Pega o menino e sua mãe e foge para o Egito.
Este Evangelho narra duas cenas: o massacre do rei Herodes a crianças
inocentes, e a fuga de Jesus e Maria para o Egito, sevando o seu filho.
Esse ato cruel que Herodes, matando as crianças de Belém e da redondeza,
para assim tentar matar Jesus, foi unicamente devido à sua ganância de
continuar no poder, pois, conforme a informação dos reis magos e segundo as
Escrituras, Jesus se tornaria rei. A tentação do poder cega a pessoa e, se
alguém ameaça tirar-lhe o poder, a pessoa é capaz de tudo.
O crime do aborto, tão comum hoje, é mais bárbaro do esse que Herodes
fez, pois a criança é totalmente indefesa.
Mas a parte principal do Evangelho é o exemplo de José e Maria que
chegam a fugir para outro país, unicamente para proteger a vida do filho. A
fuga foi fruto daquele “sim” que Maria deu na Anunciação, o que a levou a
renunciar até a pátria. Que bom se assumirmos pela vida inteira os “sim” que
dizemos!
Essa fuga para o Egito é uma das sete dores de Nossa Senhora.
Hoje, as crianças e jovens correm grandes risco: exploração sexual,
drogas e outros vícios, violência... Os Herodes modernos estão aí, espalhados por
toda parte. Daí a necessidade de acompanhar as crianças e jovens.
Jesus sempre acolhia e valorizava as crianças. Elas são o futuro da
sociedade. O mundo de amanhã estará nas mãos das crianças de hoje. E a criança
crescerá no caminho do bem ou do mal, dependendo da maneira como a educarmos,
principalmente através do nosso exemplo. Toda criança, em si, é boa, pois foi
criada por Deus.
A criança é o futuro da Igreja e da sociedade. Quantas crianças, em
volta de nós, crescem sem a catequese! Compensa fazer todo esforça, até mudar
de cidade ou de país, para preservar a vida e o bom comportamento das crianças.
Dentro de cada criança existe um anjo ou um demônio; depende da maneira como
nós a educamos e do exemplo que lhe damos.
Aquelas crianças de Belém, mesmo sem saber, são mártires, pois perderam
a vida terrena por causa de Jesus Cristo. “Quem perder a sua vida por causa de
mim, a encontrará” (Mt 10,39). “O sangue dos mártires é semente de novos
cristãos”. O sangue daquelas crianças, unido ao sangue de Cristo, tornou-se
redentor para nós. Por isso que a Igreja se alegra ao celebrá-las. Ninguém
consegue barrar o plano de Deus.
Certa vez, por ocasião do dia da criança, uma catequista resolveu dar,
no final da aula, para cada aluninho seu um saquinho de doces. O pai de um
garotinho, um senhor muito rico e pouco freqüentador da igreja, estava lá fora,
dentro de seu carro, esperando o filho.
De repente o menino aparece com os olhinhos brilhando de alegria.
Mostrou para o pai o saquinho de doces e disse: "Pai, olhe aqui o que eu
ganhei!" O pai viu o que estava dentro do saquinho, que eram apenas
algumas balas das mais baratas e um pedaço de bolo de fubá, e falou surpreso:
"Filho, lá em casa você tem tudo isso, e coisas muito melhores, todos os
dias!"
Aquele homem não entendeu o sentido simbólico do presente. Ele viu
apenas o lado material. Na verdade, a que a criança valorizava não era o doce
em si, mas a catequese, na qual ganhou o presente. Aquela criança gostava de
doce, mas apreciava muito mais a catequese, na qual ganha o valioso presente
que é Jesus. Por isso que estava alegre. “O essencial é invisível aos olhos”.
Nós pedimos a Maria Santíssima, e aos santos inocentes, que intercedam
pelas nossas crianças.
Pega o menino e sua mãe e foge para o Egito.
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