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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

“Jesus é o Rei que dá a Vida!” - Claudinei M. Oliveira.



Domingo, 25  Novembro  de 2012.
Evangelho: Jo 18, 33-37

            Neste domingo do Senhor pautemos  nossa esperança no Cristo Senhor que lutou na terra para derrubar o mal na intenção de cultivar o reino da paz, do amor e da verdade.
Sempre disposto a ensinar através dos gestos e da pregação Jesus enfrentou os poderosos com maestria. Pagou com a vida pela insistência da libertação dos povos injustiçados de modo exemplar, por isso deixou o legado da verdade e da luta pela emancipação do homem e da mulher.
Hoje em comunidade reunida para celebrar a Nova Páscoa do Senhor na Santa Eucaristia buscamos força para alimentar a luta pela igualdade e pela presença constante do Senhor em nosso meio. Somente Ele pode-nos dar a sabedoria e o discernimento para a caminhada reta  rumo a glória dos céus.  
Sendo o Rei dos céus e, não rei do modelo terreno, Jesus motivou incansavelmente seu povo para superar a opressão e todos os males que corroíam, danificando a essência do direcionamento para o Pai. Modelo a ser seguido cabe ao homem cristão beber das palavras da Santa Escritura para fortalecer corajosamente no combate contra o mal.
O mal não dá descanso para o cristão. Sempre atento, procura uma brecha para penetrar de vez no coração do homem  com a finalidade de possuir em todos os sentidos. Para não deixar que o encardido se aposse do coração, é preciso estar a realeza de o bom servir e atentos aos ensinamentos de Cristo,  pode proteger deste mal que aparentemente tem semelhança com um cordeiro, mas atrás das máscaras representa um lobo faminto para devorar a vida e o prazer do seguimento do Mestre Jesus.
Somente a fé e a confiança podem levar o cristão para perto do pai. Assim, Daniel em sua profecia  salienta a vinda de um rei que revela uma majestade diferente. Na profecia Daniel comove um reino que não dissolverá, pois o rei deste reino tem um propósito: dar vida sempre para a excelência do reino. Para este rei  “foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos  os povos, nações e línguas o serviram: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá” (Daniel 7, 14).
Lindas palavras da profecia de Daniel. Na verdade o Filho do Homem veio entre nuvens a terra para dar seu testemunho de amor e de como deveria um rei conduzir seu povo. Mas sabe-se que não foi bem recebido pelos poderosos das cidades grandes. Estes poderosos que corrompiam e exploravam os pequenos sentiram-se incomodados com sua presença. Fizeram de tudo para matá-lo. Contudo, enquanto não deram cabo da vida do Rei dos reis não sossegaram.
Pilatos que interrogou Jesus sempre insinuando arrogância e desprezo pelo homem preso não conseguiu encontrar motivo algum em condená-lo. Como deveria tomar uma atitude deixou para o povo decidir sobre a vida de Jesus. Claro que o povo cego da maldade não libertou o Filho do Homem, condenando-O a morte e salvando Barrabás da crucificação.
Ao escolher o Barrabás  para ser libertado o povo romano egoísta e culturalmente egocentristas deram preferência por um preso por atentar com violência contra o poder romano representando os que buscam o poder por meio da violência, do mesmo modo como os poderosos fizeram para conquistar  o poder e se manter nele.
Mas o que isto tudo significa? Qual a lição descrita nas leituras de hoje para nortear o bom caminhar para o Reino de Deus?
Significa que Jesus é o rei dá vida. Ele deu sua vida para aqueles que não tinham vida (os pobres), deu testemunho da verdade (justiça), ou seja, Jesus foi fiel ao projeto da libertação de todos os povos  criado por Deus. Sua missão sempre foi defender a vida e nunca as nuances egoístas dos espertalhões.
Na verdade ser justo é lutar por um reino presente de amor, verdade é justiça. O reino do pai acontece somente quando se firma na realeza  da doação. Tanto que Jesus disse a Pilatos quando indagado sobre sua realeza: “o meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue às autoridades dos judeus. Mas agora o meu reino não é daqui” (Jo 18, 36). Jesus disse corajosamente para Pilatos estas palavras porque sua realeza é serviço à vida até as últimas conseqüências.
Os ensinamentos de Jesus perpassam tempo e distância por capricho com a mesma tenacidade e veracidade.  Veja em Apocalipse quando afirma: “A Jesus, que nos ama, que por seu sangue nos libertou dos nossos pecados e que fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai, a Ele a glória e o poder em eternidade. Amém” (1,6). Desse modo não existe maior amor de um Homem para com seu povo. Não fraquejou diante dos obstáculos e sim os superou com dignidade. Morreu e ressuscitou para mostrar para o povo que suas palavras são eternas e carrega vida em abundância.
Como escreveu Pe. Claudiano Avelino dos Santos em seu artigo dominical:“Jesus é rei, mas não como os reis deste mundo. É poderoso, mas não como os poderosos deste mundo. Ele manda, mas não como os chefes que geralmente vemos por aí. O reino não tem nada que ver com ameaçar  as pessoas para que cumpram ordens”.
Deve-se o homem usar da autoridade, mas não para pisar o irmão ou maltratá-lo, mas para dar o prazer da acolhida, do servir e fazer o bem. Em comunidade todos devem estar atentos para caminhar juntos em comunhão no mesmo rumo com os mesmos propósitos.
Pilatos tinha um propósito no mundo terreno: fazer a vontade dos sete capitais ou construir impérios nas costas dos irmãos servos através da humilhação e da espoliação. Contudo o homem que teme a Deus deve ter um propósito: estar disposto a crescer na comunidade a partir da doação e do serviço para a construção do Reino de Deus.
Portanto, ficamos com as palavras finais desta reflexão dominical com as palavras do Pe. Claudiano, o reino de Jesus não é do mundo do ódio, da violência, mas do mundo da solidariedade e da vida, de muita vida para todos. Amém!
Claudinei M. Oliveira.

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