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domingo, 9 de dezembro de 2012

Todas as pessoas verão a salvação de Deus - Padre Antonio Queiroz





Todas as pessoas verão a salvação de Deus.
Este Evangelho, do segundo domingo do advento, tem duas partes. Na primeira, o evangelista situa bem, na história nacional e internacional, a preparação do povo feita por João Batista, para que as pessoas possam receber a Boa Nova trazida por Jesus. A preparação consistia na prática da penitência, no arrependimento dos pecados e na conversão. Na segunda parte, o evangelista apresenta um resumo da pregação de João Batista.
Ele repete as profecias de Isaías, que chamam abertamente para uma mudança de vida, e o faz através de comparações: endireitar as veredas, aterrar os vales, rebaixar as montanhas e colinas, tornar retos os caminhos curvos, aplainar os caminhos acidentados... Tudo isso, a fim “preparar o caminho do Senhor”. Assim, “todas as pessoas verão a salvação de Deus”.
Precisamos aplainar as desigualdades injustas, tapar os buracos da fome, da ignorância e da pobreza, arrasar o orgulho, construir pontes de reconciliação. Reconhecendo que somos pecadores, podemos levantar para a esperança os ânimos nossos e das pessoas decaídas.
Tudo parte da conversão pessoal que, segundo João Batista, deve ser concreta e atingir a nossa vida individual, o nosso ambiente e a sociedade, construindo uma nova estrutura.
A graça quer agir em nós no advento como uma pedra lançada em um lago: as ondas vão se alargando e atingindo a nossa família, o nosso ambiente de trabalho, de estudo... até chegar à mudança de estruturas sociais. O amor a Deus e ao próximo é o motor de tudo isso.
O mais importante e a fonte de tudo é a conversão pessoal, a mudança de coração, de mentalidade e de comportamento. A vida humana não se transforma através de mudanças estruturais, mas através do testemunho de pessoas transformadas. O futuro melhor forja-se no coração de cada um.
Foi a gente simples do povo que melhor respondeu ao imperativo da conversão que o profeta anunciava. Os pobres são vazios de si mesmos e respondem mais generosamente ao chamado do alto.
Hoje, preparar o caminho do Senhor está cada vez mais difícil, porque, no nosso meio, a indiferença religiosa e a multiplicação de seitas diluem a força que vem do alto. Contudo, muitos profetas atuais têm operado maravilhas, apressando a vinda do Senhor.
Somos peregrinos da esperança, atravessando o deserto da vida, rumo à casa do Pai e nossa casa definitiva. Nós olhamos sempre para frente, procurando descobrir novos passos a dar.
Numa época de mudanças sociais profundas como a nossa, temos de examinar seriamente a nossa sensibilidade ao Evangelho. Que bom seria se João Batista aparecesse hoje, fazendo-nos apelos concretos e nos convidando à conversão!
E João Batista, como todos os profetas, nos ensina não só com as palavras, mas com a sua vida. Ele morava no deserto, que é um dos piores lugares para se viver, devido ao calor, à falta de vegetais e qualquer tipo de distração. Assim, o deserto faz com que a pessoa automaticamente olhe para o céu e se lembre de Deus.
Também a roupa de João, feita de pelos de camelo, não era nada confortável. Tudo o forçava à penitência.
Outro exemplo admirável de João é a sua coragem de falar a palavra certa, na hora certa, para a pessoa certa e sem rodeios nem medo.
Se agora no advento, fugirmos um pouco da nossa vida confortável e barulhenta, buscando a oração e a contemplação, certamente Deus nos ajudará a nos preparar bem para o Natal, o qual será iluminado pela mesma estrela que iluminou a gruta de Belém.
Outro exemplo de João é que ele comia gafanhotos. Gafanhoto é bom para a saúde, mas não é nada agradável de se comer. O cristão penitente come o que e quanto precisa para ter uma boa saúde.
Certa vez, faleceu o guardião de um grande mosteiro. Guardião é o monge responsável por toda a administração material do mosteiro, cargo que fica logo abaixo do superior. Aquele monge havia exercido essa função durante longos anos, acumulando larga experiência. Não era fácil, agora, encontrar o seu substituto.
Por isso o superior convocou uma reunião com todos os monges e, num ambiente de grande expectativa e responsabilidade, introduziu o assunto: “Precisamos escolher o novo guardião do mosteiro. Tendo em vista a exigência dessa função, precisamos ser criteriosos na escolha. Por isso, resolvi fazer o seguinte: vou colocar um problema. Aquele que conseguir resolver o problema mais rapidamente, será o novo guardião”.
O superior ausentou-se da sala e, pouco tempo depois, voltou. Trazia um jarro grande, muito antigo e de rara beleza. Trazia também uma rosa amarela, muito bonita. Colocou o jarro e a rosa em cima da mesa, no centro da sala, e disse: “Eis o problema!”
“Mas como, o problema?” – pensava intrigado cada monge consigo mesmo. Um pesado silêncio caiu na sala. Ninguém ousava se mexer. Alguns até duvidaram da sanidade mental do superior.
De repente, um dos monges levantou, aproximou-se do jarro e da rosa amarela e, com um golpe, quebrou o jarro precioso e machucou a flor!
Os outros monges prenderam a respiração e soltaram um “ai” incontrolável. O superior do mosteiro, serenamente, falou: “Você será o novo guardião do mosteiro!”
Um problema, mesmo que seja um problema bonito, é problema e precisa ser resolvido. Nós criamos determinados hábitos que se tornam problemas. Advento é tempo de enfrentar com decisão e firmeza os nossos problemas, a fim de superá-los.
Na gruta de Belém, Deus derrotou definitivamente o mal. E lá os visitantes encontravam o Menino Jesus nos braços de sua Mãe. Que nos prepare bem para o Natal.
Todas as pessoas verão a salvação de Deus.




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