17 de Setembro
Evangelho – Lc
7,11-17
No
Evangelho de hoje Jesus tem compaixão de uma viúva pela perca de seu filho
amado. Jesus sente a dor de uma mãe que chora a morte de seu filho. Não se
conteve em assistir a cena do enterro na entrada da cidade de Naim, comove com
a situação e ajuda a mãe sofredora.
A
multidão que seguia Jesus e seus discípulos ficaram assustados com a cena.
Jesus toca a esteira onde o rapaz está envolvido e ordena a levantar-se para
chegar ao aconchego dos braços da mãe. Todos que assistiram o drama ficaram
pasmados! Não perderam tempo e bemdizeram a Deus pela gratuidade do amor de seu
filho.
É
o amor incondicional de nosso Pai para com o seu povo. Logo Deus veio através
de seu Filho salvar os seus rebentos. Ele não quer ver choro, angústia,
sofrimento. Deus quer ver alegria e paz entre todos.
A
figura da mulher chorando pela morte do filho representa a dor do povo que
estava sendo explorado pelos dominadores. Quanto mais sofrimento e desespero,
mais o soberano apaixona-se pelas barbáries. O Criador sente-se incomodado com
a aflição dos cristãos, pois, isto significa contrariar sua proposta inicial. O
sofrimento não foi feito pelo criador, mas pelas ações egoístas do próprio
homem.
Enquanto
que o toque de Jesus na esteira onde o rapaz estava envolvido representa a
libertação da morte e da dor. A libertação é o mergulho do cristão para o
envolvimento com o projeto de vida de Jesus. Afinal, uma das metas do pregador
de Nazaré era a vida em abundância. Se a vida é o necessário para o encontro
com Deus, a morte é um atropelo para o cristão.
Assim,
a morte é a escuridão por onde o povo de Deus caminha. Cegos diante das trevas
não enxergam a solidariedade, a fraternidade para elevar-se a Deus. Jesus toca
a morte para os confins e apresenta a vida liberta. Agora, cada um pode
encontrar-se consigo mesmo e projetar nos braços de Deus.
A
comoção da multidão continua sendo a alegria da descoberta de Deus. Sabemos que
nosso Mestre comove multidão com seu jeito simples de falar e agir. Esta é a
conquista que o cristão deve aprender:surpreender com novos gestos de
renovação.
Portanto,
Deus vem até seu povo para indicar novas vidas cheias de plenitudes valorosas.
Ainda hoje, em pleno século XXI continua a visitar seu povo. Parece que este
povo prefere viver na solidão, na angústia e na morte. Assistimos cenas cada
vez mais escandalosas como assassinatos entre irmãos, abandonos de filhos e
idosos, desleixo do poder público com a saúde, segurança, habitação, transporte
e educação. São cenas diariamente de horrores e mortes.
Mas
este Deus da vida que não aceita o choro da mãe, comove-se e sente-se
compaixão, não abandona seus filhos. Ele insiste em mandar alguém nos convencer
em nossa porta. Acontece que sempre encontra a porta do coração fechada.
Lembremos
sempre: Ele vem nos visitar
diariamente, basta termos a sensibilidade da compreensão. Que
ficamos atentos para os sinais em nossas portas e não fechamos o coração. Que
assim seja, amém!
--
Claudinei M.
de Oliveira
Tenha a Paz
de Cristo em seu Coração!
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