Os cristãos esperam ansiosos pela volta de Cristo, como é anunciado
pela Igreja desde os primórdios. As várias denominações religiosas espalhadas
por este mundo se apoiam na segunda vinda do Filho de Deus, e sem pretender um
julgamento de qualquer denominação religiosa, cristãos chegam a uma confusão
mental motivada por pastores muitas vezes despreparados. Daí surge o medo e a
insegurança, sentimentos contrários de quem tem busca o conhecimento e a fé na
palavra de Deus. O salmo 26 nos diz: “O
Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da
minha vida; perante quem eu tremerei?”
Há quem afirme que está muito próxima a segunda vinda de Jesus a
este mundo, e várias evidências apontam para isto, mas pretender profetizar um
dia ou hora para este dia esperado ou mesmo anunciar o fim do mundo, demostra
mesmo uma falta de conhecimento das sagradas escrituras. O próprio Jesus nos diz: “Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu,
nem o Filho. Somente o Pai é quem sabe”.
Na carta de São Paulo aos Tessalonicenses, se referindo à segunda
vinda do Senhor, fica bem claro que Ele virá como um ladrão. Vir como um ladrão
é apenas um comparativo para entendermos melhor, porque o ladrão chega de
surpresa e não avisa a hora. E Marcos 13,32-37, o comparativo é feito com o
dono da casa, que viaja e pode chegar a qualquer momento e nos encontrar
despreparados, por isto devemos sempre estar sempre vigilantes quanto a estedia
e hora.
Aqui podemos ter duas interpretações: o dia da morte física que
arrebata todos os seres humanos de uma maneira inesperada seja, por um motivo
de saúde ou por um acidente, e nos encontrarmos com Deus, e com certeza teremos
que prestar contas de nossos atos, e o dia em que nosso Senhor se manifestará
visivelmente para toda a humanidade, para o grande julgamento final.
Estas observações não podem, não devem ser motivo de medo para o
cristão, mas ao contrario deve ser motivo de fortalecimento da fé, e o cuidado
que devemos ter com a nossa vida espiritual, de modo que estejamos preparados,
para não sermos pegos de surpresa. Mais
uma vez cabe aqui o salmo 26: Ao Senhor
eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do
Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no
seu templo.Deve ser, portanto, motivo de alegria, pela certeza de que
teremos não um fim de nossas vidas, mas o fim de um mundo repleto de maldades e
sofrimento, e, o início de uma nova vida.
A falta de conhecimento, das escrituras sagradas, nos deixa
inseguros e com medo. Mas quando buscamos o conhecimento, passamos a entender e
a conhecer o amor misericordioso de Deus, que enviou seu Filho unigênito para a
salvação de todos, conforme está escrito: “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o
seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse
salvo por Ele”.
Portanto a condenação não vem de Deus, mas a salvação. Em Jesus
pela nossa fé somos salvos, a condenação vem pela nossa falta de fé, e atitudes
erradas. Deus não nos condena, somos nós mesmos que nos condenamos, sabemos que
nossa consciência determina o que é certo e o que é errado, e não há como fugir
de uma consciência pesada. Reconheçamos que somos limitados e sujeitos a errar,
e a errar muitas vezes, porém é preciso ter humildade para reconhecer esta
limitação e esperar nos colocando sob a proteção de Deus. Como está escrito no
Salmo 26: “Sei que a bondade do Senhor eu
hei de ver, na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no
Senhor!”.
Os que esperam no Senhor são aqueles que confiam na sua salvação, e
por meio da oração e do estudo da Palavra, reconhece o poder de Deus e busca a
força para a caminhada rumo ao Céu, conforme o evangelho de Lucas 4,31-37 que
nos ensina que a palavra de Jesus tem autoridade e poder sobre todo o mal.
Jesus é aquele que fala com autoridade, comparada a autoridade de um general.
Jesus é o general que nos ajuda a vencer as batalhas contra o inimigo de nossas
almas. Assim é nossa jornada diária, uma batalha aqui, outra ali, e, vamos vencendo
seguindo nosso general, até alcançarmos a vitória final no reino da Graça e da
Glória.
Amém!
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