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domingo, 15 de setembro de 2013

A alegria da volta ! - Helena Serpa

Palavra do dia » 15/09/13 – XXIV domingo do tempo comum Reflexão Pessoal – 1ª. leitura Êxodos 32, 7-11.13-14 – “povo de cabeça dura” O Livro do Êxodos nos mostra Moisés, no Antigo Testamento, dialogando com Deus para defender o povo que conduzia no deserto. Moisés nos dá exemplo do verdadeiro intercessor: aquele que não desiste de pedir e suplicar ao Pai por alguém, mesmo que este não seja merecedor. Assim, ele prefigura Jesus Cristo o mediador da Nova Aliança de Deus com os homens. O povo “de cabeça dura” é o mesmo povo que hoje também, caminha em busca de santidade, mas se corrompe e se desvia do caminho, por qualquer motivo. Na leitura de hoje nós percebemos que o Senhor Deus fez um teste com Moisés, acenando para ele com a salvação, e, para o povo rebelde que ele conduzia no deserto, com o extermínio. Porém, Moisés fiel ao próprio Deus, sabendo que a salvação daquele povo era desejo do Senhor, permaneceu firme como intercessor e argumentou com Deus até que ele desistiu do que ameaçava realizar contra o povo como revela a própria palavra: “E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo!” Jesus Cristo também intercede por nós diante do Pai, mesmo que não tenhamos mérito nenhum, mas sim, porque Ele é Aquele que o próprio Deus nos mandou para nos livrar do mal. Deus nunca desiste do pecador, Ele nunca tem o propósito de nos condenar, por mais pecadores que sejamos. Como intercessores também nós não podemos desistir das pessoas pelas quais nós suplicamos as graças de Deus. Às vezes nós entendemos que é mais fácil interceder por alguém quando ele é uma pessoa de Deus, ou mais aberta às mensagens de Deus. Temos dificuldades de interceder pelo “povo de cabeça dura”, porque achamos que o Senhor nos irá atender olhando para o nosso merecimento ou para o merecimento do outro. O dom de Deus é gratuito, portanto, continuemos intercedendo por aqueles que nós consideramos “um caso sem jeito.” - Você costuma interceder por alguém de “cabeça dura”?- Você já desistiu de interceder por alguém?- Você se acha uma pessoa merecedora de receber as graças de Deus?- Você sabia que Jesus Cristo é quem o (a) justifica perante o Pai? 

Salmo 50 – “Vou agora levantar-me, volto à casa do meu pai”. O salmo 50 é conhecido como o salmo da misericórdia. Com ele nós podemos orar ao Senhor com o coração arrependido reconhecendo o nosso ser pecador. Que o Senhor crie em nós um coração que seja puro, visto que por mais que nós tentemos o nosso pecado mora sempre do nosso lado. O coração arrependido é acolhido pelo Senhor com misericórdia. E o Espírito Santo habita no interior de quem se reconhece pecador e aceita Jesus Cristo como Senhor e Salvador! 

2ª. leitura – 1 Timóteo 1, 12-17 – “ a fé nos tira da ignorância” São Paulo dá graças a Deus por tê-lo designado para o serviço do reino, mesmo tendo sido ele ferrenho opositor do cristianismo. Pela misericórdia do Senhor ele deixou de ser perseguidor de Cristo para ser modelo dos que crêem em Jesus e, por isso alcançam a vida eterna. A graça do Senhor transborda em nós pela fé e pelo amor mesmo que tenhamos sido os maiores traidores. Assim sendo, o Senhor também nos designa para o seu serviço, não olhando para os nossos pecados, nem levando em conta as nossas fraquezas, mas sim, pela fé que nos tira da ignorância e nos anima a caminhar. A Palavra de Deus esclarece e abre os nossos olhos, nos purificando o coração e nos tornando aptos a também, como São Paulo, pregar a boa nova de Jesus Cristo aqui na terra. Não podemos mais nos esconder por detrás dos nossos pecados e fraquezas argumentando que não somos dignos de proclamar o Evangelho de Jesus Cristo. Somos sim, pecadores, infiéis e traidores, mas a misericórdia de Deus nos faz favoráveis para, pelo poder do Espírito Santo consagrar a nossa vida em favor do reino dos céus, aqui na terra. A Misericórdia de Deus não leva em conta o tempo da ignorância, e a Sua Palavra nos orienta a fim de que sejamos modelo para todos os que precisam crer e alcançar a vida eterna. - Qual a desculpa que você tem dado para não servir ao reino de Deus aqui na terra?- Será que você está esperando ser perfeito (a) para servir ao Senhor?- Você tem acolhido a misericórdia de Deus?- Você acha que o Senhor tem confiança em você?

Evangelho – Lucas 15, 1-32 – “A alegria da volta !” Nas várias situações que Jesus relata nesse trecho do Evangelho, nós percebemos que a Misericórdia de Deus está sempre acompanhada com a palavra ALEGRIA. No céu há mais alegria por um pecador que se converte do que por aqueles que não “precisam de conversão”. A alegria é uma prerrogativa de quem tem o coração pacificado, purificado, arrependido. Jesus nos mostra que o Pai está sempre de braços abertos para acolher o nosso arrependimento e, espera por nós a cada instante da nossa vida, mesmo que seja no último minuto. Jesus nos acena com o perdão e a reconciliação e nos aponta o caminho de volta para a Casa do Pai, o arrependimento sincero. O processo da volta começa com a nossa contrição e o nosso propósito de não mais nos afastar de Deus. Nunca será tarde para nós, mesmo que muito tempo já tenha passado e que nós tenhamos acabado toda a nossa “fortuna”, isto é, a nossa intelectualidade, o nosso dinheiro, a saúde, os bens, etc… Todos nós também recebemos a parte da nossa herança para bem vivermos aqui na terra. Gastar a herança aqui é direito que temos, no entanto, o modo como consumimos o nosso legado é o que faz toda a diferença para nós. Quando nos afastamos de Deus e queremos ser donos da nossa vida, ter “liberdade”, viver sem restrições e fazer o que nos dá na telha, nós desperdiçamos o que recebemos de Deus e sofremos as consequências, por isso, nos sentimos perdidos, afundados na lama, famintos e humilhados. O Senhor, porém, está atento e nos espera para também dizer: “Alegrai-vos comigo!” Por isso, ao invés de jogar pedras nos homens e mulheres pecadores nós também devemos nos alegrar, porque todo pecador que se converte é uma alma que se salva e eleva o mundo. Quando você erra volta-se pra Deus com o coração de filho (a) ou de empregado (a)? – E quando você não se arrepende, embora saiba que não fez certo, como você se sente? – Você acha que será bem recebido (a) nos tabernáculos eternos?

Helena Serpa, Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

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