Quarta-feira, 12 de Setembro
Lc 6,20-26
Alexandre Soledade
Bom dia!
Será que nosso município cresceu? Será que nosso bairro aumentou? Pois
por onde andam as pessoas que um dia estiveram do lado de cá e agora,
inexplicavelmente sumiram? Vieram agora em minha mente tantas pessoas, onde
será que estão? O que estão fazendo?
Alguns casaram e constituíram família; outros constituíram família e
ainda não casaram; alguns falaram de Deus com tamanha propriedade, mas hoje não
se ouve mais a sua voz; alguns cantaram louvores e glória, mas hoje, usam sua
voz profissionalmente em bares, fazendo shows, (…); alguns notaram que Deus os
chamava para zelar pelos seus na política, em coordenações, em chefias, mas
esqueceram de zelar por si e sumiram. Mas uma coisa todos eles ainda são:
Filhos bem amados de Deus.
Uma colega me apresentou um livro de sabedoria oriental que era composto
de duas páginas: Uma para ser lida nos momentos de máxima alegria e outra nos
momentos de máxima solidão ou tristeza. Ambas as páginas tinham um fim em
comum. Tanto alegria como tristeza “uma hora passam” e também voltam.
“(…) E isto, para que ninguém fique abalado em meio às tribulações
presentes. Aliás, vós mesmos sabeis que somos destinados a esses sofrimentos e,
quando estávamos entre vós, vos predizíamos que iríamos ter dificuldades, como
de fato aconteceu, bem o sabeis”. (I Tessalonicenses 3, 3-4)
Somos de fato reflexo do que passamos ou enfrentamos, de onde e como
construímos nossa fé, nossa esperança; de como lidei com aquilo que tenho e o
que eu gostaria de ter, de como me relacionei com a situação do TER e SER e de
como respondemos a alegria e a tristeza que nos assolam, pois esses “sobes e
desces” em nossa vida são comuns. Vejamos no evangelho de hoje, em um momento
Jesus enaltece a fidelidade dos humildes; em outro, Ele avisa sobre a tristeza
dos que se afastam por motivos que não valem a pena.
Muitos irmãos ainda se encontram afastados de nossa comunidade, grupo,
paróquia, (…) por tantos motivos coerentes, mas outros motivos não são. Alguns
dizem que nunca foram visitados (que é verdade), outros por ter se decepcionado
com alguma liderança, um padre ou irmão de caminhada (que também é verdade);
por ter tomado “um não” a um serviço ou por uma idéia não ter sido acolhida
(verdade); pela indiferença das pessoas quanto aos seus problemas particulares,
(…); mas temos também que nos questionar:
ONDE É QUE DEUS ERROU EM SUA (NOSSA) VIDA?
JUSTIFICA FICAR LONGE DE DEUS?
MINHA MÁGOA JUSTIFICA ME AFASTAR DOS MANDAMENTOS?
POR QUE AINDA NÃO VOLTEI?
Estou esperando a novela acabar para voltar? Estou esperando alguém me
visitar para reavivar essa chama que Ele me deu? Estou esperando por em ordem
meus sacramentos para poder voltar? De fato, ainda não entendemos esse
evangelho. “(…) Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de vocês;
Felizes são vocês que agora têm fome, pois vão ter fartura; Felizes são vocês
que agora choram, pois vão rir”.
A segunda metade do evangelho é para nós que estamos de pé e não para
quem se afastou, pois somos ricos de graças, Temos a consciência que Deus nos
farta de bênçãos e nos faz sorrir mesmo nas dificuldades. É um alerta para que
cada vez mais tenhamos zelo; que entendamos dia a dia que os mandamentos não
são pesados, mas requerem vigilância e humildade.
“(…) Pois amar a Deus consiste nisto: que observemos os seus
mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, pois todo o que foi gerado
de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé. Quem
é o vencedor do mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus”? (I
João 5, 3-5)
Levanta meu irmão! Volta para casa!
Um imenso abraço fraterno
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