12
de Abril- Terça - Evangelho - Jo 6,30-35
Bom
dia!
Os
milagres não eram a principal ação de Jesus. Ele fazia questão de deixar claro
isso, mas o apego ao visível obscurecia a graça invisível. O povo de Cafarnaum,
bem como da Judéia não havia entendido que a mensagem sobrepõe-se ao tocável, e
de fato não entenderiam visto que culminou com a ida de Jesus para a cruz.
Esse
apego ainda perdura até nossos dias e parece ser nosso. Parece ser algo que
precisamos constantemente para reafirmar nossas convicções de fé. Poderíamos
chamar isso de carência da nossa natureza humana?
“(…)
Portanto, meus irmãos, nós temos uma obrigação, que é a de não vivermos de
acordo com a nossa natureza humana. Porque, se vocês viverem de acordo com a
natureza humana, vocês morrerão espiritualmente; mas, se pelo Espírito de Deus
vocês matarem as suas ações pecaminosas, vocês viverão espiritualmente Pois
aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”. (Romanos 8,
12-14)
Por
vezes vi e teci comentários bem delineados sobre a falta de fé de São Tomé
quando condicionou sua crença a tocar nas cicatrizes de Jesus, mas por vezes
também somos assim. Partindo dessa afirmação notamos a dimensão que tem o nosso
testemunho de vida e oração. Somos reflexos do criador, mas nós BUSCAMOS OS
MILAGRES OU A PRESENÇA DE JESUS?
Todos
conhecem ou já ouviram falar o contexto cristão da expressão “O EXEMPLO
ARRASTA”. Ela se aplica bem ao evangelho de hoje. Se nos apegamos aos milagres
extraordinários não conseguiremos convencer ninguém dos ordinários. Se como
liderança, coordenador, ministro, catequista, (…) me apego ao visível, como
convencerei as pessoas que caminhem sobre as águas?
Temos
por acaso conhecimento ou conhecemos o trabalho feito pelas intercessoras da
RCC? Conhecemos algo da dinâmica desse ministério de serviço? A grosso modo,
elas (porque geralmente são mulheres) ficam de fora do que acontece nos grandes
encontros; revezam-se na presença do Senhor, seja Ele eucarístico ou
contemplativo na oração, durante horas e horas. Pouco as vemos, pouco assistem
dos encontros, mas não deixam de acreditar.
Uma
irmã intercessora diz com muita simplicidade (ou seria sabedoria?) que a
presença de Jesus sentida já vale o encontro. Talvez seja essa a fonte da
fortaleza dessas senhoras. São difíceis de serem vistas tristes. A idade talvez
já se faça injusta, mas os joelhos ainda estão dispostos a tocar o chão por
quem precisa (…) será que era isso que Jesus quis dizer no evangelho de hoje?
“(…) Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em
mim nunca mais terá sede”.
Alguém
poderia perguntar: Mas eu conheço um monte de intercessoras que vivem
reclamando disso e daquilo! Mas é claro que reclamam, elas são humanas! Sofrem
com a idade, tem saudade, ficam doentes, (…) por que seriam diferentes? O que
enalteço é a forma devocional e respeitosa que se apresentam ao Senhor. “A sua
presença basta” ou como diriam os discípulos de Emaús: Fica conosco Senhor!
Buscar
o senhor apenas por interesse é voltar a viver do maná que caía do céu. Amar o
Senhor sobre todas as coisas não é por acaso que é o primeiro mandamento. Nosso
Deus é um ser amoroso e compassivo e como diria Isaias “busquemos enquanto Ele
se deixa encontrar”.
Santas
intercessoras! Hoje uma ave Maria por vocês!
Um
imenso abraço fraterno
Nenhum comentário:
Postar um comentário