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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou -Alexandre Soledade




Bom dia!
Escrevi essa reflexão ano passado, mas ainda esta muito viva…
Esse é um dos trechos de despedida do Senhor durante e após a Santa Ceia. Como podemos notar, é carregado de amor e recomendações fraternas aos seus amigos
Jesus, em meio à emoção do momento, deixa uma mensagem positiva e otimista mesmo alertando, em outros momentos, das dificuldades e transtornos aos quais seriam submetidos. “(…) Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo”.
Mas o que é paz?
Paz como ausência de guerra;
Sempre associada ao militarismo, ao domínio do forte sobre o fraco, o vencedor sobre o derrotado. Essa paz por vezes é a que procuramos nas disputas de opinião, de poder, (…); é uma paz que existe um alegre e outro triste. É muito comum em nosso meio racionalista e individualista de ser. É a paz que não tem paz.
Essa é a paz do morro, da favela, da pessoa que vive cercada de muros altos, câmeras e cercas elétricas. É uma paz de que não tem paz.
Paz como fruto da Justiça;
Essa paz é aquele que não há vencedores e nem perdedores. Uma paz que advém da coerência, da sobriedade, do amor ao próximo. É uma paz que não é imposta e sim advento do respeito. Uma paz que não precisa de multas ou castigos para que se cumpra. É a paz que Jesus pediu por meio do amor.
“(…) Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros“. (João 13, 34-35)
Paz em meio à guerra;
É talvez a paz do filme “A VIDA É BELA”, do “PIANISTA”. É a paz do casal que desentende, mas não se deixa de se gostar, não perde o respeito, não se perde a razão… É a paz que permanece em meio à ingratidão dos filhos com os pais e vice-versa; é a paz que supera as divergências em meio às catástrofes naturais ou não; a paz que supera o egoísmo, o orgulho, a vaidade. É paz que ajuda procurar vidas nos escombros da casa que desabou, da vida que ruiu pelas drogas ou pelas escolhas desastrosas do nosso livre arbítrio…
Paz que ninguém consegue explicar;
É a paz que insiste em existir mesmo na morte; é a tranqüilidade persistente daquele que perdeu alguém e ainda vê a mão de Deus. É aquele que no cárcere, no silêncio, amordaçado ainda sorri; é aquele que tem problemas, mas não perde a esperança; é o paralitico que perde os movimentos, o doente acamado, o acidentado que fica limitado a uma cama, mas que a mente ainda permanece livre.
É a paz fruto da fé que não nos abandona. Uma paz que advém da fortaleza!
“(…) Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas ele me disse: Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força. Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte“ (II Coríntios 12, 8-10)
Vivamos a paz!
Um imenso abraço fraterno


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