O
OLHAR DE JESUS ULTRAPASSA AS APARÊNCIAS! – Olívia Coutinho
XXXII
DOMINGO DO TEMPO COMUM
Dia
11 de Novembro de 2012
Evangelho
Mc 12, 38-44
Vivemos numa cultura onde tudo gira em
torno das coisas materiais, com isso vamos perdendo o senso do amor, do
valor da fé, da solidariedade. Ainda não aprendemos a acolher e a
valorizar os gestos simples, o “pouco”, vindo dos “pequenos”. Tendemos a
valorizar mais o que vem dos “grandes”, o externo, deixando de lado o mais
importante: o interior humano, de onde vem as mais belas atitudes de
amor, do amor que deve nos unir como irmãos, filhos do mesmo Pai!
Aos olhos de Deus, a
prática exterior, só encontra seu verdadeiro sentido, quando é uma expressão do
que realmente se crê e se vive, do contrário, são práticas vazias que nada
significam, pois mostram o que na verdade não se é, e não se vive.
O que verdadeiramente
agrada a Deus é o que vem do um coração puro, livre das maldades, as práticas
superficiais, são apenas estampas, embalagens bonitas, mas que não passam pelo
coração!
De nada adianta os
nossos atos externos se eles não retratam o nosso interior!
No evangelho de hoje, Jesus mais vez,
critica as atitudes dos doutores da lei, que faziam questão de serem elogiados
pelo povo, mostrando- se generosos, quando na prática,
agiam de forma contrária. Atrás de uma falsa pureza, eles escondiam a dureza
dos seus corações, explorando os pobres e as viúvas.
Como podemos observar no texto, o
olhar de Jesus ultrapassa as aparências, vai além do visual. Como grande
observador, Ele vê o que os olhos humanos não alcançam e transforma
pequenos gestos em grandes ensinamentos!
Só Jesus, percebe o gesto acanhado da
pobre viúva, que segundo o relato, depositou no cofre das ofertas do
templo, tudo que possuía, apenas duas moeda. Com este seu gesto abnegado, sem
perceber, ela deixa transparecer a grandeza do seu coração, nos dando um grande
exemplo de desapego, partilha e total confiança na providencia divina.
Ao doar tudo que tinha, para o seu
sustento, aquela mulher, certamente recebeu um tesouro no
céu.
O exemplo vivo de quem se abre à
partilha, em contraposição com o mal exemplo dos doutores da lei, caiu como uma
luva para que Jesus pudesse alertar os discípulos sobre o perigo de se deixarem
iludir pelas aparências, e cair nas ciladas dos enganadores que tentam tirar as
pessoas do caminho de Deus.
A falsidade dos doutores da lei e
o gesto nobre daquela viúva, duas situação completamente
diferentes, mostram-nos com clareza, que a Deus ninguém engana, pois Ele
conhece o coração de cada um.
De nada adiantou a viúva, na sua
humildade, fazer tudo para não ser notada, e os doutores da lei, na sua
falsidade, fazer tudo para se mostrar-se generosos, pois Jesus, que
tudo vê, leu o coração de cada um, a Ele nada fica oculta, nem as boas, e nem
as más intenções.
É importante estarmos atentos
sobre o perigo de não nos deixar levar por uma religiosidade externa que não
nos leva ao um comprometimento com Deus por não estar vinculada ao
coração, fonte de onde brotam as nossas boas ações.
O que vale para Deus não é o tamanho
daquilo que se faz, ou se dá, o que vale são as gotinhas de amor
escondida atrás de um pequeno gesto!
O texto de hoje, nos
leva a um questionamento a respeito da nossa vivencia religiosa:
Existe coerência entre o que falamos e o
que vivemos?
Estamos dispostos à partilhar o que
somos e o que temos?
FIQUE NA PAZ DE JESUS - Olívia
IRMÃ VOCÊ É UMA ILUMINADA, SUA REFLEXÃO É BELA E MUITO PROFUNDA. QUE O ESPIRITO SANTO DE DEUS CONTINUE AGINDO EM VOCÊ PARA NOS AJUDAR A COMPREENDER A PALAVRA DE DEUS
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