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terça-feira, 19 de abril de 2016

-O NOVO MANDAMENTO-José Salviano

5º DOMINGO DA PÁSCOA

24 de Abril de 2016

1ª Leitura - At 14,21b-27

Salmo - Sl 144


2ª Leitura - Ap 21,1-5a



Evangelho - Jo 13,31-33a.34-35




PRIMEIRA LEITURA
        
Naqueles primeiros tempos do nascimento e crescimento da Igreja viva, os primeiros cristãos não tinham a oportunidade de participar diariamente da santa missa e da Eucaristia. Porém, eles comungavam uns aos outros pela vivência de uma fé comunitária, onde tudo era de todos.
Os apóstolos em cada lugar que passavam fundavam uma Igreja, uma nova comunidade de novos cristãos, que acreditavam na palavra viva de Jesus Cristo. E diante de muitos conflitos, de muito egoísmo, era preciso incentivar os novos crentes a permanecerem firmes na fé. Pois aqueles recém-convertidos, precisavam de uma catequese profunda e perseverante, caso contrário seriam levados pela enxurrada de forças contrárias, representadas principalmente pela grande quantidade de crenças existentes naquela época, que os poderiam esfriar na nova fé adotada. Mas os apóstolos estavam com a força de Deus com eles.
Orações, jejuns, sacrifícios de caminhadas em deslocamentos para outros lugares, e sofrimentos diversos, tudo isso eles experimentavam na alegria e na certeza de estar fazendo a coisa certa, e por isso ofereciam diariamente a Deus essa doação missionária e comunitária. Fugindo do pecado, fazendo o bem e evitando o mal, e FIRMES NA FÉ, a serviço do Reino de Deus, eles embora não tivessem como nós, a oportunidade de comungar o corpo e o sangue de Cristo todos os dias, viviam uma vida de entrelaçamento fraterno, que os unia e os fortalecia para continuar firmes na fé, e conquistar todos os dias novos cristãos.
Também nós, quando não conseguimos vencer completamente alguns dos nossos pecadinhos que por mais leves que sejam nos incomodam, algum vício pertinente, que nos deixa sem o devido preparo para comungar, ou para quem mora em lugares distantes de uma paróquia, ou mesmo por falta de sacerdote não consegue receber a hóstia consagrada diariamente, sigamos o exemplo dos primeiros fiéis. Permaneçamos FIRMES NA FÉ como eles, pela prática da oração constante, pelo sacrifício da renúncia, pela meditação da palavra, podemos seguir a nossa caminhada aos olhos de Deus. Pois Deus sabe das nossas fraquezas, da nossa boa intenção de viver a fé, e almejar sempre a santidade. A nossa intenção fala mais alto do que uma Eucaristia quando estamos indignos.
         Precisamos permanecer firmes na fé, pois esse é o nosso principal objetivo nessa vida terrena. Custe o que custar, temos de guardar a fé. Nem sempre teremos paz e alegrias nesta vida, pois o sofrimento faz parte dela.
         É ilusória a oferta de prosperidade oferecida por outros líderes de outras seitas, ou religiões. Eles prometem uma vida de abundância e muito dinheiro a quem aceitar o seu convite para entrar para a sua igreja. Isso é pura enganação, é propaganda enganosa.
Muitos se decepcionam quando ao participar da vida religiosa, não alcançam a felicidade plena.
         Por que é preciso passar por muitos sofrimentos para podermos alcançar a vida eterna. Não podemos viver esta vida como se ela fosse para sempre. Esta vida é apenas a primeira parte bem curta da nossa existência. A parte maior será no inferno ou no Céu. Você é quem escolhe.


SALMO 

Bendirei eternamente vosso santo nome, ó Senhor.

Misericórdia e piedade é o Senhor, Ele tem paciência com as nossas fraquezas, espera o momento em que possamos decidir a sair dessa vida de pecado e voltar para Ele.
Deus é amor, é paciência, é compaixão. Ele sabe das nossas mazelas, sabe do que fomos feitos. Por isso sua compreensão é infinita e eterna. O Senhor é muito bom para com todos, e sua ternura abraça toda criatura. Porém, é bom que não abusemos da sua bondade. É bom que escutemos o seu chamado a conversão e não pequemos mais.

SEGUNDA LEITURA

         O texto está se referindo ao Paraíso, no qual viveremos sem os sofrimentos da fase de vida terrena. O dragão é o diabo que vive nos atormentando, nos arrastando para o pecado nesta vida. Lá na Glória eterna, ele não fará parte da nossa nova vida.
O Céu é a tenda definitiva, a nossa morada eterna, na qual experimentaremos SÓ ALEGRIAS! Viveremos sem nenhuma tristeza!
Por isso, não tenhamos medo da morte. É através dela que passaremos a viver essas maravilhas que ninguém imaginou o quanto são boas, e viveremos assim eternamente!

