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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro - Claretianos


Domingo, 22 de setembro de 2013
25º Domingo do Tempo Comum
Santos do Dia: Digna e Emérita Digna e Emérita (virgens, mártires de Roma), Emerano de Ratisbona (bispo, mártir), Félix IV (papa), Fortunato de Lonate Pozzolo (mártir), Inácio de Santhià (presbítero), Iraídes e Companheiras (virgens, mártires de Antinoé), Maurício, Exupério, Cândido, Vítor, Inocente, Vital e seus companheiros da Legião Tebana (mártires), Setímio de Jesi (bispo, mártir), Tomás de Vilanova (bispo), Dionísio de Pamplona e Companheiros (mártires).
Primeira leitura: Amós 8, 4-7
Contra aqueles que dominam os pobres com dinheiro.  
Salmo responsorial: 112, 1-2.4-6.8
Louvai o Senhor, que eleva os pobres!  
Segunda leitura: 1 Timóteo 2, 1-8 
Recomendo que se façam orações a Deus por todos os homens. Deus quer que todos sejam salvos. 
Evangelho: Lucas 16, 1-13 
Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
O profeta Amós nos situa no contexto da quarta visão e sua interpretação que vai contra os fraudadores e exploradores. O profeta, em todo o livro, nos apresenta cinco visões sobre o destino do povo de Israel (7,1-9,10). A mensagem de Amós era dirigida principalmente ao reino do norte, Israel, porém também menciona Judá (o reino do Sul) e as nações vizinhas de Israel (seus inimigos): Siria, Filisteia, Tiro, Edom, Amon, Moab. A razão do julgamento: a cobiça dos ricos.
Amós grita e denuncia: Escutem isto os que pisoteiam o pobre e querem arruinar os humildes da terra (v. 4). O profeta lança juízos, ameaças e denuncias: por tudo isso serão castigados e corrigidos. Denúncias contra a ostentação, fruto da opressão aos pobres e enfraquecidos. E isto por não praticar a justiça no trabalho e no comércio.
Enganam e roubam nas balanças, fraudam nos preços e salários. Também há juízos contra um culto exterior que quer encobrir toda essa injustiça com sacrifícios, oferendas e cantos; não é essa a forma de gratidão a Deus. Ao tema da fraude, tão presente na quarta visão, segue-se o juramento divino e o castigo. 
Paulo exorta a que se ore por todo o mundo e de maneira especial pelos encarregados de dirigir política e religiosamente o povo, porque a intenção de Deus é salvar a todo o ser humano e que chegue ao conhecimento pleno da verdade. Essa verdade nos foi revelada por seu Filho Jesus, onde ele mesmo se apresentou como o Caminho, a Verdade e a Vida.
É a verdade que nos libertará. Paulo coloca Jesus como o único mediador entre Deus e o ser humano: porque há um só Deus e também um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo. É a universalidade de Cristo no acontecimento salvífico da humanidade: pela morte se entregou como resgate por todos. 
Esta parábola – nem sempre bem interpretada – vai dirigida aos fariseus que são amigos do dinheiro, seu verdadeiro deus. O exemplo vem de um caso extremo: um homem está a ponto de ser despedido de seu trabalho, necessita agir depressa para garantir o futuro antes de ficar sem emprego. Para isso monta uma estratégia.
Acusado de desperdiçar os bens de seu patrão (16,1), causa da perda do trabalho, decide diminuir a quantidade da dívida de cada um dos credores de seu patrão, renunciando à comissão que lhe pertence como administrador. É sabido que os administradores na Palestina não recebiam um salário por sua gestão, mas viviam da comissão que cobravam, colocando com frequência a ganância acima do bom senso a ponto de explorar os devedores.
A atuação de administrador deve ser entendida assim: o que devia cem barris de óleo, mandou marcar cinquenta e nada mais; os outros cinquenta eram a sua comissão. O administrador renuncia a tal comissão, com a finalidade de granjear amigos para o futuro. Renunciando à sua comissão, o administrador não lesa em nada os interesses do patrão. Daí que o senhor o felicite por saber garantir o futuro dando o “dinheiro injusto” aos seus devedores.
O senhor louva a estratégia daquele “administrador do injusto”, qualificativo que se dá no evangelho de Lucas ao dinheiro, pois, enquanto acumulado, procede da injustiça ou leva a ela. 
Para Lucas, todo dinheiro é injusto. Agora, pois, se alguém o usa – desprendendo-se dele – para “conquistar amigos”, faz um bom investimento, não em termos de bolsa de valores, nem de rendimentos bancários, mas em termos humanos. O dinheiro injusto, como encarnação da escala de valores da sociedade civil, serve de pedra de toque para ensaiar a disponibilidade do discípulo a colocar a serviço dos demais o que de fato não é seu, mas que se apropriou em detrimento dos despojados e marginalizados.
O dinheiro injusto é qualificado na conclusão da parábola como “um nada” e “o alheio”, enquanto oposto ao “que vale de verdade, o importante, o vosso”. E o que vale de verdade não é o dom do dinheiro, mas o do Espírito de Deus que comunica vida aos seus (“quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedem”, cf. Lc 11, 13).
E para receber o Espírito (que é comunicação da vida de Deus que fortalece o homem) se requer o desprendimento e a generosidade para com os demais (11,34-36). A parábola termina com esta frase lapidar: “Não podem servir a Deus e ao dinheiro”. A pedra de toque de nosso amor a Deus é a renúncia ao dinheiro.
O amor ao dinheiro é uma idolatria. É preciso optar entre dois senhores: não há termo médio. O campo de entretenimento desta opção é o mundo, a sociedade, onde os discípulos de Jesus partilham o que possuem com os que nada têm, com os oprimidos e despossuídos, os deserdados da terra. 
O afã de dinheiro é a fronteira que divide o mundo em dois; é a barreira que nos separa dos outros e faz com que o mundo esteja organizado em classes antagônicas: ricos e pobres, opressores e oprimidos; a ânsia de dinheiro é o inimigo número um que impossibilita que o mundo seja uma família unida onde todos possam sentar-se à mesa da vida. Por isso, o discípulo, para garantir o futuro, deve estar disposto a renunciar ao dinheiro que leva à injustiça e torna impossível a fraternidade. 
Oração: Ó Deus, que em Jesus pronunciaste uma palavra radical sobre a impossibilidade de servir-te a ti e servir ao mesmo tempo ao dinheiro, ajuda-nos a ser radicais e a trabalhar por submeter a economia aos imperativos da ética e do amor. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém!


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