DIA 23 DE ABRIL
João 10, 22-30
Eu e o Pai somos um.
Neste Evangelho, Jesus é abordado por um
grupo de judeus, que lhe perguntam se ele é o Messias. Jesus diz a eles que a
resposta está nas suas obras. E aproveita para falar a respeito de Deus Pai e
de sua relação com ele: “Eu e o Pai somos um”. Está aí uma afirmação clara da
sua divindade.
Em seguida, Jesus continua referindo-se
à parábola do Bom Pastor: As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço
e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna”. De fato, Jesus era dedicado à
salvação do povo. Ele mesmo não tinha nem onde reclinar a cabeça, e mesmo assim
passa a vida fazendo o bem às pessoas.
“...e elas me seguem.” Também as suas
ovelhas fazem a sua parte, seguindo sempre a Jesus. “Quem é de Deus ouve a
Palavra de Deus” (Jo 5,47). As ovelhas de Jesus sabem distinguir a sua voz de
outros falsos pastores.
Agora, se uma ovelha não quer mais ficar
no rebanho, isto é, na Comunidade cristã, aí não tem jeito, porque ela é livre.
Com certeza ela será devorada pelo lobo, pois uma ovelha é mais fraca que um
lobo e mais fraca que diversos outros animais predadores.
E existem os continuadores do ministério
de Jesus como Pastor. Os principais são o Papa, os bispos, os sacerdotes e os
diáconos. Depois vêm os religiosos e religiosas e os leigos líderes das
Comunidades cristãs. Também os pais, os bons professores, os bons políticos e
todos os que exercem poder e autoridade sobre as pessoas. Vamos promover todas
essas vocações, e colaborar para que elas exerçam bem o seu ministério.
Um bom líder está sempre atento para
proteger o povo a ele confiado, pois a sociedade está cheia de enganadores e
aproveitadores. Ele cuida dos explorados e empobrecidos, chegando até a
arriscar a própria vida por eles. Já o mercenário usa de seu cargo em benefício
próprio, não convive nem procura conhecem bem as suas ovelhas. É fácil perceber
quem é mercenário e quem é pastor verdadeiro.
“Ai dos pastores de Israel, que são
pastores de si mesmos! Não é do rebanho que os pastores deveriam cuidar? Eles
bebem o leite, vestem a lã, matam as ovelhas gordas, mas não cuidam do rebanho.
Vocês não procuram fortalecer as ovelhas fracas, não dão remédio para as que
estão doentes, não curam as que se machucaram, e não trazem de volta as que se
desgarraram. Assim, por falta de pastores, minhas ovelhas ficam vagando sem
rumo, e se tornaram pasto de feras selvagens” (Ez 34,1-10).
Por isso, “Jesus percorria todas as
cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando a Boa Notícia do
Reino, e curando todo tipo de doença” (Mt 9,35). Jesus dava tudo o que tinha
para ver todo mundo bem orientado e feliz. Mas, sozinho, não dava conta, por
isso pediu para os discípulos rezarem pedindo novos líderes, novos pastores
para o rebanho. Hoje a carência de pastores até aumentou.
Pelo batismo, todos nós nos tornamos
pastores. Na celebração do batizado, logo após a pare central que é derramar
água na cabecinha da criança, o padre faz a seguinte oração: “Que Deus te
consagre c o óleo santo, para que, como membro de Cristo, sacerdote, profeta e
rei, continues no seu povo até a vida eterna”. Vemos, assim, que o batismo nos
tornou membros de Cristo, que é pastor; portanto, somos pastores também.
Na prática, como ser um bom pastor? É
sendo fermento, sal e luz no meio do mundo e dando o bom exemplo e não
escondendo a própria fé. Devemos aproveitar todas as oportunidades para dizer uma
boa palavra, além da participação ativa na Comunidade cristã. Por exemplo,
participando dos grupos de quarteirão e das diversas organizações dos cristãos
leigos e leigas. Quantas “santinha”, isto é, imagens ou quadros de Nossa
Senhora percorrem as casas, levando mais fé, esperança, caridade e mais
consciência da vida em Comunidade! São oportunidades que temos para exercer o
nosso ministério de pastores.
Certa vez, um macaco estava na beira de
um rio e viu um peixe dentro d’água. Ele pensou: “O bichinho está se afogando!”
Enfiou a sua pata na água com toda a rapidez e o apanhou. O peixe começou a se
debater. O macaco disse: “Olhe como ele está contente!” Quando o peixe morreu,
o macaco comentou: “Que pena que eu não cheguei antes aqui!”
O mundo nos apresenta muitos caminhos
que têm aparência de salvadores mas na verdade são caminhos falsos e
enganadores, que nos levam à perdição e à ruína. Jesus é o nosso Bom Pastor,
aquele que realmente nos salva e faz felizes.
Que Maria Santíssima nos ajude a sermos
dignos continuadores do seu Filho, o Bom Pastor.
Eu e o Pai somos um.
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