Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!
Este Evangelho narra que, durante uma refeição, um
homem diz a Jesus: “Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!” Jesus
aproveita a comparação entre o Reino de Deus e uma refeição, e conta a parábola
dos convidados ao banquete.
Jesus quis mostrar que, para alguém participar da
festa eterna no céu, é necessário responder hoje aos chamados de Deus,
participando da Santa Igreja, e procurando construir um mundo mais fraterno.
Não comerá o pão no Reino de Deus aquela ou aquele que hoje vive separado dos
irmãos.
Se nós perguntássemos àqueles que não participam,
por exemplo, da Missa no domingo, por que fazem isso, as respostas seriam
parecidas com estas da parábola: comprei um campo, acabo de me casar... São
ações boas, mas que não nos devem impedir de participar do encontro semanal dos
cristãos.
A comparação do Reino de Deus com um banquete, tão
comum na Bíblia, é muito apropriada, pois o Reino de Deus, esta vida nova que
Jesus nos trouxe, é a coisa mais gostosa que existe. Ele começa aqui na terra,
com o nosso batismo, e tem a sua plenitude no céu.
Ninguém é obrigado a participar de um banquete.
Também o Reino de Deus, Jesus não veio impor a ninguém. Foi um presente, um
maravilhoso presente que ele veio nos dar.
Por isso que o próprio povo começou a chamar o projeto
de Jesus de Evangelho, palavra que significa Boa Nova, Alegre Notícia.
A vida em Comunidade é a expressão mais alta do
Reino de Deus; e a Eucaristia é a expressão mais alta da vida em Comunidade.
O cristão, a cristã tem um brilho diferente no
rosto, que dá para se perceber até na fotografia. É o mesmo brilho que teve
Moisés, quando desceu do monte Sinai, após encontrar-se com Deus (Cf Êx 34,35).
Qualquer pessoa que deixa de participar das
reuniões de um grupo, na prática deixa de pertencer àquele grupo. Na Igreja
acontece a mesma coisa. Quem, sem motivo, deixa de participar da Missa ou do
Culto Dominical, deixa de pertencer à Igreja.
“Sai depressa pelas praças e ruas da cidade; traze
para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.” Todas as pessoas do
mundo são convidadas para o banquete do Reino de Deus. Mas quando os mais
abastados só pensam em participar dele na outra vida e recusam a participação
na Comunidade, Deus dá preferência aos pobres, aos aleijados, cegos e coxos, e
os capacita para a missão de construir na terra o Mundo Novo.
Certa vez, dois homens doentes estavam internados
em um hospital, no mesmo quarto do quinto andar. Um deles ficava perto da
janela e de vez em quando se sentava na cama. O outro, ao lado, não podia se
movimentar nem sentar. Vivia o tempo todo deitado.
O da janela contava para o colega o que ele via lá
fora: Senhoras com crianças andando na calçada, moças bonitas, crianças
brincando na pracinha, patos nadando no lago, árvores, flores...
O colega sorria e seus olhos brilhavam de
contentamento. Os dois riam de satisfação.
Dias depois, o da janela recebeu alta, e a cama do
outro foi transportada para a janela. Quando ele ficou melhor, sentou-se na
cama, curioso para ver as belezas lá fora. Mas ele teve uma surpresa: o que
dava para ver da janela era apenas um enorme telhado, velho e feio.
Foi aí que ele entendeu que o colega inventava tudo
aquilo para diverti-lo e lhe dar um pouco de conforto na dor.
O cristão, mesmo doente, torna o ambiente onde ele
está alegre e gostoso de se viver, já um prelúdio do Céu. “Como é bom, como é
agradável os irmãos viverem juntos e se amarem!” (Sl 133,1).
“Existe um nome que consola a terra, e que desterra
da tristeza o véu. Bem como aurora que, com luz brilhante, que fulgurante surge
lá no céu. Ó nome bendito da Virgem Mãe, Maria, Maria, por nós rogai!” Maria
Santíssima é uma das grandes belezas da vida em Comunidade. Que ela nos ajude a
nunca nos desviarmos!
Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!
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