Dia 07 de maio
Bom dia!
Reparemos nas reflexões da semana que
dia após dia, caminhamos para celebrar pentecostes novamente.
O paráclito é anunciado por Jesus como
consolo e edificador da fé dos cristãos. É Ele que virá, mas era preciso que
Jesus fosse. O projeto de redenção humana inicia com a entrega, morte e
ressurreição de Jesus e culmina com o cumprimento da promessa na grande efusão
apresentada a Maria e os apóstolos.
É preciso lembrar que numa das aparições
de Jesus a seus amigos Ele oferta, em conjunto com a paz, o próprio Espírito
Santo. Esse primeiro contato com o consolador talvez tenha passado
despercebido, pois vinha talvez apresentar primeiramente a eles a realidade que
viviam, abrindo seus olhos para o projeto salvífico de Deus.
“(…) Disse-lhes outra vez: A paz esteja
convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas
palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a
quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os
retiverdes, ser-lhes-ão retidos“. (João 20, 21-23)
Em um segundo momento, fechados em um
cenáculo, temerosos e tristes, acontece a manifestação visível do que parecia
improvável. Os sinais relatados no dia de pentecostes assustavam as pessoas,
pois conheciam as limitações humanas de cada um que estava ali escondido. Era
impossível acreditar que aquilo acontecia com pessoas simples, do povo e não no
templo em meio aos doutores da lei.
Talvez seja essa a dinâmica da presença
do Espírito Santo em nossas vidas. Talvez Ele, após conhecermos Jesus em seu
primeiro contado deseje nos abrir os olhos, nos revelar a verdade, apresentar a
realidade do mundo e apresentar uma nova proposta. “(…) Quando o Auxiliador
vier, ele convencerá as pessoas do mundo de que elas têm uma idéia errada a
respeito do pecado e do que é direito e justo e também do julgamento de Deus“.
É talvez então nessa hora, de olhos
abertos, mesmo que ainda descrentes, em meio a tantos críticos, céticos,
descrentes, (…) que Ele movido pela misericórdia divina se manifesta e age.
Mas quem é esse povo que ainda hoje
acredita nesse mover do Espírito? Aqueles que já reconhecem e valorizam o
primeiro contato com Ele.
São aqueles que movidos por algo
surpreendente renovam a esperança de querer continuar; aqueles que conseguem
ver sem máscaras o mundo que criamos cheios de quereres, egoísmo, ataques,
desamor; aqueles que reprovam o pecado, mas conseguem enxergar com docilidade a
figura frágil do pecador; aqueles que insistem em rezar por seus algozes; são
aqueles que são felizes.
Hoje, e de forma crescente, as pessoas
perdem um pouco a noção do que é errado. Trapacear, levar vantagem, “ser
esperto” são ensinados cada vez mais cedo as crianças. “Colar” era uma exceção
ao aluno que não estudava ou não entendia, agora é valorizado como regra para
poder “sair da escola”.
Precisamos voltar a nos abrir ao
primeiro encontro com o Espírito Santo. Talvez ele passe novamente
despercebido, mas deixará pelo menos a paz.
Quem sabe nadar pode dizer bem qual é
diferença de se nadar de olhos abertos e fechados. Que apesar do local tão
agradável e convidativo, só se consegue ir para o outro lado de olhos abertos.
Deixemos o Doce Espírito nos abrir os
olhos e nossos corações. Se abra ao encontro!
Um Imenso abraço fraterno
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