30 de Julho de
2013 TERÇA- Evangelho - Mt 13,36-43
DEUS QUER QUE O AMEMOS!
Como sabemos, esta perícope é uma
explicação dos versículos anteriores, em que Jesus conta uma parábola. Se
estivermos bem lembrados, no Evangelho de ontem, falamos sobre a clareza nas
pregações de Jesus, ao contar historinhas pedagógicas (parábolas). Entretanto,
em algumas afirmações de Mateus, podemos ver que o sentido de Jesus contar
parábolas era para que as pessoas ouvissem e não compreendessem. Não há uma
contradição aí?
Bem, é certo que as parábolas de Jesus
eram bem compreensíveis aos ouvidos da multidão que seguia Jesus, mas o
evangelista salienta que muitos chefes de Israel não aceitavam o modo de falar
do Mestre, e, por isso, eles ouviam as comparações de Jesus, mas recusavam-se a
compreender, a assimilar.
O joio, uma planta considerada daninha
para as plantações, confunde-se com o trigo, na sua primeira fase de
crescimento. E Jesus usa essa comparação para alertar os seus ouvintes da
importância de estar sempre atento às investidas impiedosas que o mundo
oferece. O Mestre sabia que os seus seguidores eram vulneráveis, medrosos e, ao
mesmo tempo, esperançosos. Sabia, também, que muitos iriam lutar para convencer
os discípulos de que estavam seguindo a pessoa errada. Por isso ele conta essa
parábola, para advertir os seus discípulos de que muitos obstáculos estavam
esperando por eles.
Jesus ameaça aqueles que querem destruir
o seu projeto, mas é uma ameaça para dissuadi-los de levar a cabo tais atos.
Jesus não quer ser vingativo, nem castigador, mas quer ter o maior número
possível de seguidores que creiam num Deus capaz de amar incondicionalmente,
sem nada em troca: sem sacrifício, sem promessas, sem aniquilação da pessoa
humana. Um Amor que assusta!
Muitos pregadores só usam a última parte
dessa passagem para assustar e alienar os fiéis. Tiram a passagem de seu
contexto para ameaçar as pessoas, para amedrontá-las e, consequentemente, para
dominá-las, assim fica mais fácil tirar delas tudo o que quiserem. Os crentes
em Deus devem ficar atentos: Jesus nos apresenta um Deus de Amor, puro Amor.
Agora, um Deus-Amor mata e destrói? Um Deus-Amor toma todo o dinheiro do pobre?
Um Deus-Amor exclui muitos de seus filhos, para favorecer apenas aqueles que
pagam o dízimo? Pensemos nisso. E essa não é uma crítica a uma ou outra
religião, mas a todas as religiões que usam a bíblia para oprimir e explorar!
A última parte dessa explicação
parabólica deve ser posta em seu contexto. Os evangelistas viveram quando Jesus
já havia morrido e ressuscitado. Havia algumas perseguições aos novos cristãos,
e por isso a ameaça é posta no final do discurso de Jesus para dar esperanças a
esses fiéis perseguidos: pois haverá uma recompensa para aqueles que
permanecerem inabaláveis diante das perseguições!
Amemos sem querer nada em troca! Deus
prefere que nós o amemos, e não que o temamos, amedrontados em um cantinho
qualquer! Nós mesmos devemos extirpar (arrancar pela raiz) o joio de nossos
corações, e é esse o objetivo da vinda de Jesus em nosso meio!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBom comentário sobre a perícope Mt 13,36-43. Abraços fraternos.
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