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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

“Festa da Sagrada Família” - Claudinei M. Oliveira.




Domingo, 30  Dezembro  de 2012.
Evangelho: Lc, 2,41-52

Chegamos ao último domingo do Senhor de 2012, com muita alegria celebramos a festa da Sagrada Família, que ao seu exemplo seguimos sua doutrina e seus ensinamentos de cristãos autênticos, comprometidos na evangelização e no discernimento do Reino de Deus.
Reunidos em famílias, formamos uma comunidade cheia de amor e de paz para com a gratuidade do Senhor. Assim, celebramos a memória da morte e ressurreição do nosso irmão Jesus para revitalizarmos nossa caminhada rumo à felicidade nos céus. Agora que estamos reunidos na comunidade de Cristo graças a família de Nazaré, somos ensejados à buscar a fraternidade também em nossas famílias.
A reflexão do Santo Evangelho nos chama para a conclusão do “evangelho da infância” de Jesus, escrito por Lucas, quando Jesus  foi apresentado ao Templo em Jerusalém para comemorar a festa da páscoa. Neste evangelho  Lucas mostra a ousadia de Jesus ao permanecer no Templo nos meios dos homens sábios e discutindo de igual para igual, temas complexos, porém Jesus refletia a respeito de uma prática justa, na qual todos os homens deveriam usufruir com dignidade.
Sem recuar nas falas, Jesus menino provoca os “doutores” das leis  com destreza. Eles  ficaram assustados com a eloqüência do menino, pois como pode um criança argumentar sabidamente? Ainda não tinham presenciado tal feito, pois, quem dominava a arte da  retórica e da leitura eram pessoas  de “bem” que tinham como estudar. Agora, diante de um menino pobre, nascido num lugarejo paupérrimo, com grau de instrução relevante, amedrontavam com sua maestria no falar com segurança.
Neste caso temos a iniciação de Jesus na vida pública. O cumprimento da missão de Jesus na vida terrena começou de forma surpreendente: deixar seus pais irem embora com a comitiva para a cidade natal e permanecer sozinho na cidade grande disseminando  idéias de libertação e desalienação do homem pelo homem. Isto é, cada homem deveria seguir seus princípios a partir da si para consigo mesmo, sem a interferência das idéias de outrem com intuito de manipulá-lo. A pureza do coração e da alma deve prevalecer para que o homem possa encontrar a salvação e o respeito para com o outro irmão deve ser meta a ser seguida para todos. O momento era oportuno para Jesus  fazer valer os ensinamentos do Pai. Estava no meio dos homens entendidos da arte de manipulação das idéias do povo sem conhecimento e pobres materialmente. Assim, o re-pensar dos doutores podem redirecionar novas práticas e atitudes de justiça e fraternidade entre os filhos de Deus. 
Para tanto, Maria e José depois de andarem um dia inteiro  deu falta de seu filho. Ao procurá-lo não encontrou na caravana e resolveu voltar para a cidade de Jerusalém para encontrá-lo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. O que nota no Evangelho foi a tranqüilidade dos pais ao encontrar o menino discutindo com os mestres das leis. Não brigaram e nem provocaram um escândalo. E o mais interessante foi que os pais procuraram Jesus no Templo e não em outros lugares possíveis de estar Jesus como nos “hospitais”, nas delegacias ou nos LML da vida. 
            Nota-se que os pais souberam educar seus filhos na fé. Ao levar o menino para a igreja estava ensinando  a catequese e os princípios a ser seguido para a formação de um excelente cristão. Nada melhor do que iniciar de pequeno a vida cristã com entusiasmo e determinação. Assim que os pais de Jesus saíram a procurar o menino já  sabiam onde encontrá-lo: na igreja. Não tinha outro lugar para procurar, pois foi ensinado para ele o lugar correto de preencher o coração com as coisas de Deus.
Hoje, ao contrário, os pais quando o filho desaparece procuram em lugares diferentes da igreja. Isto acontece porque não ensinou o lugar verdadeiro para a criança. Não levaram os jovenzinhos para a catequese e nem deram ensinamento correto para os filhos. Preferem levá-los para os bares da vida, para as casas de shows, para discotecas e até para festinhas nas casas de amigos que não conhecem. Ainda por cima, levam e  buscam os filhos nestes lugares. Entretanto, para a igreja, dificilmente não os levam. Como buscar os filhos quando desaparecem na igreja se nunca ensinou  o caminho  da vida sagrada na igreja!  Até batizam as crianças, mas a vela acesa durante o sacramento apaga-se no decorrer dos anos. Podem até receber o segundo sacramento da Primeira Eucaristia, mas não passa disso. Tudo se torna esquecido e a decepção de pais aparece logo na entrada da adolescência e na juventude.
            Maria e José estavam corretos quanto ao ensinamento de seu filho Jesus. Ademais, nem precisava, pois Jesus sabia do que estava acontecendo com ele. Bastava seguir a vontade do Pai do Céu. "Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos angustiados, à tua procura".  Com estas palavras Jesus se conteve e voltou para casa na companhia dos seus amados. Tudo estava escrito para acontecer com o Filho do Homem na terra, pois foi no terceiro dia que os pais o encontraram no templo, e foi no terceiro dia que Jesus ressuscitou depois de morto pelos soldados romanos.
            Portanto, a obediência de Jesus com seus pais deve alargar-se para os cristãos de hoje: ser obediente com a Palavra revelada na Sagrada Escritura. Pois nela é que asseguramos  a fortaleza para superar os dores e as dificuldades da vida. Que assim seja. Amém.
            Claudinei M. Oliveira

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