EVANGELHO

         Primeiro Jesus viveu o mandamento do amor durante toda a sua permanência na Terra, e no final Ele recomendou esse amor de uns para com os outros, para todos os que tinham boa vontade.
         Jesus fez questão de mostrar que Ele veio para servir e não para ser servido. A cerimônia do Lava-pés foi um exemplo forte disso. O Filho de Deus lavou e beijou os pés dos apóstolos, numa atitude de pura humildade, para mostrar como os seus seguidores deveriam ser.
Então só depois de um testemunho de total desprendimento de si em relação ao outro, depois de um completo testemunho vivo de amor fraterno, Jesus então nos deu UM NOVO MANDAMENTO para que o mundo tenha paz. Para que a família seja feliz. Para que você e eu alcancemos um dia a glória eterna.
Nós precisamos imitar esse gesto de Jesus. Primeiro temos de testemunhar a vivência do AMOR FRATERNO. E somente depois disso, devemos anunciar a todos quantos pudermos, o NOVO MANDAMENTO anunciado por Cristo.
Os funcionários das empresas, usam um crachá de identificação, pendurado no pescoço. Também o bom cristão, o leigo atuante, o católico praticante, também usa um crachá. E esse distintivo é a sua maneira, o seu modo de tratar uns aos outros. Sem falsidade, sem exclusão, sem mentiras e com dedicação.
Assim como os funcionários se distinguem como membros daquela empresa, pelo visual exibido pendurado a uma fita, nós, cristãos autênticos, seguidores e discípulos de Cristo, também nos revelamos seguidores de Cristo aos demais, pela nossa conduta quase impecável de amor ao próximo. Dizemos “quase”, por que nunca seremos plenos, completos, perfeitos cristãos. Veja, que somos apenas IMITADORES de Jesus Cristo, e nunca iguais a Ele.
         O AMOR DE JESUS é algo muito maior do que o amor familiar: De pai para filhos, de filhos para com os pais, de esposo para com a esposa, e vice-versa, assim como o amor entre amigos, namorados etc.  Esse amor natural entre amigos e parentes, nem sempre é puro, e limpo de qualquer maldade. Pois como sabemos, muitos se casam por interesse econômico, numa espécie de prostituição discreta e planejada. É uma moça linda, mas pobre que se casa com um rapaz feio, porém rico, é um jovem pobre mas cheio de saúde que aceita se unir ou casar com uma mulher mais velha do que ele, ou mais feia, tudo por causa de dinheiro, tudo visando a sobrevivência. Assim, vemos que o amor entre parentes e amigos está longe de ser um relacionamento pacífico. Vemos todos os dias crimes bárbaros, que acontecem justamente entre as pessoas mais chegadas, mais próximas, ligadas pelo desejo, pelo prazer, ou forte amizade que de uma hora para outra, vira inimizade, tudo por culpa do EGOÍSMO E FALTA DE AMOR FRATERNO, não obstante o amor carnal ser forte.
         O amor do NOVO MANDAMENTO anunciado por Jesus, é puro, sem interesse, sem apego emocional ou carnal, é o AMOR FRATERNO, EM NOME DE JESUS. Esse amor só tem um interesse: Alcançar ou merecer a glória eterna, fazendo a vontade do Pai, que disse pela boca do seu Filho: “Amai-vos uns aos outros”.
Mas não é somente para fazer a vontade do Pai, que nos amamos na prática vital. Precisamos amar-nos uns aos outros, para que A NOSSA VIDA SEJA SUPORTÁVEL, AGRADÁVEL.  Pois quando não há amor fraterno, quando a vida gira apenas em torno de INTERESSES, o resultado é o que vemos todos os dias nos noticiários: Violência e mais violências, causadas pelo nosso egoísmo desenfreado, desmedido e sem limites e sem os freios, daqueles que pautam as suas vidas apenas visando uma melhor sobrevivência para si, sem nenhuma preocupação com o bem-estar do irmão, ou da irmã.  É o império do egoísmo disfarçado de gentilezas, sorrisos falsos, e apertos de mãos...
Somos gentis, e simpáticos até quando há interesses. A partir do momento em que o irmão ou a irmão não nos interessa mais, não serve mais para satisfazer os nossos desejos, os nossos planos, passamos a ser indiferentes a eles, não sorrimos, não ajudamos, não damos nenhuma esmola. Pois isso NÃO GERA RETORNO, assim pensamos.
Muitos acham que a vida é um comércio. Um toma lá, dá cá. Que tudo gira em torno do interesse. E o casamento não passa de um contrato social, para oficializar socialmente o amor carnal.
A vida está se tornando um verdadeiro inferno, por que é grande o número daqueles que não praticam o Novo Mandamento, sugerido por Jesus.
O amor fraterno não visa nenhum retorno. Jesus disse: quando fizer uma festa, convida os pobres e famintos, e não os do teu nível que também podem depois te convidar.... Quem de nós seria capaz de fazer isso? Os políticos? Os comerciantes?
O amor do Novo Mandamento, visa: Uma melhor sobrevivência, e o merecimento da glória eterna. Pois tratando bem o outro e a outra, eles também irão nos tratar bem, e assim a vida vai fluir bem melhor. Assim como quando damos uma ajuda, uma esmola, fazemos uma boa ação pelo necessitado, estamos construindo UM TESOURO NO CÉU, como o próprio Jesus nos disse.
Amai-vos uns aos outros para o vosso próprio bem! Seja caridoso, caridosa, e terás a recompensa do Pai!
 Amigo, amiga. Sua vida anda enrolada? Nada parece dar certo? Pare, pense. Será que você não é daqueles ou daquelas que vive pronunciando o nome de Deus e até reza, mas não pratica o Mandamento do Amor ao irmão?
Está na hora de perdoar, de tolerar, de ajudar, de dar um sorriso sincero, de não falar mal dos outros, de não se achar melhor que eles. É hora de conviver do jeito certo, ou seja, VIVER COM os outros, aceitando a todos do jeito que eles são, sem querer moldá-los para que fiquem no nosso jeito: Pensando, agindo e querendo como nós.
Aí você vai me dizer: Mas eu não tenho de evangelizar? Sim. Só que no caso dos amigos e parentes, a nossa catequese funciona mais pelo exemplo e pelo testemunho do que pela palavra. Façamos isso e assim estaremos amando uns aos outros como Cristo nos amou.
Bom domingo, José Salviano.


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