação”. Afirmo e digo que esse seminário deveria ser feito por
todas as pessoas, pastorais ou movimentos e em especial essa palestra. Nesta
palestra, em especial, tomamos noção que o pecado pode no
s
afligir ao ponto de fecharmos os olhos para Deus e para sua bondade em
nos perdoar, mas o que me toca nessa palestra é que sim pecamos, mas muito
maior que nossos erros é a vontade gritante do Pai em nos ter de volta… Ou
seja, maior que o pecado é o amor de Deus.
As pessoas erram. Você já errou e eu também e sempre na volta ou no
fundo do posso encontramos a mão segura de Deus a nos apoiar, mas a pergunta é:
E eu? Eu apoio? Eu ajudo a levantar?
Confesso que me entristeço quando vejo irmãos e irmãos cristãos, sejam
eles ou católicos ou evangélicos, caçando bruxas! Pessoas mal amadas e mal
resolvidas em suas vidas, que tristemente até andam com a bíblia ou terços nas
mãos, que dizem amar o templo, mas sim ao ouro que esta lá depositado. Trazendo
a nossa realidade essa colocação, mais preocupados em ser um po
ço
de falso moralismo do que bons samaritanos.
Não devemos cansar de perseguir e denunciar o pecado, mas termos a
docilidade de acolher ao pecador. É triste ver que a vida dessas pessoas que
perseguem cristãos geralmente não é exemplo para ninguém e não seria difícil de
ver que elas não conheceram a Deus. Geralmente quase vivem na igreja,
perpetuam-se como coordenadores, perturbam as novas lideranças, não dão espaço
para a juventude e se possível for até celebrariam no lugar do padre se
pudessem…
O evangelho de hoje não é só para mim e sim para todo aquele que se
reveste do poder ou da balança da justiça ao invés do simples e bucólico cajado
do pastor. Se dizer cristão assim é ser superficial. O cristão que Deus quer
deve ir além disso.
“(…) Muitas vezes, temos dificuldades de ver a religião na sua
totalidade e, com isso, a reduzimos a alguns aspectos que julgamos mais
importantes, mas que são frutos na nossa subjetividade. O problema é que, na
maioria das vezes, nos prendemos ao que é acidental no plano da fé, como, por
exemplo, sinais externos ou formas de espiritualidade e nos esquecemos dos
valores que de fato são essenciais à nossa fé, seja no plano das verdades, seja
no campo da espiritualidade, seja no campo da moral ou da virtude, de modo que
a nossa religiosidade fica sendo superficial e unilateral, a religião que nós
queremos viver e não a religião que Deus quer que nós vivamos“. (Reflexão
segundo a CNBB)
Um imenso abraço fraterno.
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