10 DE ABRIL
Jo 3,16-21
Deus enviou seu
Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele.
Neste Evangelho,
Jesus nos apresenta o motivo da Redenção, por que ela aconteceu. Não partiu de
algum mérito do ser humano, mas unicamente de Deus, do seu amor a nós. Deus
amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito.
Deus nos ama com
um amor tão grande, que nem o pecado conseguiu estancar esse amor, ao
contrário, o fez crescer ainda mais. “Acaso uma mulher esquece o seu neném, ou
o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que alguma se esqueça, eu de ti jamais
me esquecerei!” (Is 49,15).
Jesus veio
expressar com a sua vida, morte e ressurreição, esse amor de Deus por nós:
“Jesus, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
Deus enviou seu
Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele. Devemos ver Jesus como o
nosso melhor amigo, que vê o nosso lado bom e faz de tudo para que sejamos
nesta vida e na outra.
Entretanto,
“quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz”. Aí está a explicação
de todos os males deste mundo e por que muitos não vão para o céu. Somos
livres, e aqueles que praticam o mal preferem agir no escuro ou escondido, para
que ninguém descubra suas más ações. Veja, por exemplo, os ladrões que sempre
agem escondido. Ao evitar que os outros descubram o que fazem, os maus se
condenam a si mesmos, pois mostram que sabem que suas ações são más.
Mas o amor de
Deus por nós é maior que o nosso pecado. Por isso todos nós, santos e
pecadores, podemos nos aproximar de Jesus com confiança, pois ele nos ama a
todos com um amor misericordioso e infinito. Ninguém deve ter medo de Jesus,
pois ele não para condenar, mas para salvar.
Quando somos
amados por alguém, sentimos o desejo de retribuir. Amor com amor se paga. A
nossa melhor retribuição é a obediência à sua Palavra e o engajamento cada vez
maior na sua Igreja, una, santa, católica e apostólica.
Vamos, neste
tempo pascal, acolher este presente de amor que Deus nos deu e nos deixar
transformar por ele, o fogo do amor que veio ao mundo para queimar o pecado e
purificar a prata.
Um dia, um
senhor que estava viajando de carro do Rio para S. Paulo, entrou na cidade de
Aparecida, comprou uma vela do seu tamanho, dirigiu-se à capela das velas no
Santuário, acendeu a vela e fez a seguinte oração: “Senhor, eu precisava rezar
muito aqui, mas não tenho tempo. Por isso, aceite as minhas preces,
simbolizadas nesta vela, pela intercessão de N. Sra. Aparecida”. Colocou a vela
no lugar apropriado e continuou sua viagem.
Foi uma oração
simbólica, com toda certeza aceita e agradável a Deus. A vela era do seu
tamanho porque era ele mesmo que ficava ali rezando, representado pela vela.
Nós gostamos de usar símbolos, e Deus também gosta. A Bíblia é todinha cheia de
símbolos.
Inclusive, a
vela se parece com o cristão. Ambos se consomem para iluminar e servir o seu
ambiente. Até as lágrimas da vela simbolizam as nossas lágrimas, na luta pelo
Reino de Deus. O amor sempre custa lágrimas.
De um jeito ou
de outro, nós precisamos rezar, e muito, a fim de não praticarmos obras más,
afastando-nos da luz.
Maria Santíssima
ajudou o seu Filho a executar o plano de amor de Deus Pai. Que ela nos ajude
também a acolher com generosidade esse plano. Santa Maria, rogai por nós.
Deus enviou seu
Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele.
Padre Queiroz
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